Autor/Autores: Elida de Cássia Mamede da Costa
ISBN v. impressa: 978652630198-2
ISBN v. digital: 978652630113-5
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 268grs.
Número de páginas: 216
Publicado em: 26/10/2022
Área(s): Direito - Civil - Responsabilidade Civil
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Esta obra avalia a responsabilidade civil de usuários de agrotóxicos no Brasil diante de danos à pessoa que esta atividade efetiva e potencialmente provoca. O objetivo central é analisar a efetividade da regulação dos agrotóxicos vigente no Brasil, incluindo as respectivas previsões de responsabilidades sob o viés agroambiental dos sujeitos envolvidos com o uso de agrotóxicos. Para elaborar a análise da situação, este trabalho empregou primeiramente pesquisa teórica e qualitativa a partir de levantamento bibliográfico e da legislação referente a agrotóxicos e responsabilidade civil, enquanto a segunda etapa envolveu pesquisa documental quali-quantitativa de julgados dos tribunais de justiça dos estados brasileiros, com o método jurídico de raciocínio dedutivo em ambas etapas. O resultado é a demonstração de que no Brasil a tendência é que o Poder Judiciário não imponha responsabilidade civil aos usuários de agrotóxicos se não estiverem presentes os elementos comprovatórios de dano direto e imediato, e nexo de causalidade nos termos da teoria da causalidade adequada. A conclusão é que a dificuldade de imposição judicial de responsabilidade civil aliada à atual tendência legislativa de facilitar desde o registro para fabricação até o uso do produto culmina na aplicação excessiva de agrotóxicos nas lavouras, o que possibilita e possibilitará a ampliação de danos agroambientais. Assim, há necessidade de reforço à proteção agroambiental por meio de rigorosas restrições legais e a consequente amplitude do reconhecimento de responsabilidade civil nos julgados, a fomentar o uso responsável de agrotóxicos.
ELIDA DE CÁSSIA MAMEDE DA COSTA
Doutora e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Pará (PPGD/UFPA). Graduada em Direito pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Professora do Centro Universitário FIBRA (Faculdade Integrada Brasil Amazônia) e ESMAC (Escola Superior Madre Celeste). Analista Judiciária perante o Tribunal de Justiça do Estado do Pará – TJ-PA. Membro da Primeira Igreja Batista do Pará (PIB-PA). Membro do IBERC – Instituto Brasileiro de Estudos de Responsabilidade Civil. Desenvolve pesquisa na área de Responsabilidade Civil, Tutela Agroambiental, Direito Civil e Direito do Consumidor.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
INTRODUÇÃO
APONTAMENTOS METODOLÓGICOS INICIAIS
I O ESTADO DA ARTE: A DISCIPLINA JURÍDICA BRASILEIRA DOS AGROTÓXICOS
1.1 FUNÇÃO SOCIAL DA TERRA, SUSTENTABILIDADE E AGROECOLOGIA: FUNDAMENTANDO A ESSENCIALIDADE DA RESTRIÇÃO À APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
1.2 NA CONTRAMÃO DA PROTEÇÃO AGROAMBIENTAL: A REVOLUÇÃO VERDE
1.3 A ATUAL DISCIPLINA LEGAL DOS AGROTÓXICOS NO BRASIL
1.3.1 Definição de Agrotóxicos
1.3.2 Tipologia e Principais Classificações de Agrotóxicos
1.4 INCENTIVOS E RETÓRICA "PRÓ-AGROTÓXICOS"
1.5 ALGUMAS MUDANÇAS PROPOSTAS NO PROJETO DE LEI 6.299 DE 2002: "O PL DO VENENO": RETROCESSO À PROTEÇÃO AGROAMBIENTAL
1.5.1 O Cenário do Projeto
1.5.2 Buscando Eufemização: a Mudança de Nomenclatura
1.5.3 Competência Legislativa Concentrada na União
1.5.4 O Registro: Caminhos para Facilitação
II REVISITANDO A TEORIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL À LUZ DO DIÁLOGO COM O DIREITO AGROAMBIENTAL: PERSPECTIVAS, FUNÇÕES E O SUJEITO RESPONSÁVEL
2.1 RESPONSABILIDADE CIVIL. ABRANGÊNCIA DO TERMO E PERSPECTIVA AGROAMBIENTAL
2.2 FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE
2.2.1 Função Ressarcitória
2.2.2 Função Punitiva
2.2.3 Funções Preventiva e Precaucional
2.3 ELEMENTO SUBJETIVO: O USUÁRIO DE AGROTÓXICOS NA ATIVIDADE AGRÁRIA COMO RESPONSÁVEL
2.3.1 O Estado como Responsável
2.3.2 Previsibilidade da Pessoa Sensata
2.3.3 Abusividade
III RISCO AGROAMBIENTAL COMO FATOR OBJETIVO DE IMPUTAÇÃO
3.1 APRESENTANDO O NEXO DE IMPUTAÇÃO
3.2 A IMPUTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE NA LEI FEDERAL 7.802/1989
3.3 RISCO AGROAMBIENTAL: ABRANGÊNCIA DO TERMO, PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E MODALIDADES
3.3.1 O Risco Agroambiental e suas Novas Concepções Espaço-Temporais
3.3.2 A Percepção Midiática e Científica do Risco
3.4 REDEFINIÇÕES EM MATÉRIA DE RISCO NO PL 6.299/2002
3.5 ASPECTO SOCIOLÓGICO DOS RISCOS CONTEMPORÂNEOS
3.5.1 A Distribuição Social do Risco
3.6 A SOLIDARIEDADE COMO ESTEIO DA GESTÃO RESPONSÁVEL DOS RISCOS E O PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE RETROCESSO AMBIENTAL
3.7 GESTÃO SOCIAL DOS RISCOS AGROAMBIENTAIS: DA COLATERALIDADE À RESPONSABILIDADE
IV O NEXO DE CAUSALIDADE AGROAMBIENTAL
4.1 ASPECTOS GERAIS REFERENTES AO NEXO DE CAUSALIDADE E SUAS PRINCIPAIS DIFICULDADES EM SEDE AGROAMBIENTAL
4.2 A CAUSALIDADE NORMATIVA OU JURÍDICA E A CONCAUSALIDADE
4.3 PRESUNÇÃO DE CAUSALIDADE AGROAMBIENTAL
4.4 FORMAÇÃO DA CIRCUNSTÂNCIA DANOSA: O SOERGUIMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS
4.5 RESPONSABILIDADE PRESSUPOSTA
4.6 A TEORIA DO RISCO INTEGRAL E A APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
V DANO AGROAMBIENTAL DECORRENTE DA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
5.1 DANO INJUSTO E ESTADO DE DANOSIDADE
5.2 AS ESPECIFICIDADES DO DANO EM MATÉRIA AGROAMBIENTAL E SUA RELAÇÃO COM A POLUIÇÃO
5.3 PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DO DANO AGROAMBIENTAL
5.4 OS PRINCIPAIS DANOS DECORRENTES DA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
5.4.1 Contaminação do Solo e da Água
5.4.2 Contaminação dos Alimentos
5.4.3 Intoxicação
5.4.3.1 Intoxicação de trabalhadores
5.4.4 Comercialização, Transporte e Armazenamento Irregular
5.4.5 Ausência, Desrespeito ou Irregularidade de Receituário Agronômico
5.4.6 Incremento da Causação de Danos: a Pulverização Aérea
5.4.7 Destino Inadequado das Embalagens Vazias de Agrotóxicos
5.4.8 Agrotóxicos e Transgenia
5.5 O DOSSIÊ ABRASCO: PROPOSTAS PARA REDUÇÃO DE DANOS AGROAMBIENTAIS PROVOCADOS PELA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
5.6 A RELEITURA DA RESPONSABILIDADE CIVIL SOB A ÓTICA AGROAMBIENTAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS