Autor/Autores: Cláudia Aguiar Silva Britto
ISBN v. impressa: 978853624860-8
ISBN v. digital: 978853628302-9
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 412grs.
Número de páginas: 332
Publicado em: 15/10/2014
Área(s): Direito - Processual Penal
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O livro Processo Penal Comunicativo questiona o modelo processual penal brasileiro vigente e discute a forma pela qual a comunicação (ou a falta dela) é percebida no cenário jurídico.
É proposta - como alternativa - a utilização das categorias do agir comunicativo. Isto porque os discursos envoltos pela tradição da razão instrumental observados nas engrenagens sistêmicas da justiça criminal permanecem turbando a comunicação intraprocesso que se pretende ver ajustada aos anseios da Carta Política Democrática de 1988. A razão discursiva pela via do agir comunicativo proposta por Jürgen Habermas conduz a uma interação coordenada pela linguagem, e é por meio dela que a capacidade dos participantes intersubjetivamente poderá produzir um entendimento. Assim, no campo processual penal, o ápice da discussão do trabalho é a democracia e o direito das gentes à linguagem no cenário de herança autoritária.
O objetivo da investigação é buscar no próprio mecanismo processual uma linha dialógica capaz de explorar essa tensão entre o "mundo da vida" (comunicação) e o "sistema" (processo criminal), oferecendo uma indiscutível via de aplicação prática.
A obra é de especial relevo para estudantes de Direito, profissionais da área jurídica, inclusive da seara jurídico-militar, já que a mecânica procedimental deste ramo específico do Direito não foi esquecida. Todavia, como se percebe, a pesquisa é talhada na filosofia contemporânea, se animando às perspectivas sociológicas, de modo que sua leitura é significativamente indicada também para acadêmicos e profissionais das demais ciências, nos programas dos cursos de graduação e pós-graduação.
Cláudia Aguiar Silva Britto
Doutora em Direito Público pela Universidade Estácio de Sá - UNESA. Mestre em Ciências Penais pela Universidade Cândido Mendes - UCAM. Diplomada em Direito Internacional Humanitário pelo International Institute of Humanitarian Law – IIHL. Professora universitária, professora-orientadora da Universidade Federal Fluminense - Pós-Graduação em Planejamento, Implementação e Gestão de Educação a Distância - UFF/PIGEAD e professora de Criminologia nos Programas do Curso de Pós-Graduação do Centro Brasileiro de Estudos e Pesquisas Jurídicas - CBEPJUR. Advogada criminalista especializada em Direito Militar.
INTRODUÇÃO
1 - DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL
1.1 Aspectos Dialéticos da Abordagem
1.1.1 Cordilheira punitiva: um breve resgate histórico dos "sistemas penais" arcaicos
1.1.2 Diálogos à brasileira: a linguagem do sistema de justiça criminal no cenário brasileiro
1.1.3 Pena e processo: "fenômenos de comunicação"?
1.2 A Comunicação Processual no Sistema Francês: Retratos para uma Reflexão Comparada
1.3 Panóptico Brasileiro: a Realidade Encontrada
1.4 Comunicação e Responsabilidade dos Atores (Públicos) do Estado
2 - A RACIONALIDADE COMUNICATIVA: O EDIFÍCIO COMUNICACIONAL DE HABERMAS
2.1 Experiências Democráticas Através da Linguagem
2.2 A Viragem Linguística e a Opção pela Teoria Comunicativa: A Fórmula Habermasiana para "Escapar" da Razão Instrumental
2.3 A Racionalidade Comunicativa
2.4 O Agir Comunicativo
2.5 As Pretensões de Validade
2.6 As Bases para o Consenso
2.7 O "Mundo da Vida" e o "Sistema"
2.8 As Pressuposições Argumentativas
2.9 A Fala Ideal
3 - RAZÃO INSTRUMENTAL NA INSTRUÇÃO CRIMINAL?
3.1 Instrumentalismos Contemporâneos em seus Aspectos Criminológicos
3.2 Direitos Humanos para uma Justiça Criminal de "Humanos"!
3.3 O Sistema Acusatório-Contraditório Dialogal: Limite às "Cerimônias Perigosas" no Processo Comum e Militar
3.4 Nas Cercanias da Justiça Consensual: "Consenso Há"?
4 - PROCESSO PENAL COMUNICATIVO DEMOCRÁTICO: POR QUE PENSAR NO AGIR COMUNICATIVO PARA O PROCESSO PENAL?
4.1 A Verdade como Pretensão
4.1.1 Concepções iniciais sobre a verdade
4.1.2 Sim para a (in)verdade do acusado
4.1.3 E a (in)verdade da defesa?
4.1.4 A verdade do processo: uma verdade pretendida
4.2 Dialogando com o Consenso; mas e o Dissenso?
4.2.1 O consenso "enganador"
4.2.2 O dissenso
4.2.3 Em busca de um consenso
4.3 As Pressuposições Argumentativas: a Fala Ideal no Processo Penal
4.4 Construindo um Modelo Comunicacional Democrático
4.4.1 As categorias habermasianas tomadas por empréstimo na aplicação do Processo Penal
4.4.2 A dinâmica do agir comunicativo
4.4.3 Estrutura dos atos comunicativos e dos discursos
4.4.4 A possibilidade de se testar as intersubjetividades nas cerimônias processuais
4.4.5 O agir comunicativo na ritualística procedimental
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APÊNDICE