Responsabilidade como Humanismo - Volume 04 - Autonomia: a Invenção do Indivíduo
Alexandre Sergio da RochaTambém
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Ficha técnica
Autor(es): Alexandre Sergio da Rocha
ISBN v. impressa: 978853629859-7
ISBN v. digital: 978652630006-0
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 432grs.
Número de páginas: 348
Publicado em: 15/06/2022
Área(s): Direito - Filosofia do Direito; Internacional
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Sinopse
A modernidade se caracteriza por uma inovação radical na concepção do ser humano: o homem medieval, cuja principal virtude era a obediência a Deus e a seu senhor, na sociedade estamental, é substituído por um homem cuja virtude principal passa a ser a criatividade. Isso se justifica mediante o conceito kantiano de autonomia. O livro trata da autonomia em suas diversas modalidades, em especial nas leituras de Kant e de Habermas. Além disso, mostra como o conceito de autonomia é relevante do ponto de vista cognitivo, para estruturar a noção de objetividade dentro de um paradigma estritamente comunicacional. Entretanto, o homem autônomo não é solipsista. Ele existe na presença do Outro, e isso tem consequências importantes, como postulam o existencialismo e, mais radicalmente, Emmanuel Lévinas. Então é preciso examinar como a convivência humana e a solidariedade podem se compor com a autonomia nas relações intersubjetivas. A ideia de responsabilidade aparece, então, para articular-se com a pura racionalidade, de modo que a autonomia vislumbrada por Kant não resulte em arbítrio. Com isso, conclui-se a tese proposta pela tetralogia: é a responsabilidade que possibilita que o ideal humanista da modernidade se torne empiricamente exequível. Procura-se esclarecer a diferença entre a autonomia, um atributo metafísico do ser humano, e a liberdade para o exercício da autonomia. Nesse processo a estrutura do discernimento é examinada em minúcia, sendo discutida sua aplicação aos juízos de valor. Em especial, examina-se a noção de responsabilidade como decorrente das ações em face dos outros e em face de valores supremos, reconhecidos ou instituídos pelo próprio sujeito. O tratamento que este livro dá aos conceitos de “autonomia” e “responsabilidade” considera o sujeito como um indivíduo empírico, capaz de erros e de acertos. Desse modo, ele se dedica a examinar como essas características da realidade vivida se compõem para permitir o ajustamento que as hipóteses metafísicas acerca do sujeito transcendental tornavam de algum modo natural. É por isso que o título do volume informa a seu leitor que a noção de “autonomia” é o fundamento da invenção do indivíduo – o indivíduo comum – como agente e destinatário das ações políticas e sociais.
Autor(es)
ALEXANDRE SÉRGIO DA ROCHA
Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, da qual é docente aposentado. Dedicou mais de 50 anos ao magistério superior, no Brasil e no exterior. Residindo, hoje, nos Estados Unidos, ensinou, depois de aposentado, em faculdades da cidade de Salvador, BA, inclusive no programa de pós-graduação da Universidade Federal da Bahia – UFBA. É, também, Especialista em Estudos Estratégicos, tendo sido assessor do Inter-American Defense College, em Washington DC., como representante do Brasil. É autor de Corrupção: conceitos e reflexões (Juruá Editora, 2018) e O Grande Jogo da Estratégia (Corpo da Letra, 2021). Os dois primeiros volumes da tetralogia Responsabilidade como Humanismo – Ação Humana: origem e contexto (vol. 1) e O Poder: condição de possibilidade do agir (vol. 2) – foram publicados pela Juruá em 2021, e o volume 3, Liberdade e Responsabilidade, já foi publicado em 2022.
Sumário
LISTA DE FIGURAS, p. 7
1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES, p. 9
2 A MODERNIDADE E O INDIVIDUÍSMO, p. 15
2.1 A IDEOLOGIA DA MODERNIDADE, p. 17
2.1.1 O Individuísmo: A Ideologia da Modernidade, p. 22
2.1.2 O Primado da Razão e os Construtos da Explicação, p. 29
2.2 A AUTONOMIA, p. 37
2.2.1 A Autonomia Kantiana, p. 39
2.2.2 A Vontade como Hýbris, p. 50
2.2.3 A Autonomia em Novo Paradigma, p. 58
2.2.4 A Polissemia do Termo ´Autonomia´, p. 65
2.3 A FUNÇÃO EPISTÊMICA DA AUTONOMIA, p. 72
2.3.1 A Função da Autonomia na Cognição, p. 74
2.3.2 Autonomia e Objetividade, p. 79
2.4 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 83
RESUMO, p. 85
3 RAZÃO COMUNICATIVA E AUTONOMIA, p. 87
3.1 A QUESTÃO DA VERDADE, p. 91
3.1.1 A Razão Comunicativa, p. 96
3.1.2 A Teoria Consensual da Verdade, p. 105
3.2 A POSSIBILIDADE MORAL DA AUTONOMIA, p. 108
3.2.1 Estrutura de Perspectivas e Desenvolvimento Moral, p. 115
3.2.2 Autonomia e Responsabilidade em Habermas, p. 121
3.3 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 126
RESUMO, p. 129
4 AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE, p. 131
4.1 A RESPONSABILIDADE DIANTE DO OUTRO, p. 135
4.1.1 A Essencialidade do Outro, p. 138
4.1.2 ´Sou eu o Guardião de Meu Irmão?´, p. 146
4.1.3 Emmanuel Lévinas e o Autrement Qu’être, p. 149
4.1.4 A Solidariedade e a Autonomia do Outro, p. 156
4.1.5 Existem ´Direitos Morais´?, p. 165
4.2 DISCERNIMENTO E AUTONOMIA, p. 172
4.2.1 A Estrutura do Discernimento, p. 174
4.2.2 Os Juízos de Valor, p. 180
4.2.3 Juízos de Valor e Objetividade, p. 188
4.2.4 A Responsabilidade Interativa, p. 194
4.3 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 198
RESUMO, p. 201
5 A AUTONOMIA NA QUALIDADE DE PODER, p. 203
5.1 A AUTONOMIA COMO AUTORIZAÇÃO MORAL DO AGIR, p. 206
5.1.1 A Autonomia e o Exercício da Autonomia, p. 209
5.1.2 Ter ou Não Ter, Eis a Questão!, p. 220
5.1.3 O Condicionamento Social, p. 235
5.1.4 A Moral e os Bons Costumes e a Censura, p. 242
5.2 A AUTONOMIA COMO IMPERATIVO MORAL, p. 254
5.2.1 Autonomia e Arbítrio, p. 260
5.2.2 A Criação de Valores e a Responsabilidade Soberana, p. 272
5.2.3 O Paradoxo da Responsabilidade, p. 291
5.5 CONSIDERAÇÕES CONCLUSIVAS, p. 304
RESUMO, p. 306
6 CONCLUSÃO GERAL, p. 309
6.1 CONCLUSÃO DO VOLUME, p. 309
6.2 CONCLUSÃO DA TETRALOGIA, p. 314
6.2.1 A Visão do Autor, p. 315
6.2.2 A Forma de Vida (Lebensform), p. 317
6.2.3 O Individuísmo, p. 319
6.2.4 Os Pressupostos da Responsabilidade, p. 322
6.2.5 A Responsabilidade, p. 328
REFERÊNCIAS, p. 333
Índice alfabético
A
- Agir. Autonomia como autorização moral do agir, p. 206
- Arbítrio. Autonomia e arbítrio, p. 260
- Autonomia e arbítrio, p. 260
- Autonomia, p. 37
- Autonomia como autorização moral do agir, p. 206
- Autonomia como imperativo moral, p. 254
- Autonomia e o exercício da autonomia, p. 209
- Autonomia e objetividade, p. 79
- Autonomia e responsabilidade, p. 131
- Autonomia e responsabilidade em Habermas, p. 121
- Autonomia e responsabilidade. Considerações conclusivas, p. 198
- Autonomia e responsabilidade. Resumo, p. 201
- Autonomia em novo paradigma, p. 58
- Autonomia Kantiana, p. 39
- Autonomia na qualidade de poder, p. 203
- Autonomia na qualidade de poder. Considerações conclusivas, p. 304
- Autonomia na qualidade de poder. Resumo, p. 306
- Autonomia. Discernimento e autonomia, p. 172
- Autonomia. Função da autonomia na cognição, p. 74
- Autonomia. Função epistêmica da autonomia, p. 72
- Autonomia. Polissemia do termo "autonomia", p. 65
- Autonomia. Possibilidade moral da autonomia, p. 108
- Autonomia. Razão comunicativa e autonomia, p. 87
- Autonomia. Solidariedade e a autonomia do Outro, p. 156
- Autrement Qu’être". Emmanuel Lévinas e o Autrement Qu’être, p. 149
B
- Bom costume. Moral e os bons costumes e a censura, p. 242
C
- Censura. Moral e os bons costumes e a censura, p. 242
- Cognição. Função da autonomia na cognição, p. 74
- Comunicação. Razão comunicativa, p. 96
- Comunicação. Razão comunicativa e autonomia, p. 87
- Conclusão da tetralogia, p. 314
- Conclusão do volume, p. 309
- Conclusão geral, p. 309
- Condicionamento social, p. 235
- Criação de valores e a responsabilidade soberana, p. 272
D
- Desenvolvimento moral. Estrutura de perspectivas e desenvolvimento moral, p. 115
- Direito morais. Existem "Direitos Morais"?, p. 165
- Discernimento e autonomia, p. 172
- Discernimento. Estrutura, p. 174
E
- Emmanuel Lévinas e o Autrement Qu’être, p. 149
- Espistême. Função epistêmica da autonomia, p. 72
- Essencialidade do Outro, p. 138
- Estrutura de perspectivas e desenvolvimento moral, p. 115
- Estrutura do discernimento, p. 174
- Existem "Direitos Morais"?, p. 165
- Explicação. Primado da razão e os construtos da explicação, p. 29
F
- Figura. Lista de figuras, p. 7
- Forma de Vida (Lebensform), p. 317
- Função da autonomia na cognição, p. 74
- Função epistêmica da autonomia, p. 72
H
- Habermas. Autonomia e responsabilidade em Habermas, p. 121
- "Hýbris". Vontade como Hýbris, p. 50
I
- Ideologia da modernidade, p. 17
- Ideologia. Individuísmo: a ideologia da modernidade, p. 22
- Imperativo moral. Autonomia como imperativo moral, p. 254
- Individuísmo, p. 319
- Individuísmo. Modernidade e o individuísmo, p. 15
- Individuísmo: a ideologia da modernidade, p. 22
- Interação. Responsabilidade interativa, p. 194
J
- Juízos de valor, p. 180
- Juízos de valor e objetividade, p. 188
- Juízos de valor e objetividade, p. 188
K
- Kant. Autonomia Kantiana, p. 39
L
- Lebensform. Forma de Vida (Lebensform), p. 317
- Lista de figuras, p. 7
M
- Modernidade e o individuísmo, p. 15
- Modernidade e o individuísmo. Considerações conclusivas, p. 83
- Modernidade e o individuísmo. Resumo, p. 85
- Modernidade. Ideologia da modernidade, p. 17
- Modernidade. Individuísmo: a ideologia da modernidade, p. 22
- Moral e os bons costumes e a censura, p. 242
- Moral. Autonomia como autorização moral do agir, p. 206
- Moral. Possibilidade moral da autonomia, p. 108
O
- Objetividade. Juízos de valor e objetividade, p. 188
- Outro. Essencialidade do Outro, p. 138
- Outro. Responsabilidade diante do outro, p. 135
- Outro. Solidariedade e a autonomia do Outro, p. 156
P
- Paradoxo da responsabilidade, p. 291
- Poder. Autonomia na qualidade de poder, p. 203
- Polissemia do termo "autonomia", p. 65
- Possibilidade moral da autonomia, p. 108
- Pressupostos da responsabilidade, p. 322
- Primado da razão e os construtos da explicação, p. 29
Q
- Qualidade de poder. Autonomia na qualidade de poder, p. 203
- Questão da verdade, p. 91
R
- Razão comunicativa, p. 96
- Razão comunicativa e autonomia, p. 87
- Razão comunicativa e autonomia. Considerações conclusivas, p. 126
- Razão comunicativa e autonomia. Resumo, p. 129
- Razão. Primado da razão e os construtos da explicação, p. 29
- Referências, p. 333
- Responsabilidade, p. 328
- Responsabilidade como humanismo. Considerações preliminares, p. 9
- Responsabilidade diante do Outro, p. 135
- Responsabilidade interativa, p. 194
- Responsabilidade soberana. Criação de valores e a responsabilidade soberana, p. 272
- Responsabilidade. Autonomia e responsabilidade, p. 131
- Responsabilidade. Autonomia e responsabilidade em Habermas, p. 121
- Responsabilidade. Paradoxo da responsabilidade, p. 291
- Responsabilidade. Pressupostos da responsabilidade, p. 322
S
- Solidariedade e a autonomia do Outro, p. 156
- Sou eu o Guardião de Meu Irmão?", p. 146
T
- Teoria Consensual da Verdade, p. 105
- Ter ou Não Ter, Eis a Questão!, p. 220
- Tetralogia. Conclusão da tetralogia, p. 314
V
- Valor. Criação de valores e a responsabilidade soberana, p. 272
- Valor. Juízos de valor, p. 180
- Valor. Juízos de valor e objetividade, p. 188
- Valor. Juízos de valor e objetividade, p. 188
- Verdade. Questão da verdade, p. 91
- Verdade. Teoria Consensual da Verdade, p. 105
- Visão do autor, p. 315
- Vontade como Hýbris, p. 50
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