Autor/Autores: Bruno Amaral Machado
ISBN: 978853621658-4
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 460grs.
Número de páginas: 380
Publicado em: 26/07/2007
Área(s): Direito - Constitucional; Direito - Filosofia do Direito; Direito - Processual Penal
ERRATA:
Em razão do que consta na fonte consultada, suprimir, na p. 310, o trecho final do 2º parágrafo, cujo início é: "Outra evidência [...]".
RESUMO DO LIVRO
“O autor apresenta e discute o Ministério Publico brasileiro em contraste com outros modelos existentes, inclusive salientando especificidades institucionais no seu relacionamento com o sistema político. A diversidade de modelos permite distinguir graus de independência em relação ao Poder Executivo, ao Poder Legislativo, ao Judiciário, à Policia, aos poderes privados. Por outro lado, o âmbito das atribuições e a organização interna compõem um quadro no interior do qual é possível um mapeamento de instituições, visualizando as mais e as menos congêneres. Para além de interpretações sobre as distintas arquiteturas institucionais, o autor realiza um estudo empírico original e bastante valioso. Investe na reconstrução de atuações institucionais paradigmáticas no que se refere não apenas aos casos em exame, mas principalmente porque permitem a reflexão sobre seus efeitos na formação da identidade do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios. Os achados que compõem este livro trazem ensinamentos proveitosos para todos que aspiram conhecer o desenrolar da construção institucional do Ministério Público, aquilatando o significado e o potencial desta instituição do sistema de justiça na concretização de uma sociedade mais democrática e republicana”.
Maria Tereza Sadek
Bruno Amaral Machado é Promotor de Justiça em Brasília; Especialista em Direito Penal Econômico e da Empresa pela Universidade de Brasília; Master do Programa Europeu Criminal Justice and Critical Criminology; Doutor em Direito (especialidade Sociologia Jurídico-Penal) pela Universidade de Barcelona. Atualmente é professor da Escola Superior do MPU e Diretor Cultural da Fundação Escola Superior do MPDFT. Autor de diversos artigos, resenhas e traduções em revistas e periódicos nacionais e extrangeiros. Recentes publicações: “Weber y la racionalidad del control punitivo contemporáneo”. En: RIVERA BEIRAS, Iñaki (2004), Mitologías y discursos sobre el castigo. Historias del presente y posibles escenarios. Barcelona: Anthropos, pp. 147-166; Fiscalías. Su papel social y jurídico-político: una investigación etnográfica-institucional. Barcelona: Anthropos, 2007 (prelo).
ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
I Formulação da proposta de pesquisa
I.1 Apresentação do tema, justificativa e objeto
I.2 Hipóteses e perguntas
I.3 Objetivos e divisão do texto
II Marco teórico
II.1 A sociologia das organizações como proposta teórica para pesquisa do sistema de justiça
II.2 Campos de poder e capital simbólico
II.2.1 Habitus, capital e campos de poder: três conceitos fundamentais
II.2.2 A consolidação do Estado moderno e campos de poder (político, econômico, jurídico)
II.2.3 O MP no campo jurídico: organização e profissão
III Metodologia, técnicas de investigação e esclarecimentos iniciais
CAPÍTULO 1 - SOCIEDADE COMPLEXA, TRANSIÇÃO DO MODELO ESTATAL E PROTAGONISMO DOS ATORES DO SISTEMA DE JUSTIÇA: UM RENOVADO INTERESSE PELA ACUSAÇÃO PENAL
1.1 Globalização, Consenso de Washington e protagonismo dos atores judiciais como fenômeno global
1.2 ´ Ilegalidade dos direitos´, criminalidade do governo e eficiência do sistema penal: nova construção sobre o sistema de justiça e papel do MP
1.2.1 A expansão do direito penal na sociedade contemporânea
1.2.2 Globalização econômica e criminalidade
1.2.3 O interesse no combate à corrupção política: nova construção em torno da criminalidade dos governantes
1.3 Entre eficiência e garantia: modelos processuais e papel do MP no sistema penal
1.4 O renovado interesse pelo MP: autonomia e especialização
CAPÍTULO 2 - MINISTÉRIO PÚBLICO E PODER POLÍTICO: MODELOS INSTITUCIONAIS E DISCURSO JURÍDICO
2.1 O modelo de MP sem controle político
2.1.1 O modelo italiano
2.1.2 O modelo português
2.2 O modelo de MP controlado politicamente
2.2.1 O modelo francês
2.2.2 O modelo alemão
2.2.3 O modelo norte-americano
2.2.4 Breve referência a alguns modelos latino-americanos
2.3 A discussão sobre a (in)dependência do Ministério Público
2.3.1 É possível falar-se em independência dos magistrados?
2.3.2 Independência externa do MP e dependência hierárquica. O debate sobre a posição institucional do órgão
2.3.3 Legitimidade de um MP independente, responsabilidade democrática e ´ paliativo´ à independência dos tribunais
2.3.4 Superar a dualidade independência/dependência do MP: uma proposta
2.3.5 Coordenação da política criminal: o discurso da eficiência
2.3.6 Controle penal dos crimes do governo: debate sobre a independência do MP
CAPÍTULO 3 - O MINISTÉRIO PÚBLICO COMO ORGANIZAÇÃO- RESPOSTA: A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA LEGAL NO MODELO BRASILEIRO
3.1 Evolução institucional: incremento de funções e novas perspectivas na defesa do interesse público
3.2 A definição do modelo brasileiro: construção interna
3.2.1 A luta pela independência da instituição: aproximação ao Poder Judiciário como estratégia
3.2.2 Movimento associativo do MP e transição democrática: a consolidação do texto constitucional
3.2.2.1 A Confederação Nacional do Ministério Público (Conamp)
3.2.2.2 A definição do modelo constitucional do MP brasileiro
3.3 O MP na Constituição Federal de 1988 (CF/88)
3.3.1 Autonomia do MP
3.3.2 Garantias funcionais
3.3.3 Funções do MP e instrumentos legais de atuação
3.3.4 Descrição legal de órgãos e funções
3.4 Formas de controle da corrupção política
3.5 Mecanismos de controle e accountability. A quasi-abdicação no modelo brasileiro
CAPÍTULO 4 - MINISTÉRIO PÚBLICO E CORRUPÇÃO NO BRASIL: DO MODELO FORMAL AO CONSTRUÍDO
4.1 O perfil ideológico: visão crítica sobre a sociedade e os poderes do Estado
4.2 Accountability do poder público municipal. Experiências concretas dos MPs estaduais: São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Sul e Paraná
4.3 MPF e corrupção no Brasil: da organização-resposta à organização- construção
4.3.1 Contexto político
4.3.2 Definição do campo de pesquisa: objeto e técnicas de investigação
4.3.3 A atuação dos integrantes da organização (MPF) em uma perspectiva intra-organizacional e interorganizacional: percepções e trajetórias
4.3.3.1 As relações intra-organizacionais
4.3.3.1.1 A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e a prevenção da corrupção
4.3.3.1.2 Organização interna, coordenação entre órgãos e definição de prioridades: Procuradorias da República, Procuradorias Regionais e Câmaras de Coordenação e Revisão
4.3.3.1.3 O caso ´Waldomiro Diniz´
4.3.3.2 As relações interorganizacionais
4.3.3.2.1 MPF e alguns órgãos de controle/defesa do patrimônio público federal: Banco Central (Bacen), Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal e Advocacia-Geral da União (AGU)
4.3.3.2.2 As relações com a Polícia Federal
4.3.3.2.3 Campo jurídico e campo político nas relações com o Legislativo
4.3.3.2.4 Conflitos e alianças no campo jurídico: as relações com o Judiciário
4.3.3.2.5 A experiência das forças-tarefas: a constituição de um particular SAC
4.3.3.2.6 Mídia e MP
4.3.3.2.6.1 O interesse pela corrupção e pela delinqüência econômica: o campo midiático
4.3.3.2.6.2 Mídia e atores do sistema de justiça: proximidade e conflitos
4.3.3.2.6.3 As relações entre imprensa e MP: percepções dos procuradores da República
4.4 Campo político e campo jurídico: mecanismos de controle sobre a cúpula do MP
4.4.1 Escolha dos procuradores-gerais nos Estados: algumas experiências
4.4.2 A Procuradoria-Geral da República no governo FHC (1995-2003)
4.4.2.1 A chefia do MPF e a corrupção política no governo FHC: alguns casos paradigmáticos
4.4.2.1.1 Financiamento irregular de campanhas políticas: o caso ´Pasta Rosa´
Histórico
Mídia e escândalo político: a revelação do esquema para financiamento de campanha por uma instituição privada
Dinâmica interna no MP e pressão da imprensa
4.4.2.1.2 O escândalo do suborno para a aprovação da Emenda da Reeleição
Histórico
Imprensa e corrupção: a denúncia da prática pelos meios de comunicação
Atuação do MPF: definição dos fatos pela PGR e novas investigações por integrantes da organização
4.4.2.1.3 Interesse público e ganhos privados: os casos ´Sudam´ e ´Banpará´
Disputa pelo poder e denúncia de corrupção: o escândalo político
A atuação do MPF no caso ´Banpará´: relações intra-organizacionais e interorganizacionais
A 5ª Câmara de Coordenação: corrupção e papel do experto contábil no processo penal
Redefinição de conduta no MPF: o MP estadual e o papel do experto na organização. Contexto político e alianças
4.4.3 Interdependência entre campo jurídico e campo político: estrutura organizacional e discurso jurídico
CAPÍTULO 5 - MINISTÉRIO PÚBLICO E PARCELAMENTO IRREGULAR DO SOLO EM BRASÍLIA: DO MODELO FORMAL AO CONSTRUÍDO
5.1 Organização e breve contexto político do DF
5.2 Evolução e peculiaridade do MPDFT
5.2.1 Estatística das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep), de Defesa do Meio Ambiente (Prodema) e de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb)
5.2.2 Práticas das promotorias de justiça e relações interorganizacionais
5.2.2.1 As relações com a Polícia Civil
5.2.2.2 As relações com o Judiciário e a Assessoria para Recursos Constitucionais
5.3 MPDFT e parcelamento irregular do solo em Brasília
5.3.1 Os condomínios irregulares no DF: descrição e definição social do fenômeno
5.3.2 Definição do interesse difuso: confusões conceituais e soluções institucionais
5.3.3 As Promotorias de Justiça Prodep, Prodema e Prourb: ´novos´ habitus no relacionamento entre membros?
5.4 Jornalismo investigativo e máfia do loteamento irregular do solo: a consolidação de um aliado?
5.4.1 A reinvenção de um jornal
5.4.2 Casos paradigmáticos e envolvimento dos poderes políticos
5.4.3 MP e imprensa: máfia da grilagem de terras em Brasília. A definição da prática no Correio Braziliense
5.5 MP e judicialização da política no DF: o condomínio ´ Chácaras Mansões do Lago´
5.5.1 A disputa pelo poder: fator importante na judicialização da política local
5.5.2 O MP no comando das investigações
5.5.3 A divulgação das gravações pela imprensa: lógica da mídia e escândalo político
5.5.4 As relações interorganizacionais: MP, imprensa, Polícia Civil e Judiciário
5.5.5 Comissão interna no MPDFT e força-tarefa federal: a consolidação de formas de atuação conjunta
CONCLUSÕES
I
II
III
REFERÊNCIAS
Documentos consultados
Principais sites consultados na internet