Autor/Autores: Haroldo Caetano da Silva
ISBN: 853620614-4
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 196grs.
Número de páginas: 136
Publicado em: 27/01/2004
Área(s): Direito - Penal
Para haver responsabilidade penal deve o agente ser mentalmente desenvolvido e são, capaz de conhecer o caráter ilícito do fato e de determinar‑se de acordo com esse entendimento. Ausente uma dessas circunstâncias no caso concreto, reconhece‑se a inimputabilidade: a falta de capacidade penal do agente.
A partir desse princípio fundamental do Direito Penal, o Professor e Promotor de Justiça Haroldo Caetano da Silva apresenta esta obra – com a qual conquistou o título de Mestre em Ciências Penais – trazendo um enfoque atualizado sobre a disciplina penal da embriaguez e fazendo uma (re) leitura crítica da teoria da actio libera in causa, que ainda nos dias de hoje é chamada a legitimar a punibilidade do ébrio.
“... A discussão do tema situa‑se numa zona opaca, em que duas forças antagônicas pressionam o Direito Penal. De um lado, o problema da violência derivada do consumo abusivo de álcool e outras drogas, para o qual a sociedade exige soluções práticas; de outro, o princípio nullum crimen sine culpa, com o pressuposto da imputabilidade, fundamento elementar do sistema penal” (da Introdução).
HAROLDO CAETANO DA SILVA
Mestre em Ciências Penais pela Universidade Federal de Goiás. Graduado em Direito pela Universidade Católica de Goiás. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás. Autor dos livros: Manual da Execução Penal, Bookseller, 2001; Execução Penal, Magister, 2006 e Ensaio sobre a Pena de Prisão, Juruá Editora, 2009. Membro do Conselho Editorial da Revista Magister de Direito Penal e Processual Penal. Membro do GEPEC – Grupo de Estudos e Pesquisas Criminais. Membro da Comissão Nacional de Fomento aos Conselhos da Comunidade – DEPEN-MJ. Premiado pelo Instituto Innovare, em 2009, como vencedor do VI Prêmio Innovare – Categoria Ministério Público.
INTRODUÇÃO
1 NULLUM CRIMEN SINE CONDUCTA
1.1 Relevância da conduta para o Direito Penal
1.2 Teorias da conduta
1.2.1 Teoria causalista
1.2.2 Teoria finalista
1.2.3 Teoria social
1.3 Conceito e características da conduta
1.4 Formas de conduta: ação e omissão
1.5 Nullum crimen sine conducta
2 NULLUM CRIMEN SINE CULPA
2.1 Culpabilidade: teorias, conceito e elementos
2.2. Nullum crimen sine culpa
2.3 O nullum crimen sine culpa à luz do Direito Constitucional
2.4 A teoria da actio libera in causa diante do nullum crimen sine culpa
3 EMBRIAGUEZ
3.1 Considerações preliminares
3.2 O alcoolismo
3.2.1 Panorama geral
3.2.2 Etiologia
3.2.3 O alcoolismo como doença
3.3 Embriaguez: conceito e características
3.4 Fases da embriaguez
3.4.1 Segundo a Medicina
3.4.2 Segundo a doutrina jurídico-penal
3.5 Modalidades
3.5.1 Segundo o Código Penal brasileiro
3.5.2 Segundo a Criminologia e a Psiquiatria
3.6 A embriaguez na legislação penal brasileira: histórico
3.7 A embriaguez no novo Código Civil
4 A TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA
4.1 Histórico
4.2 Conceito
4.3 Elementos
4.4 Nexo causal
4.5 Actio libera in causa e crime culposo
4.6 Fundamentos de punibilidade da actio libera in causa
4.7 O iter criminis e a actio libera in causa
4.8 A actio libera in causa no Direito Penal brasileiro
4.9 A actio libera in causa no Direito comparado
5 CRÍTICA À TEORIA
5.1 A defesa da punibilidade da actio libera in causa
5.2 Pretenso alcance atual da teoria
5.3 A questão do tipo culposo
5.4 O problema da embriaguez preordenada
5.5 Um novo prisma jurídico
CONCLUSÕES
6.1 Reflexão: por uma nova hermenêutica
6.2 Conclusões de lege lata
6.2.1 Nos casos de embriaguez incompleta
6.2.2 Nos casos de embriaguez completa
6.3 Conclusões de lege ferenda
REFERÊNCIAS