Autor/Autores: Catiuce Ribas Barin
ISBN v. impressa: 978853626168-3
ISBN v. digital: 978853626224-6
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 325grs.
Número de páginas: 262
Publicado em: 15/09/2016
Área(s): Direito - Penal
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Esta obra aborda a eficácia dos programas de intervenção com agressores como resposta penal nos casos de violência doméstica contra as mulheres.
Inicia por contextualizar a violência doméstica em níveis mundial e nacional, destacando sua dimensão transcultural. Na sequência, trata das soluções do sistema penal brasileiro para o enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres, delimitando sua caracterização e tipologias e verificando a constitucionalidade das leis reguladoras da matéria, seus impactos na incidência daquela violência e deficiências de implementação e regulação.
Como uma das estratégias de enfrentamento ao problema, introduzidas no sistema brasileiro pela Lei Maria da Penha, analisa os programas de intervenção com agressores: origem, objeções, as bases teóricas fundamentadoras, tipologias de agressores que podem influenciar na sua configuração, principais modelos e alguns programas de qualidade efetivados em diferentes países.
Finaliza com uma série de reflexões dirigidas à possibilidade de adoção dos programas em diferentes âmbitos no sistema de justiça criminal brasileiro, verificando a sua eficácia e os princípios e critérios mínimos de atuação que devem respeitar para se constituírem em resposta penal adequada à violência doméstica contra as mulheres.
“A investigação realizada e os resultados alcançados fazem deste livro um marco incontornável no estudo da violência doméstica e uma referência bibliográfica muito útil para todos quantos, de forma profissional ou acadêmica, se ocupam do tema”.
Augusto Silva Dias - Professor Doutor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Portugal.
“Esta pesquisa original reflete o brilhantismo de sua autora. Ela se insere (...) na tentativa de Themis superar a síndrome de Jano, desprendendo-se do paradigma meramente retributivo para agregar valores de resolução de conflitos. Tenho certeza de que a obra influenciará positivamente as políticas públicas brasileiras de proteção à mulher e poderá, mesmo, incentivar aperfeiçoamentos na legislação pátria. Uma contribuição que é muitíssimo bem-vinda para aqueles que labutam diariamente pela afirmação dos direitos humanos das mulheres”.
Thiago Pierobom de Ávila - Doutor em Ciências Jurídico-Cri-minais pela Universidade de Lisboa, Portugal. Professor no Programa de Pós-Graduação da FESMPDFT. Promotor de Justiça e Coordenador do Núcleo de Gênero do MPDFT.
CATIUCE RIBAS BARIN
Mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Portugal. Especialista em Ciências Penais pela Universidade Anhanguera-UNIDERP. Bacharel em Direito pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, obtendo a primeira colocação. Promotora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, com atuação na área da Violência Doméstica.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
1 A REALIDADE DO FENÔMENO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES: DA TRANSCULTURALIDADE DO PROBLEMA À INCIDÊNCIA NO BRASIL
1.1 O Reconhecimento da Violência Doméstica Contra as Mulheres como Problema Social
1.2 A Transculturalidade: Dimensão Universal e Dimensão Cultural da Violência Doméstica Contra as Mulheres
1.3 As Estatísticas da Violência Doméstica Contra as Mulheres no Brasil: dos Problemas Metodológicos de Medição do Fenômeno à sua Incidência no Contexto Brasileiro
2 AS SOLUÇÕES DO SISTEMA PENAL BRASILEIRO AO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES
2.1 O Regramento da Violência Doméstica Contra as Mulheres no Brasil
2.1.1 Conceituação e tipos de violência doméstica contra as mulheres
2.1.2 Principais medidas extrapenais previstas na Lei Maria da Penha
2.1.3 A tutela penal reforçada e os mecanismos processuais penais
2.1.4 Procedimentos dos crimes de violência doméstica contra as mulheres
2.2 A Constitucionalidade das Leis Maria da Penha e do Feminicídio Frente a Alguns Princípios Constitucionais
2.3 A Avaliação do Impacto das Leis Maria da Penha e do Feminicídio na Incidência da Criminalidade Doméstica Contra as Mulheres
2.4 As Deficiências de Implementação e de Regulação da Lei Maria da Penha
3 OS PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO COM AGRESSORES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES
3.1 A Origem dos Programas de Intervenção com Agressores: das Críticas Originárias à Gradativa Aceitação
3.2 Teorias Explicativas Orientadoras dos Programas de Intervenção com Agressores
3.3 Tipologias de Agressores
3.4 Principais Tipos de Programas
3.4.1 Os grupos de autoajuda
3.4.2 Os programas psicoeducacionais
3.4.3 Os programas psicoterapêuticos (cognitivo-comportamentais)
3.4.4 Os programas de gestão da raiva/ira
3.5 Alguns Exemplos de Programas de Referência Implementados Noutros Países
3.5.1 Estados Unidos da América - Duluth Domestic Abuse Intervention Project
3.5.2 Noruega - Alternativ Til Vold
3.5.3 Espanha
3.5.4 Portugal
3.6 A Problemática da Adesão Não Voluntária dos Agressores aos Programas
4 OS PROGRAMAS DE INTERVENÇÃO COM AGRESSORES E SUA EFICÁCIA COMO RESPOSTA PENAL NOS CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA AS MULHERES NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
4.1 A Introdução dos Programas de Intervenção com Agressores no Sistema Brasileiro
4.2 Análise das (Im)possibilidades de Implementação dos Programas de Intervenção com Agressores como Resposta Penal no Sistema Brasileiro
4.2.1 Como medida protetiva de urgência
4.2.2 Como medida cautelar diversa à prisão provisória ou condicionante da liberdade provisória
4.2.3 Como condição da suspensão condicional do processo
4.2.4 Como requisito da suspensão condicional da pena
4.2.5 Como substituto da pena privativa de liberdade
4.3 Outros Âmbitos de Aplicação dos Programas
4.4 Alguns Projetos de Intervenção com Agressores Implementados no Brasil
4.4.1 Projeto "sala de espera: informar para prevenir" (RS) e a experiência de Ceilândia (DF) - a intervenção preliminar ao processo penal
4.4.2 "Grupo reflexivo para homens: por uma atitude de paz" - exemplo de intervenção durante o processo penal
4.4.3 Projeto "lá em casa quem manda é o respeito" - a intervenção dentro das casas prisionais
4.5 São os Programas de Intervenção com Agressores uma Resposta Penal Benevolente e Diferenciada?
4.6 São os Programas de Intervenção uma Resposta Penal Eficaz?
4.7 Construindo um Novo Paradigma no Enfrentamento da Violência Doméstica Contra as Mulheres: que Princípios e Critérios Mínimos de Atuação os Programas de Intervenção Devem Respeitar?
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS