Autor/Autores: Adriano C. Cordeiro
ISBN v. impressa: 978853626791-3
ISBN v. digital: 978853626869-9
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 357grs.
Número de páginas: 288
Publicado em: 03/05/2017
Área(s): Direito - Processual Civil
Para leitura em aplicativo exclusivo da Juruá Editora - Juruá eBooks - para Smartphones e Tablets rodando iOS e Android. Não compatível KINDLE, LEV, KOBO e outros e-Readers.
Disponível para as plataformas:
Em computadores a leitura é apenas online e sem recursos de favoritos e anotações;
Não permite download do livro em formato PDF;
Não permite a impressão e cópia do conteúdo.
Compra apenas via site da Juruá Editora.
A presente obra objetiva uma compreensão acerca dos negócios jurídicos processuais a partir da vigência do novo Código de Processo Civil de 2015. No passado, sua ocorrência era praticamente inexistente, abrindo-se com a nova lei e com a influência de institutos como a arbitragem um espaço para que eles fossem adequadamente regulados, tendo em vista o autorregramento das partes incidentes sobre os acordos obrigacionais.
Esses negócios jurídicos processuais, conforme art. 190 do NCPC, ocorrerão de forma típica, quando realizados segundo uma previsão legal, ou atípicos, quando não possuírem expressamente uma existência normativa a respeito disso. Trata-se rapidamente do princípio da cooperação, de acordo com artigo 6° do NCPC, adequando-se sua análise a um conjunto de medidas contempladas pela nova regra processual, em harmonia com os poderes do juiz e o gerenciamento da sua aplicação. A partir da natureza, do desenvolvimento e da expansão das convenções processuais, analisam-se diversas possibilidades de sua realização, suas variações, seus ganhos e limites incidentes acerca da sua disciplina.
Destaca-se, ainda, ponto que versa sobre a possibilidade de serem descumpridos esses negócios jurídicos processuais, num grupo de temas que fortaleceria a sua existência para que eles fossem adequadamente cumpridos. Desse modo, uma vez ocorrido o descumprimento das convenções processuais, é adequado disciplinar quais sejam as suas consequências jurídicas, com atenção especial às repercussões materiais do caso.
Duas serão as formas para se apurar e discutir as consequências desse descumprimento dos pactos processuais, partindo-se de uma análise processual e material, no sentido de oferecer vias alternativas adequadas para sua restituição. Seja pelo caminho originário da própria ação em que houve o descumprimento, seja pela via secundária por meio de ação própria, poderá o atingido buscar o devido ressarcimento em temas já conhecidos do segmento obrigacional civil.
Assim, usando como parâmetro o perfil da inexecução das obrigações civis, a apuração das consequências do não cumprimento aborda os casos de mora, das perdas e danos, das multas incidentes nos próprios acordos processuais e da via da resolução pelo seu inadimplemento.
ADRIANO C. CORDEIRO
Doutor em Direito Processual Civil pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Mestre em Direito Processual Civil e Cidadania pela Universidade Paranaense – UNIPAR. Especialista em Filosofia do Direito pela Universidade do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Advogado, Graduado pela Universidade Paranaense – UNIPAR. Professor de Direito Processual Civil da Universidade Paranaense – UNIPAR, Campus de Cascavel/PR nos cursos de graduação e especialização. Autor de diversos artigos publicados na área jurídica.
INTRODUÇÃO
Capítulo 1 - NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
1.1 Uma Teoria do Fato Jurídico Processual
1.2 Negócio Jurídico Processual
1.2.1 Negócio jurídico processual e autonomia privada
1.2.2 A tendência de extensão e margem da autonomia privada
1.3 Negócios Jurídicos Processuais e seu Enquadramento com a Jurisdição Estatal
1.4 Negociações Procedimentais Segundo art. 190 do Novo Código de Processo Civil e os Diferentes Tipos de Litígio
1.5 Aproximação entre Justiça Estatal e Arbitragem
1.5.1 Entre o procedimento estatal rígido e a arbitragem. Campo desempenhado pelas partes
1.6 Diferentes Nomenclaturas dos Negócios Jurídicos Processuais. Contrato, Convenção e Acordo
Capítulo 2 - CONCEPÇÕES DO PROCESSO CIVIL COOPERATIVO NO NOVO CPC DE 2015
2.1 O Processo Cooperativo como Princípio e como Norma Fundamental. Perfis do CPC/2015 e o Art. 6º da Nova Lei
2.2 Cooperação e Estado Constitucional
2.2.1 O dever de veracidade
2.2.2 Os pressupostos sociais, lógicos e éticos
2.3 Os Poderes do Juiz e os Deveres de Esclarecimento - Prevenção e Consulta
2.3.1 O posicionamento do juiz e a condução equilibrada da causa
2.3.1.1 Gerenciamento de processos judiciais e cases management
2.4 Contribuições do Formalismo Valorativo e o Abandono do Rigor Excessivo nas Regras de Procedimento
2.5 Os Princípios do Dispositivo e Inquisitivo e a Organização Processual Adversarial e Inquisitorial
2.6 A Contratualização do Procedimento
2.7 Estrutura Processual Cooperativa
2.7.1 Fase postulatória e petição inicial do autor
2.7.2 Saneamento
2.7.3 Direito probatório
2.7.4 Sentença e normas fundamentais
2.7.5 Fase recursal e demais casos
Capítulo 3 - NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS E SEU DESENVOLVIMENTO
3.1 Expansão e Classificação Geral dos Negócios Jurídicos Processuais. A Conveniência, o Autorregramento das Partes e os Acordos Obrigacionais sobre os Contratos Onerosos
3.1.1 Acordos processuais sobre ônus da prova, faculdades e deveres processuais
3.1.1.2 O calendário processual entre as partes e o juiz
3.2 Sujeitos dos Negócios Jurídicos Processuais
3.2.1 O papel do juiz no incentivo e controle das convenções processuais. O cumprimento dos acordos e a multa incidente
3.2.1.1 Inadmissão do reconhecimento ex officio das convenções processuais
3.2.2 O Ministério Público e a Fazenda Pública
3.3 Capacidade, Objeto, Validade, Forma e Preclusão dos Negócios Jurídicos Processuais
3.4 Negócios Jurídicos Processuais Coletivos
3.5 Planos de Existência, Validade e Eficácia
3.6 Limites e Controle dos Acordos Processuais Típicos e Atípicos
3.6.1 Os parâmetros da igualdade
3.6.2 Cláusula abusiva em contrato de adesão e vulnerabilidade
3.6.3 Uso ilegal do processo, normas cogentes e formalismo processual
3.6.4 A questão da ordem pública
3.7 Ganhos e Vantagens na Celebração dos Acordos Processuais
Capítulo 4 - DESCUMPRIMENTO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
4.1 A Valorização da Proteção da Confiança como Fundamento dos Negócios Jurídicos Processuais
4.1.1 A proteção da confiança aplicada aos negócios jurídicos processuais
4.2 Desvios dos Objetivos Estabelecidos pelo Princípio da Cooperação
4.2.1 Consequências do descumprimento
4.3 O Parâmetro da Boa-fé Processual e sua Relação com o Descumprimento dos Negócios Jurídicos Processuais
4.3.1 Boa-fé e descumprimento de negócios processuais
4.4 Comportamento Contraditório e Venire contra Factum Proprium
4.5 Revogação e Resilição dos Negócios Jurídicos Processuais
4.5.1 Possibilidade de aplicação da teoria da imprevisão
4.6 O Descumprimento do Negócio Jurídico Processual pode ser Objeto de Acordo Processual?
4.6.1 Retificação da convenção processual descumprida por meio de novo acordo processual
4.6.2 Descumprimento dos negócios jurídicos processuais por ambas as partes
Capítulo 5 - CONSEQUÊNCIAS DO DESCUMPRIMENTO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS
5.1 A Prevenção de Meios Inadequados
5.2 Manutenção do Respeito ao Pactuado nas Convenções Processuais e as Consequências do Descumprimento dos Negócios Jurídicos Processuais
5.2.1 Apuração endoprocessual e extraprocessual das consequências do descumprimento dos acordos processuais
5.2.2 Ônus de alegação, reconhecimento do juízo, efetivação e execução
5.3 Dever de Lealdade, Comportamentos Inadequados e Infrações Processuais Cometidas pelas Partes
5.4 Deveres das Partes e Procuradores. Art. 77, I a VI do CPC/2015
5.4.1 A previsão das multas
5.4.2 Demais disciplinas das multas
5.4.3 A contempt of court
5.5 A Natureza Pública e Privada das Convenções Processuais
5.6 Restauração dos Prejuízos Advindos do Descumprimento das Convenções Processuais
5.6.1 O caso da mora
5.6.2 As perdas e danos e a multa existente no acordo processual
5.6.3 Resolução do acordo processual por inadimplemento
5.7 Restituição dos Prejuízos por Via Autônoma Secundária de Ação Indenizatória e Ação Anulatória
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS