Autor/Autores: Acelino Rodrigues Carvalho
ISBN v. impressa: 978853625404-3
ISBN v. digital: 978853629338-7
Acabamento: Capa Dura
Formato: 16,5x21,5 cm
Peso: 619grs.
Número de páginas: 456
Publicado em: 17/09/2015
Área(s): Direito - Constitucional
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Passaram-se aproximadamente dois séculos até a configuração institucional daquilo que ficou formalmente consagrado no artigo 16 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que emergiu da Revolução francesa: um Estado fundado numa constituição, que reconhece os direitos humanos fundamentais e contempla a sua garantia através da técnica da separação dos poderes e de outros mecanismos de tutela.
Dito fenômeno verificou-se somente a partir do segundo pós-guerra e se fez acompanhar de outras três grandes conquistas civilizatórias, a saber: a internacionalização dos direitos fundamentais, que deu origem a um Sistema Internacional de Proteção dos Direitos Humanos, a constitucionalização dos direitos sociais e o advento da democracia.
No Brasil, tal se configurou com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e a ratificação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, através do Decreto 678, de 6 de novembro de 1992, dentre outros documentos. Todavia, a falta de uma compreensão adequada de todo esse processo histórico, no tocante aos seus fundamentos teórico-filosóficos, tem conduzido a um retrocesso que pode comprometer os resultados almejados.
No presente livro, o autor oferece os elementos necessários à compreensão desse mesmo processo, além de propor soluções capazes de contribuir para a preservação daquelas conquistas, assim como para a sua realização mediante o aprimoramento das práticas institucionais.
ACELINO RODRIGUES CARVALHO
Doutor em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, com estágio doutoral na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Portugal. Mestre em Direito Processual e Cidadania pela Universidade Paranaense – UNIPAR. Especialista em Direito Processual Civil e em Direito Constitucional pelo Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN. Advogado. Professor Associado na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS. Professor do Mestrado em Fronteiras e Direitos Humanos da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD.
INTRODUÇÃO
Parte 1 - UM OLHAR SOBRE A RELAÇÃO ENTRE CONSTITUCIONALISMO, DIREITOS HUMANOS E DEMOCRACIA
1 - DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO AO CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO: DO LEGADO POSITIVISTA DA ONIPOTÊNCIA DO LEGISLADOR À CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO ESTADO E O REDIMENSIONAMENTO DA SUA ESTRUTURA JURÍDICO-INSTITUCIONAL
1.1 Apontamentos Iniciais: Em Busca da Efetividade dos Direitos Sociais
1.2 Sobre a Concepção Moderna de Constitucionalismo e de Constituição: A Limitação do Poder como Tema Central do Constitucionalismo
1.3 Constitucionalismo Liberal, Direitos Humanos e Separação de Poderes: A Limitação do Poder no Pensamento de John Locke
1.4 Do Direito não Estatal Pré-Moderno ao Direito Estatal Moderno: O Papel do Juiz e o Legado Positivista da Onipotência do Legislador
1.5 Para Justificar o Absolutismo: A Doutrina da Soberania de Jean Bodin
1.6 O Dogma da Onipotência do Legislador em Hobbes e em Rousseau: A Conexão entre Constitucionalismo e Positivismo Jurídico
1.7 Constitucionalismo Contemporâneo: A Constitucionalização do Estado e o Redimensionamento da sua Estrutura Jurídico-Institucional
2 - PARA COMPREENDER O CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO: A AMBIVALÊNCIA DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO
2.1 Sobre o Caráter Ambivalente do Constitucionalismo Moderno
2.2 Constitucionalismo Inglês: A Cultura Historicista e a Desconfiança no Poder Constituinte
2.3 Constitucionalismo Americano e sua Técnica da Liberdade: Contra a Onipotência do Legislador, a Força Normativa da Constituição, a Separação de Poderes e o Controle Jurisdicional de Constitucionalidade
2.4 Emmanuel Sieyès e o Constitucionalismo Francês-Europeu Continental: Um Constitucionalismo sem Constituição
2.5 Síntese Crítica: O Constitucionalismo Moderno e a Configuração do Constitucionalismo Contemporâneo
2.6 A Ameaça Neoconstitucionalista à Força Normativa da Constituição e aos Direitos Fundamentais
2.7 A Grande Possibilidade Teórica: O Constitucionalismo Garantista de Luigi Ferrajoli
3 - CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO, DIREITOS HUMANOS E JURISDIÇÃO CONSTITUCIONALIZADA: A DEMOCRATIZAÇÃO DA DEMOCRACIA COMO CONDIÇÃO DE POSSIBILIDADE PARA A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS
3.1 O Dilema do Constitucionalismo Contemporâneo: A Constitucionalização dos Direitos Sociais e a Tensão Entre Exclusão Econômica Versus Inclusão Social
3.2 Por uma Democracia Tridimensional: A Teoria Garantista da Democracia Constitucional
3.3 Constituição, Participação e Jurisdição: O Papel da Solidariedade como Mecanismo de Enfrentamento do Dilema Exclusão Econômica Versus Inclusão Social
3.4 A Gramática da Concepção Contemporânea de Direitos Humanos, a Discussão em Torno das Gerações e a Teoria Dimensional: Um Problema Desnecessário, uma Solução Insatisfatória
3.5 Por uma Compreensão Multidimensional dos Direitos Fundamentais: Sua Importância na Busca de Efetividade dos Direitos Sociais
3.6 Os Direitos Sociais como Direitos Individuais de Dimensão Coletiva
3.7 A Democracia Como Solução para a Antinomia entre Liberdades Negativas Versus Liberdades Positivas: Ainda o Papel da Solidariedade
3.8 Sobre o Caráter Universalista dos Direitos Sociais em sua Relação com o Princípio da Igualdade no Constitucionalismo Contemporâneo
Parte 2 - OS DIREITOS SOCIAIS E A QUESTÃO DA LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA DA JURISDIÇÃO: SUA REPERCUSSÃO NO MODELO BRASILEIRO DE PROCESSO DAS AÇÕES COLETIVAS
4 - A LEGITIMIDADE DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONALIZADA E A TUTELA DOS DIREITOS SOCIAIS
4.1 Um Esclarecimento Inicial: Entre Jurisdição Constitucional e Ordinária, Jurisdição Constitucionalizada
4.2 Sobre a Legitimidade da Jurisdição para o Controle de Constitucionalidade
4.2.1 Colocação do problema
4.2.2 A revisão judicial como reforço à representação política: John Ely
4.2.3 O paradigma procedimental discursivo
4.2.4 Dworkin e a leitura moral da constituição
4.2.5 O papel da jurisdição no constitucionalismo garantista de Ferrajoli
4.3 Judicialização da Política e Ativismo Judicial, Separação de Poderes e Democracia: Para Desfazer Mal-Entendidos
4.4 Expansão da Jurisdição e Separação de Poderes: De Montesquieu aos Federalistas
4.5 Aplicação Direta da Constituição, Necessidade de Interpositio Legislatori e Ativismo Judicial no Pensamento de Luigi Ferrajoli
4.6 Separação de Poderes e a Ferrajoliana Esfera Constitucional do (In)decidível: O Prévio Esgotamento das Instâncias Democráticas Ordinárias como Elemento Conformador da Legitimidade da Jurisdição para a Tutela dos Direitos Sociais
5 - DIREITOS SOCIAIS, PROCESSO E PARTICIPAÇÃO: DAS TUTELAS COLETIVAS AOS COLETIVOS DE TUTELA
5.1 Nota Sobre o Modelo Brasileiro de Processo Coletivo
5.2 Direitos Sociais, Processo e Radicalização Democrática: Por uma Nova Gramática para o Modelo de Processo das Ações Coletivas
5.3 Direitos Sociais, Processo e Participação Cidadã: Entre os "Tigres de Bengala" e a Democracia
5.4 O Esgotamento das Instâncias Democráticas Ordinárias como Pressuposto Processual Específico do Modelo de Processo das Ações em Defesa de Direitos Sociais
5.5 Apontamentos Finais: Por um Direito Processual dos Direitos Humanos
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS