Autor/Autores: Olga Jubert Gouveia Krell
ISBN: 978853623945-3
Edição/Tiragem: 2ª Edição – Revista e Atualizada
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 180grs.
Número de páginas: 134
Publicado em: 04/10/2012
Área(s): Direito - Civil - Direito de Família
O presente trabalho destaca os aspectos sociológicos que envolvem a união estável enquanto entidade familiar. Ressalta a importância da família independentemente da maneira pela qual foi constituída, lembrando o elemento socioafetivo como imprescindível ao relacionamento familiar. Explica a existência e a necessidade do convívio familiar, utilizando, para tanto, algumas das teorias mais expressivas da Sociologia da Família. Traçando considerações sobre a evolução histórica da união estável, a autora sublinha, sobretudo, os fatores sociais que implicaram a sua aceitação na sociedade brasileira, e destaca a evolução dos padrões de comportamento moral na família. Ao determinar pontualmente a passagem da família tradicional para a opcional entidade familiar da união estável, com ênfase à família em transição, ela ainda relata as principais características jurídicas para o seu reconhecimento, bem como sua situação no seio das inovações da Constituição de 1988. Enfim, a obra conclui por um novo padrão de comportamento familiar, a partir de uma incursão aos estudos de Cláudio Souto, com enfoque na teoria sobre Sentimentos, Idéias e Vontades (SIV) humanos enquanto explicação teórica que justifica sociologicamente a aceitação da união estável como família no Brasil.
Olga Jubert Gouveia Krell é Mestra e Doutora em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Professora de Sociologia do Direito dos Cursos de Graduação e Mestrado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
INTRODUÇÃO
1 - A UNIÃO ESTÁVEL ENQUANTO FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM DA REALIDADE SOCIAL BRASILEIRA
1.1 Justificando o Porquê da Análise: União Estável como Entidade Familiar
1.2 A Importância da Família: da Socialização ao Controle Social
1.3 O Conceito Sociológico de Família a Partir da Reflexão sobre uma Suposta Crise
1.4 Teorias Sociológicas Explicativas da Família: Por uma Diferenciação de Abordagens
2 - FATORES SOCIAIS QUE INFLUENCIARAM A ACEITAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL NO BRASIL
2.1 A Permissibilidade Histórico-Cultural da União Estável na Sociedade Brasileira
2.2 Os Aspectos Econômico, Religioso e Sexual
2.3 A Proibição de Formar uma Nova Família em Razão do Vínculo Anterior
2.4 A Independência Econômica da Mulher no Brasil
3 - MUDANÇA NOS PADRÕES SOCIAIS DA FAMÍLIA BRASILEIRA: A RECEPÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
3.1 Mudança Social: à Procura de um Conceito
3.2 Dados Empíricos que Descrevem Mudanças da Realidade Social
3.3 A Mudança dos Padrões Sociais de Comportamento: União Estável como Nova Opção de Constituir Família
3.4 A Famíliaem Transição
4 - O AMOR NAS RELAÇÕES FAMILIARES
4.1 O Conceito do Afeto para Juristas (Princípio Jurídico) e Sociólogos (Amor): a Probabilidade de sua Existência; o Amor "Líquido" (Bauman)
4.2 Aspectos Diferenciados sobre o Amor nas Teorias Sociológicas de Cláudio Souto e Niklas Luhmann
4.2.1 A teoria sociológica de Cláudio Souto: um caminho para explicar o amor
4.2.2 O amor na teoria sociológica de Niklas Luhmann
4.2.3 Dessemelhanças teóricas referentes à percepção do amor nas teorias de Cláudio Souto e Niklas Luhmann
4.2.4 Elementos para uma aproximação das teorias
5 - MUDANÇA JURÍDICA: A UNIÃO ESTÁVEL E A SUA REGULAMENTAÇÃO
5.1 A Proteção da União Estável como Entidade Familiar na Constituição de 1988: Resposta ao Clamor Social
5.2 O Construído Jurisprudencial sobre a União Estável no Brasil a Partir do Conceito Jurídico de Família
5.3 Dos Elementos Juridicamente Reconhecidos para a Caracterização da União Estável como Entidade Familiar
5.3.1 Dualidade dos sexos; a união homoafetiva no STF
5.3.2 Estabilidade ou durabilidade e continuidade: do lapso temporal
5.3.3 Publicidade
5.3.4 Constituição da família
5.3.5 Da existência de impedimentos matrimoniais: delimitação conceitual da união estável como família protegida por lei
6 - À GUISA DE CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS