Autor/Autores: Cibele Fernandes Dias
ISBN: 978853628705-8
Edição/Tiragem: 2ª Edição - Revista e Atualizada
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 203grs.
Número de páginas: 164
Publicado em: 25/10/2019
Área(s): Direito - Constitucional; Direito - Consumidor
Nesta segunda edição, revisamos o texto originário da dissertação de mestrado apresentada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 2003, utilizada como fonte para a primeira edição do livro.
Passados mais de vinte anos da publicação da Lei Geral de Telecomunicações, a Lei 9.472/1997, o Supremo Tribunal Federal ainda não julgou definitivamente a ADI 1668/DF, ajuizada contra o diploma legal. Amenizamos o entendimento originário no qual defendíamos, ipso facto, a inconstitucionalidade do regime privado para prestação dos serviços de telecomunicações de interesse coletivo.
Também revisamos a perspectiva originária de resistência ao poder normativo das Agências Reguladoras como substituto ao poder regulamentar do Chefe do Poder Executivo. A disseminação no direito brasileiro do modelo de Agência, no campo dos serviços públicos e da atividade econômica, parece ser um caminho sem volta que despolitiza a regulação de setores importantes da economia brasileira ao transferir a competência reguladora para membros da Administração Pública não eleitos pelo povo.
Não podemos deixar de admitir certa perplexidade e desconforto com a atual noção corrente do princípio da legalidade, que permite, dentro dos parâmetros de uma legislação meramente principiológica, a atribuição de poderes normativos ao Poder Executivo e às entidades da Administração Pública.
Texto extraído da nota à segunda edição desta obra.
CIBELE FERNANDES DIAS
Mestre e Doutora em Direito Constitucional pela PUC- -SP. Professora de Direito Constitucional da Escola da Magistratura Federal do Paraná. Advogada.
INTRODUÇÃO
Capítulo I CONSTITUIÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO DE TELECOMUNICAÇÕES
1 O Estado Social e o Serviço Público
2 Serviço Público e Exploração de Atividade Econômica
2.1 Poder Legislativo e Criação de Serviços Públicos
2.2 Privatização e Serviços Públicos
2.3.1 O princípio da prossecução do interesse público
2.3.2 O princípio do equilíbrio econômico financeiro
3 O Serviço de Telecomunicações e a Constituição Federal
3.1 A Previsão Constitucional de um Órgão Regulador do Serviço de Telecomunicações
3.1.1 Interpretação conforme a Constituição do poder regulador da Anatel
3.1.2 A função regulatória da Anatel
4 Colocação do Problema: O Regime Jurídico do Serviço Móvel Celular
Capítulo II SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES DE INTERESSE COLETIVO E DE INTERESSE RESTRITO
1 Serviços de Telecomunicações de Interesse Coletivo Essenciais
2 Pressupostos para a Compreensão da Problemática
2.1 Serviços Públicos e Função Pública
2.2 A Constituição de 1988 e a Referência a Serviços Essenciais
2.2.1 Os serviços e atividades essenciais na Lei 7.783/1989
2.3 A Essencialidade do Serviço e a Prestação Por Particulares
2.4 Serviços Essenciais e Prestação Uti Singuli ou Uti Universi
3 Serviços de Interesse Coletivo e Serviços de Interesse Restrito
3.1 O Regime Jurídico de Prestação dos Serviços de Telecomunicações de Interesse Coletivo e Interesse Restrito
3.2 Enquadramento Jurídico do Serviço Móvel Celular como Serviço de Telecomunicações de Interesse Coletivo
3.3 O Decreto 6.654/08 e o Regime Privado
3.4 As Classificações Legais dos Serviços de Telecomunicações e a Constituição Federal: Aproximação do Problema
3.4.1 A apreciação de Maria Sylvia Zanella Di Pietro
3.4.2 Contraponto: a apreciação de Carlos Ari Sundfeld e Jacintho de Arruda Câmara
3.4.3 A Apreciação cautelar do Supremo Tribunal Federal
Capítulo III SERVIÇO PÚBLICO DE TELECOMUNICAÇÕES E REGIME JURÍDICO DE SUA PRESTAÇÃO
1 Introdução
2 O Problema dos Provimentos Autorizatórios de Serviços Públicos
2.1 A Discussão na Doutrina Argentina
2.2 A Discussão na Doutrina Brasileira: Autorização de Serviços Públicos de Telecomunicações?
3 Provimento Autorizatório e Regime Jurídico do Serviço Público
3.1 Pré-Compreensão da Natureza Principiológica da Continuidade e da Universalidade
3.2 O Princípio da Continuidade
3.2.1 A exceção do contrato não cumprido na doutrina argentina
3.2.2 A exceção do contrato não cumprido no universo dos serviços de telecomunicações de interesse coletivo
3.2.2.1 A exceção do contrato não cumprido na relação jurídica Poder Público e prestadora de serviço de telecomunicações de interesse coletivo
3.2.2.2 A exceção do contrato não cumprido na relação jurídico-administrativa prestadora e usuário de serviço de telecomunicações de interesse coletivo
3.3 O Princípio da Universalidade
4 Serviços Públicos e Direito Fundamental ao Serviço Adequado
4.1 A Fuga para o Direito Privado
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS