Autor/Autores: Ana Beatriz Cruz Nunes e Patricia Borba Marchetto
ISBN v. impressa: 978853629872-6
ISBN v. digital: 978853629912-9
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 161grs.
Número de páginas: 130
Publicado em: 05/08/2022
Área(s): Direito - Diversos
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O presente trabalho analisa o problema sociojurídico da violência obstétrica a partir de um estudo exploratório e empírico sobre o tema. O objetivo geral foi compreender como o ordenamento jurídico brasileiro tutela a proteção contra a violência obstétrica. Especificamente, é traçado um panorama da tutela normativa e jurisprudencial da proteção contra atos de violência obstétrica. Além disso, foi realizado um levantamento de julgados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo entre os anos de 2016 a 2019 com o objetivo de compreender sob quais critérios e elementos normativos as decisões são fundamentadas e qual é o sentido da proteção dos bens jurídicos tutelados pelos julgados analisados. Os resultados indicaram uma mudança na nomeação das práticas abusivas e de medicalização durante o parto, do conceito de erro médico para o da violência obstétrica, previsto nas normas de humanização do parto e de tutela dos direitos reprodutivos. Dentre os diferenciais da presente obra pode-se citar que ela analisa períodos recentes sobre o tema e apresenta levantamento atualizado de normas (internacionais, leis federais, portarias, entre outras) sobre os direitos reprodutivos, especificamente sobre humanização do parto. Além disso, apresenta levantamento e análise de jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo a partir de critérios metodológicos da análise de conteúdo, o que permite delinear as tendências do entendimento jurisprudencial sobre o tema no tribunal analisado, indicando as nuances do enquadramento normativo e dogmático da violência obstétrica na legislação brasileira que tutela o direito ao parto humanizado e o direito do acompanhante. A presente obra dirige-se a estudantes de graduação e pós-graduação; pesquisadores sobre o tema dos direitos reprodutivos; profissionais técnicos das áreas jurídica e da saúde; ativistas dos movimentos de humanização do parto; agentes públicos da área da saúde; e mobilizadores sociais de políticas públicas sobre o tema da saúde reprodutiva.
ANA BEATRIZ CRUZ NUNES
Professora. Mestre e Bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS – UNESP/Campus de Franca). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Observatório de Bioética e Direito da UNESP. Membro da Rede Estratégica de Enfrentamento ao Desaparecimento de Crianças (REDESPARC/UNESP). Membro do Núcleo de Estudos de Direito Alternativo (NEDA).
PATRICIA BORBA MARCHETTO
Pós-doutorado em Genética Forense na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara (FCF/UNESP). Doutora em Direito pela Universidad de Barcelona (2001). Professora de graduação e pós-graduação na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Líder do Grupo de Pesquisa Observatório de Bioética e Direito da UNESP. Vice-coordenadora da Universidade da Terceira Idade de Araraquara (UNATI/UNESP). Coordenadora da Rede Estratégica de Enfrentamento ao Desaparecimento de Crianças (REDESPARC/UNESP).
LISTA DE GRÁFICOS E TABELAS
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
1 DESENHO METODOLÓGICO DA PESQUISA
2 PESQUISA JURISPRUDENCIAL
2.1 Verificação dos Critérios Metodológicos da Pesquisa
2.2 Classificação e Codificação dos Resultados
Capítulo 1 A TUTELA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
1.1 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: CONCEITUAÇÕES
1.2 A TUTELA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA COMO AGENDA DE JUSTIÇA REPRODUTIVA
1.2.1 A Proteção Contra a Violência Obstétrica a Partir dos Direitos Reprodutivos
1.3 POSITIVAÇÃO DOS DIREITOS REPRODUTIVOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
1.3.1 Os Direitos Reprodutivos na Constituição Federal de 1988
1.3.2 Os Direitos Reprodutivos na Legislação Infraconstitucional Brasileira
1.4 COMPREENSÃO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA A PARTIR DO CONCEITO DE JUSTIÇA REPRODUTIVA
1.4.1 A Posição da Violência Obstétrica no Ordenamento Jurídico Brasileiro
Capítulo 2 O CASO ALYNE PIMENTEL VS. BRASIL E SUA REPERCUSSÃO NA AGENDA DA JUSTIÇA REPRODUTIVA
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO CASO ALINE PIMENTEL VS. BRASIL
2.2 QUESTÕES PRELIMINARES SOBRE A COMUNICAÇÃO Nº 17/2008 DA CEDAW
2.2.1 O Comitê CEDAW e a Força Vinculante de Suas Recomendações
2.2.2 O Reconhecimento da Interseccionalidade dos Fatores de Classe, Gênero e Raça na Violação da Saúde Reprodutiva no Brasil
2.2.3 Recomendações em Face da Condenação do Estado Brasileiro no Caso Alyne Pimentel vs. Brasil
2.3 CONTRIBUIÇÕES DO CASO PARA O AVANÇO DA AGENDA DA JUSTIÇA REPRODUTIVA E SUAS PROJEÇÕES PARA A TUTELA DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL
Capítulo 3 O ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DO TJSP SOBRE A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO PERÍODO DE 2016 A 2019
3.1 CARACTERÍSTICAS DOS JULGADOS SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO TJSP DE 2016 A 2019: TEMPORALIDADE, TIPOS DE AÇÕES E RECURSOS E CARACTERÍSTICAS DAS PARTES
3.1.1 Análise dos Recortes Temporais dos Julgados
3.1.2 Análise das Relações Entre os Tipos de Ações e de Recurso Analisados
3.1.3 Análise Acerca das Partes que Compõem os Julgados
3.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO SOBRE OS PEDIDOS DE RECONHECIMENTO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO TJSP DE 2016 A 2019
3.3 ANÁLISE DE CONTEÚDO DAS DECISÕES DO TJSP SOBRE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO PERÍODO DE 2016 A 2019
3.3.1 Caracterização da Responsabilidade Civil em Razão de Violência Obstétrica
3.3.2 O Dever de Reparação e/ou Indenização em Razão de Violência Obstétrica
3.3.3 Desenho Jurídico-normativo e Dogmático da Violência Obstétrica nas Decisões do TJSP no Período de 2016 a 2019
3.3.4 A Prova e o Cerceamento de Defesa nos Julgados sobre Violência Obstétrica
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS