Envelhecer é viver e remete cada vivente humano a um per­curso que o conduz, ininterruptamente, por um processo marcado por potência e fragilidade, perdas, aquisições e, também, trocas. São essas trocas dialógicas, próprias do reino da linguagem, que permitem (proble)matizar, nas relações intersubjetivas, a velhice. São essas trocas que, articulando dimensões biográficas, biológicas, sociais e psicológicas, per­mitem tecer textos singulares, testemunhos da história de cada velho e de cada velha. E é sobre essas trocas que a pre­sente obra, escrita por Regina Célia Celebrone, vai se debruçar.

O principal objetivo desse livro é discutir a relação que pes­soas, ditas idosas, estabelecem com a linguagem e com a própria velhice, tendo em vista as trocas, ou seja, os diálogos que mantêm com outros, muitos outros: pais, filhas e filhos, avós, netos, amigos de infância, amigas da velhice e também com você, leitor. Sim, você, que agora é convidado a participar desse diálogo, refletindo sobre a potência e a vulnerabilidade da vida e do envelhecer.

Giselle Massi
Fonoaudióloga, Mestre e Doutora em Linguística pela UFPR. Atualmente coordena o núcleo de pesquisas sobre linguagem e envelhecimento, na UTP.

REGINA CÉLIA CELEBRONE

Regina Célia Celebrone é Paulistana, radicada em Curitiba desde o ano de 1991. Graduou-se em Psicologia e especializou- -se em Clínica na UTP. É Mestre e Doutora em Distúrbios da Comunicação, na linha de pesquisa Envelhecimento e Linguagem (UTP). Leciona na Universidade Posi­tivo da Maturidade e na graduação na Uniandrade. Ministra a disciplina de Psicogerontologia na Uninter. É membro do GELEP/ CNPq-IEL/Unicamp e Ex-coordenadora do laboratório Luto e Envelhecimento (UFPR). Coordena grupos com idosos no Centro de atividades para maiores de 60 anos “Vivere Bene” e é produtora e apresentadora do pro­grama “A voz da Vez”, na rádio Cultura de Curitiba. Atende em Consultório e é membro da Academia de Letras José de Alencar. #somostodosenvelhescentes.