Autor/Autores: Karine Borges Goulart
ISBN: 853620644-6
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 288grs.
Número de páginas: 206
Publicado em: 25/08/2003
Área(s): Contabilidade - Tributação e Legislação Fiscal; Direito - Constitucional; Direito - Tributário
Esta dissertação pretende analisar a imunidade tributária concedida às entidades beneficentes de assistência social em relação às contribuições sociais, em conformidade com o disposto no art. 195, § 7º da Constituição Federal Brasileira de 1988. Impõe-se, para tanto, a identificação dos motivos que levaram o constituinte a estabelecer este benefício fiscal, acentuando-se a relevância das atividades desenvolvidas pelas entidades beneficentes na implementação dos direitos sociais. Busca-se, ademais, para bem compreender este instituto, delimitar o seu alcance, a partir da identificação das destinatárias da imunidade, definindo as atividades que devem ser pelas mesmas exercidas, bem como a forma de sua atuação. Pretende-se analisar os limites do legislador ordinário para regulamentar o texto constitucional, tendo em vista que este deverá atuar dentro da razoabilidade, com objetivo de atender aos desígnios do constituinte, evitando, ainda, violação ao princípio da igualdade, que deve nortear as atividades tributárias.
Karine Borges Goulart concluiu o curso de Direito pela AEUDF em 1997. Pós-graduada em Direito Processual Civil pela mesma Instituição entre 1998-1999. É Mestra em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco. Procuradora em exercício no INSS; Promotora de Justiça Adjunta do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Exerce o magistério como Professora de Direito Penal no Centro de Ensino Superior Unificado de Brasília.
INTRODUÇÃO
1 Justificativa do tema: Funções estatais e relevância do papel das entidades de assistência social
2 Metodologia empregada no trabalho
3 Síntese do conteúdo dos capítulos
CAPÍTULO I - LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
1.1 Justificativa para a tributação
1.2 Distribuição da competência para tributar
1.3 Princípios limitadores do poder de tributar previstos na CF/88
1.4 Imunidade e seus reflexos no poder de tributar
CAPÍTULO II - A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
2.1 Imunidade tributária como regra integrante da norma de estrutura
2.2 Imunidade, não-incidência, isenção e alíquota zero
2.3 Finalidades da imunidade
2.4 Abrangência da imunidade: tributos a que se aplica
2.5 Classificação da imunidade: objetiva, subjetiva, simples, condicionada
2.6 Histórico da imunidade em relação às contribuições sociais concedida às entidades de assistência social
2.6.1 Imunidade em relação a impostos
2.6.2 Imunidade em relação às contribuições sociais
2.6.3 Tratamento conferido pela CF/88 à imunidade quanto às contribuições sociais
CAPÍTULO III - FUNDAMENTOS DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DAS ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
3.1 Justiça e tributação
3.2 Visão positivista da imunidade
3.3 Valores decorrentes dos direitos fundamentais e ordem jurídica justa
3.4 Imunidade como decorrência de direitos fundamentais
3.5 Imunidade e igualdade
3.6 A relevância das atividades das entidades de assistência social
CAPÍTULO IV - AS ENTIDADES BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CONTEXTO DO TERCEIRO SETOR
4.1 Direitos sociais e Estado provedor
4.2 Princípios e normas programáticas na CF/88 e a reserva do possível
4.3 O papel do terceiro setor
4.4 Incentivos ao terceiro setor
CAPÍTULO V - IDENTIFICAÇÃO DAS DESTINATÁRIAS DA IMUNIDADE
5.1 Imunidade subjetiva
5.2 Assistência social
5.2.1 Corrente restritiva
5.2.2 Corrente intermediária
5.2.3 Corrente extensiva
5.3 Entidades de previdência privada
5.4 Adequação da corrente intermediária para a definição da abrangência da imunidade
CAPÍTULO VI - NATUREZA DA LEI QUE ESTABELECE REQUISITOS PARA A IMUNIDADE
6.1 Dispositivo constitucional de eficácia limitada
6.2 Distinção entre lei complementar e lei ordinária
6.3 Natureza da lei que estabelece requisitos para a imunidade das entidades assistenciais em relação aos impostos
6.4 Natureza da lei que estabelece requisitos para a imunidade em relação às contribuições sociais
CAPÍTULO VII - FORMA DE ATUAÇÃO DAS ENTIDADES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
7.1 Clientela a ser atendida pelas entidades assistenciais
7.2 A gratuidade e as inovações estabelecidas pela Lei 9.732/98
7.3 Exercício de atividade econômica pelas entidades beneficentes
CAPÍTULO VIII - REQUISITOS ESTABELECIDOS PELA LEI 8.212/91 PARA A AQUISIÇÃO DO DIREITO À IMUNIDADE
8.1 Imunidade condicionada
8.2 Os limites do legislador para a regulamentação do dispositivo constitucional
8.3 Requisitos estabelecidos pela Lei 8.212/91 para a obtenção da imunidade tributária
8.3.1 Título de utilidade pública
8.3.2 Certificado e Registro junto ao Conselho Nacional de Assistência Social
8.3.3 Não distribuição de vantagens a diretores
8.3.4 Aplicação do resultado
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS