Capa do livro: Direito, Filosofia - E a Humanidade como Tarefa, Nuno M. M. S. Coelho

Direito, Filosofia - E a Humanidade como Tarefa

Nuno M. M. S. Coelho

    Preço

    por R$ 97,90

    Ficha técnica

    Autor/Autores: Nuno M. M. S. Coelho

    ISBN: 978853623691-9

    Acabamento: Brochura

    Formato: 15,0x21,0 cm

    Peso: 347grs.

    Número de páginas: 208

    Publicado em: 14/03/2012

    Área(s): Direito - Filosofia do Direito

    Sinopse

    Este livro reflete sobre o significado civilizacional do Direito, tentando compreender como o pensamento jurídico integra a inédita forma de pensar e viver (a Filosofia) que caracteriza o Ocidente. Em que medida o pensamento científico-filosófico grego possibilita o advento do pensamento jurídico? Ao mesmo tempo, como o nascimento desta nova civilização é marcado (co-possibilitado?) pelo nascente pensamento jurídico? Em causa está o Ocidente como forma de vida fundada na Filosofia, e a compreensão desta última como atitude espiritual crítico-problematicamente orientada (numa palavra, zetética). Também o Direito é pensamento crítico-problemático, a sugerir uma homologia entre Direito e Filosofia muito reveladora. Ao lado da solidariedade como formas de pensar, pensamento jurídico e Filosofia são comuns na concepção de humano, entendido em sua historicidade como pessoa - tarefa axiológica por qual a humanidade assume a si como desafio de permanente reafirmação e autoconstrução. A homologia como formas zetéticas de pensar, e a comunidade com que assumem (instauram) o humano como pessoa - a caracterizar tanto o Direito quanto a Filosofia, tal como o revela a reconstrução do advento grego do Ocidente - são geneticamente coimplicadas, na medida em que são ambas dimensões da pergunta fundadora do Ocidente como Ocidente: a pergunta pela justiça. Não se trata, em hipótese alguma, de uma exaltação do Ocidente, mas de uma reflexão sobre seus desafios e sobre nossa responsabilidade civilizacional - sobre os desafios e responsabilidades que nos incumbem se queremos fazer justiça e honrar a civilização que nos foi legada.

    Autor(es)

    Nuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho é Professor de Ética, Filosofia do Direito, Lógica e Epistemologia Jurídica (Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP - Unipac); Livre-Docente em Filosofi a e Teoria do Direito (Faculdade de Direito da USP); Mestre e Doutor em Filosofia do Direito (Faculdade de Direito da UFMG); Pós-Doutorado em Filosofia (Departamento de Filosofia da UFMG); Pós-Doutorado em Teoria do Direito (Ludwig-Maximilians-Universität München).

    Sumário

    INTRODUÇÃO

    Capítulo 1 - O DIREITOE A INSTITUIÇÃO DE UM MUNDO HUMANO

    1.1 "Direito" e teorias do direito do nosso tempo

    1.2 Direito como pensamento crítico-problemático comprometido com a reafirmação do humano como pessoa

    Capítulo 2 - O OCIDENTE E A HUMANIDADE COMO TAREFA

    2.1 Voltar às coisas mesmas?

    2.2 Husserl e a afirmação do ocidente como a civilização fundada na filosofia

    2.3 Reproposição do argumento

    Capítulo 3 - FILOSOFIA COMO POLÊMICA E PERMANENTE REPROPOSIÇÃO DO MUNDO

    3.1 Mundo como categoria fenomenológica

    3.2 Encontro entre mundos (coexistência humana) como polemos

    3.3 Advento da filosofia como polemos entre o ocidente e o mundo do mito

    3.4 Advento como processo multifacetado e polifônico

    Capítulo 4 - FILOSOFIA COMO PENSAMENTO CRÍTICO, RACIONAL, ZETÉTICO E PROBLEMÁTICO

    4.1 Advento da filosofia como crise da fundamentação narrativa do mundo

    4.2 Crise da fundamentação narrativa do mundo e o advento da nova atitude como história

    4.3 Advento da filosofia como crise da explicação mágica da realidade

    4.4 O fenômeno como fio condutor do pensamento na nova atitude

    4.5 Zetesis como traço fundamental do pensamento na nova atitude

    4.6 Problematicidade e o desafio de reconquistar a hospitalidade do mundo (zetesis como reposição do mundo em sua unidade - Cosmos)

    Capítulo 5 - O HOMEM RECONSTRUÍDO PELA FILOSOFIA

    5.1 O humano como autoconstrução histórico-cultural

    5.2 O homem homérico como pluralidade de órgãos e funções

    5.3 A contribuição do orfismo na revolução da autorrepresentação humana

    5.4 A construção do humano como unidade sob o governo da alma na ciência do século VI

    5.5 A lírica e o surgimento da pessoa como individualidade

    5.6 Tragédia: homem e mundo como problema

    5.7 Physis e Nomos - os sofistas e a natureza humana como problema

    5.8 Sócrates e o cuidado da alma (de si) como tarefa e desafio

    5.9 A estrutura complexa da alma em Platão e em Aristóteles e a reposição permanente do humano como problema

    5.10 A abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles - e liberdade e responsabilidade como seus corolários

    5.11 O alcance do poder de autoconstrução humana na Ética a Nicômaco

    Capítulo 6 - A JUSTIÇA E A FILOSOFIA COMO PENSAMENTO INSTITUIDOR DO HUMANO COMO PESSOA

    6.1 Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicasde Atenas

    6.2 A invenção do humano como pessoa, e do pensamento como Zetesis, enquanto dimensões de uma mesma procura: a justiça

    CONCLUSÕES

    REFERÊNCIAS

    Índice alfabético

    A

    • Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários
    • Advento como processo multifacetado e polifônico
    • Advento da filosofia como crise da explicação mágica da realidade
    • Advento da filosofia como crise da fundamentação narrativa do mundo
    • Advento da filosofia como polemos entre o ocidente e o mundo do mito
    • Alcance do poder de autoconstrução humana na Ética a Nicômaco
    • Alma. Construção do humano como unidade sob o governo da alma na ciência do século VI
    • Alma. Estrutura complexa da alma em Platão e em Aristóteles e a reposição permanente do humano como problema
    • Alma. Sócrates e o cuidado da alma(de si) como tarefa e desafio
    • Argumento. Reproposição do argumento
    • Aristóteles. Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários
    • Aristóteles. Alcance do poder de autoconstrução humana na Ética a Nicômaco
    • Aristóteles. Estrutura complexa da alma em Platão e em Aristóteles e a reposição permanente do humano como problema
    • Atenas. Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicasde Atenas
    • Atualidade. "Direito" e teorias do Direito do nosso tempo
    • Autoconstrução humana. Alcance do poder de autoconstrução humana na Ética a Nicômaco
    • Autoconstrução. Humano como autoconstrução histórico-cultural
    • Autorrepresentação humana. Contribuição do orfismo na revolução da autorrepresentação humana

    C

    • Ciência do século VI. Construção do humano como unidade sob o governo da alma na ciência do século VI
    • Civilização. Husserl e a afirmação do ocidente como a civilização fundada na filosofia
    • Coexistência humana. Encontro entre mundos (coexistência humana) como polemos
    • Conclusões
    • Construção do humano como unidade sob o governo da alma na ciência do século VI
    • Contribuição do orfismo na revolução da autorrepresentação humana
    • Cosmos. Problematicidade e o desafio de reconquistar a hospitalidade do mundo (Zetesis como reposição do mundo em sua unidade - Cosmos)
    • Crise da fundamentação narrativa domundo e o advento da nova atitude como história
    • Crise da fundamentação narrativa do mundo. Advento da filosofia como crise da fundamentação narrativa do mundo
    • Crítica. Filosofia como pensamento crítico, racional, zetético e problemático
    • Cuidado da alma. Sócratese o cuidado da alma (de si) como tarefa e desafio
    • Cultura. Humano como autoconstrução histórico-cultural

    D

    • Direito como pensamento crítico-problemático comprometido com a reafirmação do humano como pessoa
    • Direito e a instituiçãode um mundo humano
    • "Direito" e teorias do Direito do nosso tempo
    • Doutrina das virtudes. Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários

    E

    • Encontro entre mundos (coexistência humana) comopolemos
    • Estrutura complexa da alma em Platão e em Aristóteles e a reposição permanente do humano como problema
    • Ética a Nicôcamo. Alcance do poder de autoconstrução humana na Ética a Nicômaco

    F

    • Fenômeno como fio condutor dopensamento na nova atitude
    • Fenomenologia. Mundo como categoria fenomenológica
    • Filosofia como pensamento crítico,racional, zetético e problemático
    • Filosofia como polêmica e permanente reproposição do mundo
    • Filosofia. Advento da filosofia como crise da explicação mágica da realidade
    • Filosofia. Advento da filosofia como crise da fundamentação narrativa do mundo
    • Filosofia. Advento da filosofia como polemos entre o ocidente e o mundo do mito
    • Filosofia. Homem reconstruído pela filosofia
    • Filosofia. Husserl e a afirmação doocidente como a civilização fundada na filosofia
    • Filosofia. Justiça e a filosofia como pensamento instituidor do humano como pessoa
    • Fio condutor. Fenômeno como fio condutor do pensamento na nova atitude
    • Fundamentação narrativa do mundo. Crise da fundamentação narrativa do mundo e o advento da nova atitude como história

    G

    • Governo da alma. Construção do humano como unidade sob o governo da alma na ciência do século VI

    H

    • História. Crise da fundamentação narrativa do mundo e o advento da nova atitude como história
    • História. Humano como autoconstrução histórico-cultural
    • Homem homérico como pluralidade de órgãos e funções
    • Homem reconstruído pela filosofia
    • Homem. Tragédia: homem e mundo como problema
    • Homero. Homem homérico como pluralidade de órgãos e funções
    • Hospitalidade do mundo. Problematicidade e o desafio de reconquistar a hospitalidade do mundo (Zetesis como reposição do mundo em sua unidade - Cosmos)
    • Humanidade como tarefa. Ocidente e a humanidade como tarefa
    • Humano como autoconstrução histórico-cultural
    • Humano como pessoa. Invenção do humano como pessoa, e do pensamento como Zetesis, enquanto dimensões de uma mesma procura: a justiça
    • Humano como pessoa. Justiça e a filosofia como pensamento instituidor do humano como pessoa
    • Humano. Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários
    • Humano. Construção do humano como unidade sob o governo da alma na ciência do século VI
    • Humano. Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicasde Atenas
    • Husserl e a afirmação do ocidente como a civilização fundada na filosofia

    I

    • Individualidade consciente. Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicas de Atenas
    • Individualidade. Lírica e o surgimentoda pessoa como individualidade
    • Introdução
    • Invenção do humano como pessoa, e do pensamento comoZetesis, enquanto dimensões de uma mesma procura: a justiça

    J

    • Justiça e a filosofia como pensamentoinstituidor do humano como pessoa
    • Justiça. Invenção do humano como pessoa, e do pensamento como Zetesis, enquanto dimensões de uma mesma procura: a justiça

    L

    • Liberdade. Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários
    • Liberdade. Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicasde Atenas
    • Lírica e o surgimento da pessoa como individualidade

    M

    • Mito. Advento da filosofia como polemos entre o ocidente e o mundo do mito
    • Mundo como categoria fenomenológica
    • Mundo como problema. Tragédia: homem e mundo como problema
    • Mundo do mito. Advento da filosofia como polemos entre o ocidente e o mundo do mito
    • Mundo humano. Direito e a instituição de um mundo humano
    • Mundo. Advento da filosofia como crise da fundamentação narrativa do mundo
    • Mundo. Filosofia como polêmica e permanente reproposição do mundo
    • Mundos. Encontro entre mundos (coexistência humana) comopolemos

    N

    • Natureza humana. Physis e nomos. Os sofistas e a natureza humana como problema
    • Nomos. Physis e nomos. Os sofistas e a natureza humana como problema
    • Nova atitude. Crise da fundamentação narrativa do mundo e o advento da nova atitude como história
    • Nova atitude. Fenômeno como fio condutor do pensamento na nova atitude
    • Nova atitude. Zetesis como traço fundamental do pensamento na nova atitude

    O

    • Ocidente e a humanidade como tarefa
    • Orfismo. Contribuição do orfismo na revolução da autorrepresentação humana

    P

    • Pensamento crítico-problemático. Direito como pensamento crítico-problemático comprometido com a reafirmação do humano como pessoa
    • Pensamento crítico. Filosofia como pensamento crítico, racional, zetético e problemático
    • Pensamento. Fenômeno como fio condutor do pensamento na nova atitude
    • Pensamento. Invenção do humano como pessoa, e do pensamento comoZetesis, enquanto dimensões de uma mesma procura: a justiça
    • Pensamento.Zetesis como traço fundamental do pensamento na nova atitude
    • Pessoa. Lírica e o surgimento dapessoa como individualidade
    • Physis e nomos. Os sofistas e a natureza humana como problema
    • Platão. Estrutura complexa da alma em Platão e em Aristóteles e a reposição permanente do humano como problema
    • Pluralidade de órgãos e funções. Homem homérico como pluralidade de órgãos e funções
    • Poder. Alcance do poder de autoconstrução humana na Ética a Nicômaco
    • Polemos. Advento da filosofia como polemos entre o ocidente e o mundo do mito
    • Polemos. Encontro entre mundos (coexistência humana) como polemos
    • Problematicidade e o desafio de reconquistar a hospitalidade do mundo (Zetesis como reposição do mundo em sua unidade - Cosmos)
    • Problematicidade. Filosofia como pensamento crítico, racional, zetético e problemático
    • Processo multifacetado. Advento como processo multifacetado e polifônico
    • Processo polifônico. Advento comoprocesso multifacetado e polifônico

    R

    • Racionalidade. Filosofia como pensamento crítico, racional, zetético e problemático
    • Reafirmação do humano como pessoa. Direito como pensamento crítico-problemático comprometido com a reafirmação do humano como pessoa
    • Realidade. Advento da filosofia como crise da explicação mágica da realidade
    • Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicas de Atenas
    • Reconstrução. Homem reconstruído pela filosofia
    • Referências
    • Reposição permanente do humano. Estrutura complexa da alma em Platão e em Aristóteles e a reposição permanente do humano como problema
    • Reproposiçãodo argumento
    • Reproposição do mundo. Filosofia como polêmica e permanente reproposição do mundo
    • Responsabilidade. Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários
    • Responsabilidade. Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicas de Atenas

    S

    • Sócrates e o cuidado da alma (desi) como tarefa e desafio
    • Sofista. Physis e nomos. Os sofistas e a natureza humana como problema

    T

    • Teorias do Direito. "Direito" e teorias do Direito do nosso tempo
    • Tragédia: homem e mundo como problema
    • Transformações políticas e jurídicas. Reconstrução do humano como individualidade consciente, livre e responsável e as transformações políticas e jurídicas de Atenas

    V

    • Virtude. Abertura do humano como pressuposto da doutrina das virtudes em Aristóteles. Liberdade e responsabilidade como seus corolários
    • Voltar às coisas mesmas?

    Z

    • Zetesis como traço fundamental do pensamento na nova atitude
    • Zetesis. Invenção do humano como pessoa, e do pensamento como Zetesis, enquanto dimensões de uma mesma procura: a justiça
    • Zetesis. Problematicidade e o desafio de reconquistar a hospitalidade do mundo (Zetesis como reposição do mundo em sua unidade - Cosmos)
    • Zetética. Filosofia como pensamento crítico, racional, zetético e problemático