Legítima Defesa do Policial - Limites do Recurso a Armas de Fogo na Atividade Policial
Luiz Gustavo DanzmannTambém
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Ficha técnica
Autor(es): Luiz Gustavo Danzmann
ISBN v. impressa: 978853628143-8
ISBN v. digital: 978853628178-0
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 142grs.
Número de páginas: 114
Publicado em: 01/08/2018
Área(s): Direito - Penal
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Sinopse
A presente obra aborda a discutida relação entre o recurso a arma de fogo pela polícia e a legítima defesa; nesse horizonte problemático procura responder: como interpretar os limites do recurso a armas de fogo contra pessoas quando a polícia atua em face de agressões reguladas pelo direito de legítima defesa jurídico-penal?
O estudo tem como objetivo geral contribuir às discussões em torno da interpretação do direito de legítima defesa permitido à polícia diante da expressa regulação de proporcionalidade dos bens, quando do recurso a arma de fogo contra pessoas. Como objetivos específicos: (i) verificar as implicações desses limites na legítima defesa jurídico-penal; (ii) analisar criticamente o posicionamento da doutrina diante dessa problemática; (iii) fundamentar posição sobre a solução que melhor atende ao problema. Como resultados vê-se que os limites do recurso a arma de fogo impõem forte condicionamento da ação policial pela proporcionalidade dos bens, o que eventualmente implica na desproteção de bens do particular.
Isso não afasta a legítima defesa da atuação policial, mas impede o reconhecimento desse direito tal-qualmente ao particular. Verifica-se que pelo requisito da necessidade insere-se a cláusula de proporcionalidade dos bens da ação defensiva policial no regime da legítima defesa; entretanto, a necessidade da defesa não pode ser perspectivada só pelo atendimento às exigências da necessidade do meio, pois a situação ex ante pode determinar a indispensabilidade de um meio de defesa que ultrapasse os limites de proporcionalidade. A solução que concilia tais exigências com o regime da legítima defesa considera a necessidade da defesa integrada não só pela necessidade do meio, senão que a defesa, em si, seja necessária à luz dos fundamentos da causa de justificação, para revelar, legitimamente, uma ação de defesa que, sendo necessária, reafirma o Direito face ao ilícito na pessoa do polícia.
Assim, as normas do recurso a arma de fogo são concretizações legislativas da necessidade da defesa; a ação de defesa policial, embora utilizado o meio necessário, deve respeitar a cláusula de proporcionalidade restritiva que lhe é imposta.
Autor(es)
LUIZ GUSTAVO DANZMANN
Mestre em Direito com Menção em Ciências Jurídico-Criminais pela Universidade de Coimbra, Portugal – FDUC. Especialista em Gestão Estratégica de Segurança Pública (Curso de Altos Estudos – CAE) pelo Instituto Superior de Ciências Policiais – ISCP/PMDF e Universidade do Sul de Minas – UNIS-MG. Especialista em Gestão de Segurança Pública (Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO) pelo ISCP/ PMDF. Especialista em Segurança Pública pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS. Graduado em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal – UDF. Graduado no Curso de Formação de Oficiais – CFO/PMDF. Membro do Núcleo Estruturante do Instituto Superior de Ciências Policiais – ISCP/PMDF e integrante do Corpo Permanente de Docentes. Membro do Conselho Superior e do Núcleo de Desenvolvimento de Ensino – NDE, do Curso de Bacharelado em Ciências Policiais do ISCP/ PMDF. Membro da Comissão Própria de Avaliação – CPA. Como Professor atua principalmente com os seguintes temas: Uso da Força, Técnicas e Tecnologias de Menor Potencial Ofensivo; Direitos Humanos; Sistemas de Segurança Pública; Aspectos Jurídicos da Atividade Policial; Direito de Segurança Pública.
Sumário
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS, p. 13
INTRODUÇÃO, p. 15
Capítulo 1 - AS IMPLICAÇÕES DAS NORMAS DO RECURSO A ARMA DE FOGO PELA POLÍCIA NO PLANO DA LEGÍTIMA DEFESA E AS QUESTÕES QUE FORMULAM O PROBLEMA DA INVESTIGAÇÃO, p. 17
1.1 A RESTRIÇÃO DO RECURSO A ARMA DE FOGO PELA POLÍCIA EM ESTADOS DE DIREITO DEMOCRÁTICO, INCLUSIVE NO PLANO DA LEGÍTIMA DEFESA, p. 18
1.1.1 A Inserção do Princípio de Proporcionalidade dos Bens e suas Implicações no Âmbito Justificador da Legítima Defesa, p. 20
1.2 O EXERCÍCIO PELA POLÍCIA DO MONOPÓLIO ESTATAL DO USO DA FORÇA E A QUESTÃO DA SUBSIDIARIEDADE DA LEGÍTIMA DEFESA, p. 23
1.2.1 A Subsidiariedade da Legítima Defesa: Implicações no Âmbito da Necessidade da Defesa do Particular, e o seu Condicionamento pelos Limites da Defesa Pública, p. 27
1.3 QUESTÕES A DISCUTIR E ENFOQUE AO PROBLEMA DA INVESTIGAÇÃO, p. 30
Capítulo 2 - AS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO E SOLUÇÃO DO PROBLEMA, p. 33
2.1 A NEGAÇÃO DO DIREITO DE LEGÍTIMA DEFESA, p. 34
2.1.1 Aspetos Conceituais e Argumentos, p. 35
2.1.2 Análise Crítica, p. 38
2.2 A ADMISSIBILIDADE DO DIREITO DE LEGÍTIMA DEFESA, p. 42
2.2.1 Aspetos Conceituais e Argumentos, p. 43
2.2.2 Análise Crítica, p. 46
2.3 POSIÇÃO INTERMÉDIA: SOLUÇÃO DIFERENCIADORA, p. 49
2.3.1 Aspetos Conceituais e Argumentos, p. 50
2.3.2 Análise Crítica, p. 50
2.4 APROXIMAÇÃO À ABORDAGEM DA TEMÁTICA NOS CONTEXTOS BRASILEIRO E PORTUGUÊS E O CAMINHO A SEGUIR ATÉ A TOMADA DE POSIÇÃO, p. 57
Capítulo 3 - TÓPICOS CRÍTICO-REFLEXIVOS E TOMADA DE POSIÇÃO: A SOLUÇÃO AOS CONTEXTOS BRASILEIRO E PORTUGUÊS, p. 61
3.1 A (IM)POSSIBILIDADE DO AFASTAMENTO DO DIREITO DE LEGÍTIMA DEFESA AOS AGENTES POLICIAIS SEGUNDO O PROPOSTO PELA SOLUÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, p. 61
3.1.1 Entre o Cumprimento do Dever e a Legítima Defesa: o Uso da Força na Atuação Policial e a Agressão como Elemento Essencial e Distintivo para a Legítima Defesa, p. 64
3.2 A (IM)POSSIBILIDADE DO FRACIONAMENTO DO JUÍZO DE ILICITUDE AOS MOLDES DA SOLUÇÃO DIFERENCIADORA, p. 72
3.3 A (IM)POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DA LEGÍTIMA DEFESA NOS MESMOS TERMOS QUE AO PARTICULAR, SEGUNDO O PROPOSTO PELA SOLUÇÃO DE DIREITO PENAL, p. 75
3.3.1 As Distintas Condições de Exigências de Proporcionalidade entre a Legítima Defesa Privada e a Legítima Defesa Policial, no Brasil e em Portugal, p. 77
3.4 A SOLUÇÃO PARA OS CONTEXTOS JURÍDICOS PORTUGUÊS E BRASILEIRO, p. 86
3.4.1 Balanço entre Duas Soluções: as Teses da Negação da Necessidade do Meio de Defesa e a Tese da Necessidade da Defesa, p. 87
3.4.2 Tomada de Posição, p. 94
CONCLUSÃO, p. 99
REFERÊNCIAS, p. 101
Índice alfabético
A
- Abreviatura. Lista de siglas e abreviaturas, p. 13
- Admissibilidade do direito de legítima defesa, p. 42
- Agente policial. Direito de legítima defesa. (Im)possibilidade do afastamento do direito de legítima defesa aos agentes policiais segundo o proposto pela solução de Direito Público, p. 61
- Agente policial. Direito de legítima defesa. (Im)possibilidade do fracionamento do juízo de ilicitude aos moldes da solução diferenciadora, p. 72
- Agente policial. Direito de legítima defesa. (Im)possibilidade do reconhecimento da legítima defesa nos mesmos termos que ao particular, segundo o proposto pela solu-ção de Direito Penal, p. 75
- Agente policial. Direito de legítima defesa. Distintas condições de exigências de proporcionalidade entre a legítima defesa privada e a legítima defesa policial, no Bra-sil e em Portugal, p. 77
- Agente policial. Direito de legítima defesa. Entre o cumprimento do dever e a legíti-ma defesa: o uso da força na atuação policial e a agressão como elemento essencial e distintivo para a legítima defesa, p. 64
- Agente policial. Direito de legítima defesa. Tópicos crítico-reflexivos e tomada de posição: a solução aos contextos brasileiro e português, p. 61
- Aproximação à abordagem da temática nos contextos brasileiro e português e o caminho a seguir até a tomada de posição, p. 57
- Arma de fogo. Implicações das normas do recurso a arma de fogo pela polícia no plano da legítima defesa e as questões que formulam o problema da investigação, p. 17
- Arma de fogo. Restrição do recurso a arma de fogo pela polícia em Estados de Direi-to Democrático, inclusive no plano da legítima defesa, p. 18
B
- Balanço entre duas soluções: as teses da negação da necessidade do meio de defesa e a tese da necessidade da defesa, p. 87
- Brasil. Solução para os contextos jurídicos português e brasileiro, p. 86
C
- Conclusão, p. 99
D
- Defesa do particular. Subsidiariedade da legítima defesa: implicações no âmbito da necessidade da defesa do particular, e o seu condicionamento pelos limites da defesa pública, p. 27
- Defesa pública. Subsidiariedade da legítima defesa: implicações no âmbito da necessidade da defesa do particular, e o seu condicionamento pelos limites da defesa pública, p. 27
- Direito de legítima defesa. Admissibilidade, p. 42
- Direito de legítima defesa. Admissibilidade. Análise crítica, p. 46
- Direito de legítima defesa. Admissibilidade. Aspetos conceituais e argumentos, p. 43
E
- Estado Democrático de Direito. Restrição do recurso a arma de fogo pela polícia em Estados de Direito Democrático, inclusive no plano da legítima defesa, p. 18
- Exercício pela polícia do monopólio estatal do uso da força e a questão da subsidiariedade da legítima defesa, p. 23
I
- Implicações das normas do recurso a arma de fogo pela polícia no plano da legítima defesa e as questões que formulam o problema da investigação, p. 17
- Inserção do princípio de proporcionalidade dos bens e suas implicações no âmbito justificador da legítima defesa, p. 20
- Interpretação. Formas de interpretação e solução do problema, p. 33
- Introdução, p. 15
- Investigação. Implicações das normas do recurso a arma de fogo pela polícia no plano da legítima defesa e as questões que formulam o problema da investigação, p. 17
- Investigação. Questões a discutir e enfoque ao problema da investigação, p. 30
L
- Legítima defesa. Análise crítica, p. 38
- Legítima defesa. Aproximação à abordagem da temática nos contextos brasileiro e português e o caminho a seguir até a tomada de posição, p. 57
- Legítima defesa. Aspetos conceituais e argumentos, p. 35
- Legítima defesa. Exercício pela polícia do monopólio estatal do uso da força e a questão da subsidiariedade da legítima defesa, p. 23
- Legítima defesa. Implicações das normas do recurso a arma de fogo pela polícia no plano da legítima defesa e as questões que formulam o problema da investigação, p. 17
- Legítima defesa. Inserção do princípio de proporcionalidade dos bens e suas implica-ções no âmbito justificador da legítima defesa, p. 20
- Legítima defesa. Negação do direito de legítima defesa, p. 34
- Legítima defesa. Posição intermédia: solução diferenciadora, p. 49
- Legítima defesa. Posição intermédia: solução diferenciadora. Análise crítica, p. 50
- Legítima defesa. Posição intermédia: solução diferenciadora. Aspetos conceituais e argumentos, p. 50
- Legítima defesa. Restrição do recurso a arma de fogo pela polícia em Estados de Direito Democrático, inclusive no plano da legítima defesa, p. 18
- Legítima defesa. Subsidiariedade da legítima defesa: implicações no âmbito da necessidade da defesa do particular, e o seu condicionamento pelos limites da defesa pública, p. 27
- Lista de siglas e abreviaturas, p. 13
M
- Monopólio estatal. Exercício pela polícia do monopólio estatal do uso da força e a questão da subsidiariedade da legítima defesa, p. 23
N
- Negação da necessidade do meio de defesa. Balanço entre duas soluções: as teses da negação da necessidade do meio de defesa e a tese da necessidade da defesa, p. 87
- Negação do direito de legítima defesa, p. 34
P
- Polícia. Exercício pela polícia do monopólio estatal do uso da força e a questão da subsidiariedade da legítima defesa, p. 23
- Polícia. Implicações das normas do recurso a arma de fogo pela polícia no plano da legítima defesa e as questões que formulam o problema da investigação, p. 17
- Polícia. Restrição do recurso a arma de fogo pela polícia em Estados de Direito Democrático, inclusive no plano da legítima defesa, p. 18
- Portugal. Solução para os contextos jurídicos português e brasileiro, p. 86
- Princípio da proporcionalidade. Inserção do princípio de proporcionalidade dos bens e suas implicações no âmbito justificador da legítima defesa, p. 20
- Proporcionalidade dos bens. Inserção do princípio de proporcionalidade dos bens e suas implicações no âmbito justificador da legítima defesa, p. 20
R
- Referências, p. 101
- Restrição do recurso a arma de fogo pela polícia em Estados de Direito Democrático, inclusive no plano da legítima defesa, p. 18
S
- Sigla. Lista de siglas e abreviaturas, p. 13
- Subsidiariedade da legítima defesa. Exercício pela polícia do monopólio estatal do uso da força e a questão da subsidiariedade da legítima defesa, p. 23
- Subsidiariedade da legítima defesa: implicações no âmbito da necessidade da defesa do particular, e o seu condicionamento pelos limites da defesa pública, p. 27
T
- Tese da necessidade da defesa. Balanço entre duas soluções: as teses da negação da necessidade do meio de defesa e a tese da necessidade da defesa, p. 87
- Tomada de decisão. Aproximação à abordagem da temática nos contextos brasileiro e português e o caminho a seguir até a tomada de posição, p. 57
- Tomada de posição, p. 94
U
- Uso da força. Exercício pela polícia do monopólio estatal do uso da força e a questão da subsidiariedade da legítima defesa, p. 23
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