Autor/Autores: Antonio Francisco Gomes de Oliveira
ISBN v. impressa: 978853626280-2
ISBN v. digital: 978853626317-5
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 273grs.
Número de páginas: 220
Publicado em: 17/10/2016
Área(s): Direito - Constitucional
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Manifesta tem sido a expansão do Poder Judiciário no cenário institucional mundial, sobretudo no segundo pós-guerra, quando a maior necessidade de proteção aos direitos fundamentais, paulatinamente, o alçou ao papel de garantidor das promessas não cumpridas pelos poderes políticos.
Nesse cenário, frutificaram-se fenômenos como a judicialização da política e o correlato ativismo judicial, os quais passaram a povoar os debates jurídicos mundo afora e reacender o velho problema concernente à possibilidade de um órgão não eleito poder anular atos emanados daqueles que foram, transmudando o Poder Judiciário de “mera boca da lei” a pretenso detentor da última palavra acerca da interpretação constitucional.
Sem destoar – imerso em um modelo de constitucionalização abrangente e de um amplo sistema de controle de constitucionalidade advindos com a Constituição Federal de 1988 – o Poder Judiciário brasileiro, designadamente por intermédio do Supremo Tribunal Federal, nos últimos anos vem sistematicamente desempenhando um papel proeminente no exercício da jurisdição constitucional, enveredando no julgamento de multifacetadas demandas, inclusive de ordem política, e avocando a condição de intérprete último da Constituição. Referidos comportamentos têm alimentado a delicada tensão entre constitucionalismo e democracia, conduzindo o Legislativo nacional a tomar medidas reativas frente à evidente expansão judicial.
Nesse sentido, o presente livro tem por objetivo principal analisar os distintos comportamentos de atuação judicial – ativismo ou autocontenção judicial –, assim como os diferentes modelos institucionais de interpretação da Constituição, monológicos (de supremacia) ou dialógicos, para, em seguida, inspirado em modelos de controle judicial fraco, apresentar os diálogos institucionais como terceira via apta a produzir melhores resultados na interpretação constitucional. Ao final, propõe-se a reflexão sobre o modelo forte de controle de constitucionalidade vigente no País, bem como a possibilidade de cultivo das teorias dialógicas como mecanismos de ganho interinstitucional no debate sobre o sentido da Constituição.
ANTONIO FRANCISCO GOMES DE OLIVEIRA
Mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa – FDUL, Portugal. Especialista em Direito Constitucional e Graduado pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Professor de Pós-Graduação na Escola Superior da Magistratura do Estado do Piauí – ESMEPI. Professor e Membro do Conselho Consultivo – além de integrante do Conselho Editorial da Revista – da Escola Judiciária do Estado do Piauí – EJUD. Ex-Policial Rodoviário Federal. Ex-Procurador Federal. Ex-Juiz de Direito do Estado de Tocantins. Juiz de Direito no Estado do Piauí, desde 4 de maio de 2009, onde atualmente exerce a função de Juiz Auxiliar da Presidência do TJPI.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
INTRODUÇÃO
Capítulo 1 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL E O VELHO ESTIGMA DA DIFICULDADE CONTRAMAJORITÁRIA
1.1 Breve Escorço Histórico da Jurisdição Constitucional
1.2 Constitucionalismo e Democracia
1.3 Contornos sobre a Objeção Democrática da Jurisdição Constitucional
Capítulo 2 A INCOMPLETUDE DA DICOTOMIA ATIVISMO JUDICIAL/AUTOCONTENÇÃO JUDICIAL COMO COMPORTAMENTOS MAIS ADEQUADOS NA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
2.1 Ativismo Judicial
2.1.1 Considerações gerais
2.1.2 Origem e conceito
2.1.3 Judicialização
2.1.4 A associação entre ativismo judicial e supremacia judicial
2.1.5 Críticas ao ativismo e à judicialização
2.2 Autocontenção Judicial
2.2.1 Considerações gerais, origem e conceito
2.2.2 A vertente minimalista
2.2.3 Autocontenção moderada
2.3 Em Busca da Superação Dicotômica Ativismo/Autocontenção Judicial
Capítulo 3 O DIÁLOGO INSTITUCIONAL COMO TERCEIRA VIA NA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
3.1 Considerações Propedêuticas
3.2 O Surgimento de uma Nova Alternativa: nem Ativismo/Autocontenção Judicial, nem Supremacia Judicial/Legislativa
3.3 Teorias Dialógicas
3.3.1 Teorias quanto ao método judicial
3.3.2 Teorias estruturais do diálogo
3.3.3 Fusão dialógica
3.3.4 Ponderações pontuais acerca das teorias dialógicas
3.4 O Paradigma Dialógico na Experiência Canadense
3.5 O Monólogo das Teses da Última Palavra na Interpretação da Constituição
3.5.1 O legislativo com a última palavra
3.5.2 O judiciário com a última palavra
3.6 Diálogos Institucionais e a Ausência da Última Palavra na Interpretação da Constituição
3.6.1 Deve haver a última palavra na interpretação constitucional?
3.6.2 A "última palavra provisória"
Capítulo 4 OS MEANDROS DO DIÁLOGO INSTITUCIONAL BRASILEIRO
4.1 O Expansionismo da Autoridade do Poder Judiciário
4.2 O Legislativo em Alerta!
4.3 Horizontes para o Diálogo Institucional no Brasil
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS