Autor/Autores: Samuel Dal-Farra Naspolini
ISBN: 853621273-X
Acabamento: Capa Dura + Sobrecapa
Formato: 16,5x21,5 cm
Peso: 516grs.
Número de páginas: 320
Publicado em: 31/05/2006
Área(s): Direito - Eleitoral; Literatura e Cultura - Política, História e Filosofia
A presente obra tem por objetivo problematizar a disciplina jurídica partidária e eleitoral brasileira em face do princípio do pluralismo político. Da Grécia Antiga aos teóricos liberais dos séculos XVIII e XIX, culminando com as contemporâneas democracias poliárquicas, o pluralismo político desenvolve-se e consolida-se alicerçado sobre o reconhecimento dos direitos fundamentais, do associativismo político e da competição pacífica pelo poder. Princípio fundamental da organização política brasileira (CF, art. 1º, V), a diretriz pluralista reflete-se, sobretudo, na atuação de seus principais sujeitos – os partidos políticos – envolvidos em uma dinâmica competitiva própria, delineada pelos sistemas eleitorais. Assim, diante do mandamento constitucional, impõe-se a releitura crítica de alguns dispositivos da atual Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95), cujas normas restritivas impostas às forças pluralistas são de complexa compatibilização com o texto da Lei Maior.
Samuel Dal-Farra Naspolini é Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina; Bacharel em Direito pela mesma Universidade; Professor da disciplina Teoria Geral do Estado no Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis; Advogado, atua ainda como Assessor Jurídico do Ministério Público de Santa Catarina, na área da Moralidade Administrativa. É autor, entre outros artigos na área do Direito Constitucional e da Ciência Política, de: Pluralismo Político: do Estado Leviatã ao Regime Jurídico Constitucional das Modernas Poliarquias e Normas Constitucionais inconstitucionais: sistema eleitoral e proporcionalidade.
INTRODUÇÃO
1 - ORIGENS E FUNDAMENTOS DO PLURALISMO POLÍTICO
1.1 Noções preliminares: as diversas acepções do pluralismo
1.2 Pluralismo Político
1.3 O Pluralismo na História do Pensamento Político
1.3.1 Aristóteles: Classes Sociais e Formas de Governo
1.3.2 Políbio: o Pluralismo Constitucional
1.3.3 Da Idade Média ao Surgimento dos Estados Nacionais
1.3.4 Montesquieu: ´Corpos Intermediários´ e Liberdade Política
1.3.5 Edmund Burke: o Ataque ao Poder Centralizado
1.3.6 Alexis de Tocqueville: o Primado das Associações
1.4 O Pensamento Moderno Antipluralista
1.4.1 Caracterização
1.4.2 Os ´Sistemas Dependentes´ em Thomas Hobbes
1.4.3 As ´Sociedades Parciais´ em Jean-Jacques Rousseau
1.5 As tendências pluralistas modernas
1.5.1 Pluralismo Socialista
1.5.2 Pluralismo Cristão
1.5.3 Pluralismo Liberal
1.5.4 Tipologias do Pluralismo
1.6 Sociedade Pluralista, Estado de Direito e Democracia
1.6.1 Pluralismo e Democracia
1.6.2 Pluralismo e Estado de Direito
1.7 O Pluralismo na Constituição Federal de 1988
1.7.1 Introdução
1.7.2 Noção e Significado de Princípio
1.7.3 O Pluralismo Político Segundo a Doutrina Nacional
1.7.4 Traços e Estruturas Pluralistas do Estado Brasileiro
2 - OS SUJEITOS DO PLURALISMO - OS PARTIDOS POLÍTICOS
2.1 Origens
2.1.1 Partido, Facção e Parte Política
2.1.2 Partido e Facção no Pensamento Político Britânico
2.1.3 Partidos Internos e Externos
2.2 Definição
2.3 Classificação
2.3.1 Quanto à Estrutura
2.3.2 Quanto aos Membros
2.3.3 Quanto à Origem Social
2.3.4 Quanto aos Fins
2.4 Sistemas de Partidos
2.4.1 Conceito de Sistema Partidário
2.4.2 Os Sistemas Tradicionais de Partidos
2.4.3 Os Sistemas Partidários Segundo Giovanni Sartori
2.5 Funções dos Partidos Políticos
2.6 Partidos Políticos e Direito: do Estado Liberal ao Estado de Partidos
2.6.1 Introdução
2.6.2 A Representação Política Liberal
2.6.3 Da Crise da Representação Liberal à Constituição de Weimar
2.6.4 O Estado de Partidos
2.7 O Partido Político no Brasil
2.7.1 Os Partidos Políticos no Império (1822-1889)
2.7.2 Os Partidos Políticos Durante a República Velha (1889-1930)
2.7.3 Os Partidos Políticos e a Era Vargas (1930-1945)
2.7.4 Os Partidos Políticos Durante a Democracia Populista (1945-1964)
2.7.5 Os Partidos Políticos e o Regime Militar (1964-1985)
2.8 O Partido Político na Constituição Federal de 1988
2.8.1 Liberdade Partidária e Natureza Jurídica dos Partidos Políticos
2.8.2 Controles Qualitativos
2.8.3 Controles Externos
2.8.4 Controles Formais
3 - A DINÂMICA PLURALISTA - OS SISTEMAS ELEITORAIS E OS MECANISMOS CORRETIVOS DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL
3.1 Sistemas Eleitorais
3.1.1 Definição
3.1.2 Os Sistemas Majoritários
3.1.3 Os Sistemas de Representação Proporcional
3.1.4 Sistema Eleitoral e Sistema Partidário: uma Relação Necessária?
3.1.5 O Sistema Eleitoral Brasileiro
3.2 Os Controles Eleitorais Quantitativos: as Cláusulas de Barreira
3.2.1 Conceito e Fundamentos
3.2.2 Objetivos
3.3 Cláusula de Barreira no Direito Comparado
3.3.1 Alemanha
3.3.2 Argentina
3.3.3 Dinamarca
3.3.4 Espanha
3.3.5 França
3.3.6 Grécia
3.3.7 Holanda
3.3.8 Hungria
3.3.9 Israel
3.3.10 Itália
3.3.11 México
3.3.12 Nova Zelândia
3.3.13 Polônia
3.3.14 Portugal
3.3.15 República Tcheca
3.3.16 Suécia
3.3.17 Turquia
3.4 Os controles quantitativos no Direito Brasileiro
4 - A LIMITAÇÃO PLURALISTA - O RESSURGIMENTO DOS CONTROLES QUANTITATIVOS NO BRASIL
4.1 Os controles quantitativos na Lei dos Partidos Políticos
4.1.1 Registro
4.1.2 Caráter Nacional
4.1.3 Funcionamento Parlamentar
4.1.4 Fundo Partidário
4.1.5 Acesso aos Meios de Comunicação
4.2 Conseqüências dos controles quantitativos: uma abordagem retrospectiva
4.3 O debate sobre os controles quantitativos: os controles quantitativos em face da Constituição Federal
4.3.1 A Defesa dos Controles Quantitativos
4.4 Os Controles Quantitativos na Jurisprudência do STF
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS