Capa do livro: Violência Doméstica Contra a Mulher - A Desconstrução da Masculinidade Hegemônica, Tayana Roberta Muniz Caldonazzo

Violência Doméstica Contra a Mulher - A Desconstrução da Masculinidade Hegemônica

Tayana Roberta Muniz Caldonazzo

    Preço

    por R$ 97,70

    Ficha técnica

    Autor/Autores: Tayana Roberta Muniz Caldonazzo

    ISBN v. impressa: 978655605664-7

    ISBN v. digital: 978655605784-2

    Acabamento: Brochura

    Formato: 15,0x21,0 cm

    Peso: 248grs.

    Número de páginas: 200

    Publicado em: 09/07/2021

    Área(s): Direito - Penal; Direito - Diversos

    Versão Digital (eBook)

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    Sinopse

    Esta obra faz uma correlação entre Direito e estudos de gênero, além de trazer uma perspectiva interdisciplinar. Abordam-se masculinidades e grupos reflexivos para autores de violência doméstica contra a mulher, centrando-se em homens e mulheres cisgênero, e dividindo-se em dois grandes aprofundamentos. 

    De um lado, aponta-se que os grupos reflexivos se desenvolvem, na prática, a partir de uma diversidade de temas, abordagens, metodologias e estruturas. De outro, na discussão sobre as múltiplas masculinidades, observa-se a dinâmica da masculinidade hegemônica se refletindo, normalmente de forma negativa – vez que formada a partir de valores que tendem a reforçar uma lógica pautada na desigualdade de gênero, racismo e cisheteronormatividade –, na vivência dos homens brasileiros. 

    Diante disso, e pautando-se na premissa de que os grupos devem ter como objetivo imediato a desconstrução da hegemonia, é possível questionar: em que medida os grupos reflexivos brasileiros conseguem desconstruir a masculinidade hegemônica? Parte-se da hipótese de que as diferenças entre as propostas desses serviços brasileiros abrem, também, uma diversidade de limites e potencialidades para que aproximem seus participantes de mudanças. 

    Conclui-se, de forma geral, que há desconstruções de alguns aspectos da hegemonia, mas a permanência de outros, e, a partir de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, sugerem-se parâmetros que parecem contribuir para uma maior efetividade dos grupos, bem como apontam-se lacunas para futuras pesquisas sobre o tema.

    Autor(es)

    TAYANA ROBERTA MUNIZ CALDONAZZO

    Mestra em Ciência Jurídica pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Jurídica da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. Área de Concentração: Teorias da Justiça e Exclusão. Linha de pesquisa: Função Política do Direito. Graduada em Direito pela Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. Foi bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Participa dos Grupos de Pesquisa Direitos: Estado e Bioética, e Intervenção do Estado na Vida das Pessoas. Pesquisa sobre Direito e estudos de gênero, com ênfase em grupos reflexivos para autores de violência doméstica contra a mulher e masculinidades. Servidora pública vinculada ao Ministério Público do Estado do Paraná.

    Sumário

    Capítulo 1 INTRODUÇÃO

    Capítulo 2 ESTUDOS DE GÊNERO: MASCULINIDADES

    2.1 MASCULINIDADE HEGEMÔNICA

    2.2 O QUE CARACTERIZA UM HOMEM? A INEXISTÊNCIA DE UMA IDENTIDADE MASCULINA E A IMPORTÂNCIA DA DESCONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS SOCIAIS HEGEMÔNICAS

    Capítulo 3 GRUPOS REFLEXIVOS: CONTEXTUALIZAÇÃO E LACUNAS

    3.1 QUAL A NATUREZA DOS GRUPOS REFLEXIVOS?

    3.2 É POSSÍVEL AFERIR A EFETIVIDADE DOS GRUPOS REFLEXIVOS?

    3.3 ORGANIZAÇÃO DE UM OBJETIVO PARA OS GRUPOS REFLEXIVOS

    3.4 A EQUIDADE COMO OBJETIVO MEDIATO A SER BUSCADO

    Capítulo 4 GRUPOS REFLEXIVOS BRASILEIROS E SUAS POTENCIALIDADES PARA A DESCONSTRUÇÃO DO IDEAL HEGEMÔNICO

    4.1 METODOLOGIA

    4.2 VIOLÊNCIA E MASCULINIDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO PSICANALÍTICA AOS ESTUDOS DAS RELAÇÕES DE GÊNERO

    4.3 HOMENS ‘AUTORES DE VIOLÊNCIA CONJUGAL’: MODERNIDADE E TRADIÇÃO NA EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO DE REFLEXÃO

    4.4 NOVOS FRASCOS, VELHAS FRAGRÂNCIAS: A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA EM UMA CIDADE FLUMINENSE

    4.5 A PENA QUE VALE A PENA: ALCANCES E LIMITES DE GRUPOS REFLEXIVOS PARA HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

    4.6 OS "MARIA DA PENHA": UMA ETNOGRAFIA DE MECANISMOS DE VIGILÂNCIA E SUBVERSÃO DE MASCULINIDADES VIOLENTAS EM BELO HORIZONTE

    4.7 AUTORES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR: UM ESTUDO SOBRE UM GRUPO DE REFLEXÃO NO PARANOÁ/DF

    4.8 CIVILIZAR A CULTURA: QUESTÕES DE MODERNIZAÇÃO E A AFIRMAÇÃO DA DIGNIDADE ENTRE HOMENS ACUSADOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

    4.8.1 Juizado Especial da Violência Doméstica Contra a Mulher, Niterói/RJ

    4.8.2 Instituto de Práticas Sistêmicas Constante da Zona Sul do Rio de Janeiro

    4.9 "MAS TEM GENTE QUE NÃO ENTENDE ASSIM" // "-É. É POR ISSO QUE A GENTE TÁ AQUI.": A SESSÃO DE GRUPO SOCIOEDUCATIVO PARA HOMENS AUTORES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A (RE)CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DE MASCULINIDADES

    4.10 CONCLUSÕES DO CAPÍTULO

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    REFERÊNCIAS

    Índice alfabético

    A

    • Autores de violência doméstica e familiar: um estudo sobre um grupo de reflexão no Paranoá/DF

    C

    • Civilizar a cultura: questões de modernização e a afirmação da dignidade entre homens acusados de violência doméstica e familiar contra a mulher
    • Conclusões do capítulo
    • Considerações finais
    • Cultura. Civilizar a cultura: questões de modernização e a afirmação da dignidade entre homens acusados de violência doméstica e familiar contra a mulher

    D

    • Dignidade entre homens acusados. Civilizar a cultura: questões de modernização e a afirmação da dignidade entre homens acusados de violência doméstica e familiar contra a mulher

    E

    • Equidade como objetivo mediato a ser buscado
    • Estudos de gênero: masculinidades
    • Etnografia. Os "Maria da Penha": uma etnografia de mecanismos de vigilância e subversão de masculinidades violentas em Belo Horizonte

    G

    • Gênero. Estudos de gênero: masculinidades
    • Grupo de reflexão. Autores de violência doméstica e familiar: um estudo sobre um grupo de reflexão no Paranoá/DF
    • Grupo de reflexão. Homens ‘autores de violência conjugal’: modernidade e tradição na experiência de um grupo de reflexão
    • Grupo socioeducativo. "Mas tem gente que não entende assim" // "-É. É por isso que a gente tá aqui.": a sessão de grupo socioeducativo para homens autores de violência contra a mulher e a (re)construção discursiva de masculinidades
    • Grupos reflexivos brasileiros e suas potencialidades para a desconstrução do ideal hegemônico
    • Grupos reflexivos. É possível aferir a efetividade dos grupos reflexivos?
    • Grupos reflexivos. Organização de um objetivo para os grupos reflexivos
    • Grupos reflexivos. Pena que vale a pena: alcances e limites de grupos reflexivos para homens autores de violência contra a mulher
    • Grupos reflexivos. Qual a natureza dos grupos reflexivos?
    • Grupos reflexivos: contextualização e lacunas

    H

    • Hegemonia. Masculinidade hegemônica

    I

    • Ideal hegemônico. Grupos reflexivos brasileiros e suas potencialidades para a desconstrução do ideal hegemônico
    • Identidade masculina. O que caracteriza um homem? A inexistência de uma identidade masculina e a importância da desconstrução de práticas sociais hegemônicas
    • Institucionalização. Novos frascos, velhas fragrâncias: a institucionalização da Lei Maria da Penha em uma cidade fluminense
    • Introdução

    J

    • Juizado Especial da Violência Doméstica contra a Mulher, Niterói/RJ

    L

    • Lei Maria da Penha. Novos frascos, velhas fragrâncias: a institucionalização da Lei Maria da Penha em uma cidade fluminense

    M

    • Masculinidade hegemônica
    • Masculinidade. Estudos de gênero: masculinidades
    • Masculinidade. Os "Maria da Penha": uma etnografia de mecanismos de vigilância e subversão de masculinidades violentas em Belo Horizonte
    • Masculinidade. Violência e masculinidade: uma contribuição psicanalítica aos estudos das relações de gênero
    • Metodologia. Grupos reflexivos brasileiros e suas potencialidades para a desconstrução do ideal hegemônico
    • Modernidade. Homens ‘autores de violência conjugal’: modernidade e tradição na experiência de um grupo de reflexão
    • Modernização. Civilizar a cultura: questões de modernização e a afirmação da dignidade entre homens acusados de violência doméstica e familiar contra a mulher

    N

    • Novos frascos, velhas fragrâncias: a institucionalização da Lei Maria da Penha em uma cidade fluminense

    O

    • Os "Maria da Penha": uma etnografia de mecanismos de vigilância e subversão de masculinidades violentas em Belo Horizonte

    P

    • Pena que vale a pena: alcances e limites de grupos reflexivos para homens autores de violência contra a mulher
    • Potencialidade. Grupos reflexivos brasileiros e suas potencialidades para a desconstrução do ideal hegemônico
    • Práticas sistêmicas. Instituto de Práticas Sistêmicas constante da Zona Sul do Rio de Janeiro
    • Práticas sociais hegemônicas. O que caracteriza um homem? A inexistência de uma identidade masculina e a importância da desconstrução de práticas sociais hegemônicas
    • Psicanálise. Violência e masculinidade: uma contribuição psicanalítica aos estudos das relações de gênero

    R

    • Referências

    T

    • Tradição. Homens ‘autores de violência conjugal’: modernidade e tradição na experiência de um grupo de reflexão

    V

    • Vigilância. Os "Maria da Penha": uma etnografia de mecanismos de vigilância e subversão de masculinidades violentas em Belo Horizonte
    • Violência doméstica. Autores de violência doméstica e familiar: um estudo sobre um grupo de reflexão no Paranoá/DF
    • Violência contra a mulher. Pena que vale a pena: alcances e limites de grupos reflexivos para homens autores de violência contra a mulher
    • Violência doméstica e familiar contra a mulher. Civilizar a cultura: questões de modernização e a afirmação da dignidade entre homens acusados de violência doméstica e familiar contra a mulher
    • Violência e masculinidade: uma contribuição psicanalítica aos estudos das relações de gênero