Autor/Autores: Gustavo de Faria Moreira Teixeira
ISBN: 978853623541-7
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 485grs.
Número de páginas: 344
Publicado em: 07/11/2011
Área(s): Direito - Constitucional; Direito - Internacional
Em que pese a Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969 (o chamado Pacto de San José) – assim como a Convenção Europeia – não possuir em seu texto qualquer direito de cunho ambiental, reiterados posicionamentos da Comissão e Corte Interamericanas têm demonstrado que no âmbito da proteção aos direitos humanos nas Américas podem ser inseridos temas ligados ao meio ambiente, cuja influência é exemplificada por um fenômeno – chamado por Philippe Sands – de greening ou "esverdeamento" do direito internacional. Para tanto, faz-se necessário desenvolver estratégias e técnicas capazes de vincular temas ambientais a dispositivos da Convenção como os relacionados às garantias judiciais, liberdade de expressão ou direito de propriedade. É a partir da análise deste exercício de proteção ambiental pela via reflexa ou indireta que este estudo busca compreender o greening no sistema interamericano e suas contribuições à temática ambiental e à proteção aos direitos humanos nos âmbitos do direito internacional e do direito interno.
Gustavo de Faria Moreira Teixeira é Mestre em Direito Agroambiental – Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT (Linha de Pesquisa em Proteção Internacional do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos); Especialista em Direito Empresarial – Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT; Especialista em Direito do Estado com ênfase em Direito Constitucional – Cândido Rondon/Esud; graduado em Letras Licenciatura – Português/ Inglês – UFMT; Bacharel em Direito – Universidade de Cuiabá. Curso de Direito Ambiental promovido pela Universidade da Flórida na Universidade da Costa Rica e na Corte Interamericana de Direitos Humanos – University of Florida/UCR Costa Rica Joint Program in Environmental Law – 13 de junho a 26 de julho de 2010; Advogado no Estado de Mato Grosso; Professor de Direito na Faculdade Cândido Rondon; Membro do Grupo de Estudos de Direito Internacional Público da Universidade Federal de Mato Grosso – Gedip/UFMT.
INTRODUÇÃO
Capítulo 1 - A CONSTRUÇÃO DA PROTEÇÃO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE E DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 O Século XX e o Direito Internacional do Meio Ambiente
1.1.1 A Fundição Trail e seus efeitos
1.1.2 Os anos 60 e a emergência da temática ambiental
1.1.3 As Declarações de Estocolmo e Rio
1.1.4 A "engenharia" da proteção internacional do meio ambiente
1.2 As Nações Unidas e a Proteção Internacional dos Direitos Humanos
1.2.1 A Declaração Universal dos Direitos Humanos
1.2.2 Os pactos de Nova York de 1966
1.2.3 Relativismo versus universalismo cultural
1.2.4 Os sistemas regionais de proteção aos direitos humanos
Capítulo 2 - O SISTEMA REGIONAL INTERAMERICANO
2.1 A Carta da OEA
2.2 A Declaração Americana de Direitos e Deveres do Homem
2.3 A Convenção Americana sobre Direitos Humanos
2.4 A Comissão Interamericana de Direitos Humanos
2.5 Acesso ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos
2.6 A Corte Interamericana de Direitos Humanos
2.7 Considerações Acerca dos Sistemas Europeu e Americano
Capítulo 3 - A INSERÇÃO DA TEMÁTICA AMBIENTAL NO SISTEMA INTERAMERICANO
3.1 A Inter-relação Entre a Proteção Ambiental e os Instrumentos Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos
3.2 A Proteção Ambiental pela Via Reflexa no Sistema Europeu e no Interamericano
3.3 A Proteção do Ambiente por Meio de Princípios e Instrumentos da Convenção Americana sobre Direitos Humanos
3.3.1 O acesso ao meio ambiente sadio e os direitos civis e políticos
3.3.2 O acesso ao meio ambiente sadio e os direitos econômicos, sociais e culturais
Capítulo 4 - ESTRATÉGIAS PARA SUBMISSÃO DE CASOS AMBIENTAIS AO SISTEMA INTERAMERICANO
4.1 Análise das Condições Políticas e Sociais em Torno de um Caso
4.2 Instâncias Alternativas
4.3 Recursos de Jurisdição Interna
4.4 Determinação da Responsabilidade do Estado
4.5 Petições Individuais e Medidas Cautelares
Capítulo 5 - A PROTEÇÃO AMBIENTAL PELA VIA REFLEXA NA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
5.1 Precedentes da Comissão Interamericana de Direitos Humanos
5.2 Caso Yanomami v. Brasil
5.3 Parque Natural Metropolitano do Panamá
5.4 Mercedes Julia Henteao Beroiza e outras v. Chile
5.5 Comunidades Indígenas Maias do Distrito de Toledov. Belize
5.6 Caso do Povo Indígena Kichwa de Sarayacu e seus Membrosv. Equador
5.7 Caso San Mateo Huanchor v. Peru
5.8 Caso Comunidades Indígenas Ngöbe e Outrosv. Panamá
5.9 Comunidade de La Oroya v. Peru
5.10 A Petição Inicial Povo Inuit v. Estados Unidos
5.11 Pedido de Medida Cautelar das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas do Rio Xingu v. Brasil
Capítulo 6 - A PROTEÇÃO AMBIENTAL PELA VIA REFLEXA NA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
6.1 A Incipiente Jurisprudência Ambiental da Corte Interamericana de Direitos Humanos
6.2 Caso Mayagna (sumo) Awas Tingni v. Nicarágua
6.3 Caso Moiwana v. Suriname
6.4 Caso Comunidade Indígena de Yakye Axav. Paraguai
6.5 Caso Comunidade Indígena Sawhoyamaxav. Paraguai
6.6 Caso Claude Reyes e outros v. Chile
6.7 Caso Saramaka v. Suriname
Capítulo 7 - OS TEMAS AMBIENTAIS NO SISTEMA INTERAMERICANO: SUAS CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS
7.1 Diversificação das Inter-relações Entre Meio Ambiente e Direitos Humanos
7.2 Os Elementos da Pós-modernidade
7.3 O Direito Interno
7.3.1 A Convenção Americana e o direito brasileiro
7.3.2 A eficácia das sentenças da Corte Interamericana e o Brasil
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS