Autor/Autores: Marcus Amorim
ISBN v. impressa: 978652630125-8
ISBN v. digital: 978652630278-1
Edição/Tiragem: 6ª Edição - Revista e Atualizada
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 330grs.
Número de páginas: 266
Publicado em: 18/11/2022
Área(s): Direito - Penal; Direito - Processual Penal
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O Tribunal do Júri é uma instituição com longa tradição no direito brasileiro. Ele já estava entre nós antes mesmo da primeira Constituição. De qualquer modo, esse modelo de julgamento ao mesmo tempo é tão defendido por alguns quanto criticado por outros. E apesar de proporcionar a participação direta do povo na administração da justiça e refletir a força do princípio estruturante da soberania popular, algumas de suas fórmulas vigentes no ordenamento brasileiro, mesmo aquelas introduzidas pela Lei 11.689/2008, e, mais recentemente, pela Lei 13.964/2019, não demonstram plena simetria com um regime de direitos fundamentais, com o Estado Democrático de Direito e a realização da justiça social. Muitos defeitos são observados na legislação, particularmente no que se refere ao sistema de alistamento de cidadãos, ao sorteio dos jurados, aos debates em plenário, à apresentação dos quesitos e aos vereditos. Nesse contexto, a obra do Professor universitário e Promotor de Justiça Marcus Amorim, já atualizada com a Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime), se propõe a enfrentar uma análise crítica do Tribunal do Júri e, assim, discutir propostas para transformá-lo em palco de efetiva distribuição da justiça com colaboração popular.
MARCUS AMORIM
Paraense radicado no Ceará, é Promotor de Justiça no Ministério Público do Estado do Ceará desde janeiro de 2003, tendo trabalhado em Comarcas da região sertaneja. Atualmente é titular da 97ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, com atuação na área criminal, especialmente crimes ambientais. Graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, em 1997, e ali também defendeu sua dissertação de Mestrado: “O Tribunal do Júri Popular na Ordem Jurídica Constitucional”, em 2000, aprovada com louvor e publicada por esta Editora, agora em sua 6ª edição. Além disso, cursa Doutoramento em Ciências Jurídico-Criminais na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em Portugal, onde desenvolve pesquisa sobre o Ministério Público na investigação criminal, e é graduando em Ciências Ambientais na mesma Universidade Federal do Ceará. Trabalhos de sua autoria integram as coletâneas: O Poder Judiciário e os Desafios do Estado Contemporâneo, de 1997, Temas Atuais de Direito Administrativo, de 2000, e, ainda, Constituição, Democracia, Poder Judiciário e Desenvolvimento, de 2007. Exerce o magistério há vários anos, lecionando em diversas instituições de ensino superior do Ceará, como a própria Universidade Federal do Ceará – UFC, a Universidade Vale do Acaraú – UVA, em Sobral, a Universidade de Fortaleza – UNIFOR, UniChristus e UniFANOR-Wyden, em Fortaleza. Hoje é Professor na FACINE – Faculdades de Ciências e Tecnologia do Nordeste, também na capital cearense. Além de membro do corpo docente, é convidado para integrar coordenações e ministrar disciplinas nos cursos de pós-graduação da Escola Superior do Ministério Público do Ceará – ESMP. Nessa instituição, já lecionou “Prisão e Liberdade Provisória”, “Teoria e Prática do Habeas Corpus”, “Criminologia e Vitimologia” e “Investigação Criminal”. Profere palestras sobre assuntos ligados à área das ciências criminais e já apresentou teses no XIII Congresso Mundial de Criminologia, realizado no Rio de Janeiro, em 2003, e em Congressos Nacionais e Regionais do Ministério Público. Tem dezenas de artigos publicados em revistas e periódicos regionais, nacionais e internacionais. LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/profmarcusamorim/ Instagram: @profmarcusamorim Facebook: @professormarcusamorim
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
1 ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E JÚRI POPULAR
1.1 A NATUREZA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E O PRINCÍPIO DA SOBERANIA POPULAR
1.2 REPRESENTATIVIDADE POPULAR E DEMOCRACIA
1.3 A DEMOCRACIA NO JÚRI POPULAR
2 A PARTICIPAÇÃO DO POVO NA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
2.1 SOCIEDADE CIVIL, POVO E ESTADO: QUEM O JÚRI REPRESENTA?
2.2 ACESSO À JUSTIÇA E PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
2.3 OS SISTEMAS DO COMMOM LAW E DO CIVIL LAW: OS DIFERENTES GRAUS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR
3 O JÚRI POPULAR E A JUSTIÇA
3.1 UMA AVALIAÇÃO HISTÓRICA DAS NOÇÕES DE JUSTIÇA
3.2 O CONTEÚDO SOCIAL DA IDEIA DE JUSTIÇA
3.3 JURADOS E JULGAMENTO POR EQUIDADE
3.4 O PROBLEMA DO TEMPO E A COMPLEXIDADE DO RITO
4 ESBOÇO HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DO JÚRI POPULAR
4.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO JÚRI POPULAR
4.2 O JÚRI POPULAR NO BRASIL
4.3 O JÚRI POPULAR COMO DIREITO FUNDAMENTAL NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
4.3.1 Plenitude de Defesa
4.3.2 Sigilo das Votações
4.3.3 Soberania dos Veredictos
4.3.4 Competência para o Julgamento dos Crimes Dolosos Contra a Vida
4.3.4.1 Privatividade de competência
4.3.4.2 Possibilidade de ampliação de competência
4.3.4.3 Prerrogativa de foro
4.3.4.4 Federalização dos crimes contra os direitos humanos
4.3.4.5 Violência intrafamiliar contra a mulher
4.3.4.6 Acordo de não persecução penal
4.3.4.7 Outros aspectos
5 O PROCEDIMENTO NO JÚRI
5.1 AS DUAS FASES PROCEDIMENTAIS DO JÚRI - JUDICIUM ACCUSATIONIS E JUDICIUM CAUSAE
5.2 AS OPÇÕES DO JUIZ-PRESIDENTE DEPOIS DA INSTRUÇÃO PRELIMINAR
5.2.1 Desclassificação
5.2.2 Absolvição Sumária
5.2.3 Impronúncia
5.2.4 Pronúncia
5.3 PREPARAÇÃO DO PROCESSO PARA JULGAMENTO
5.4 DESAFORAMENTO
6 ORGANIZAÇÃO DO JÚRI POPULAR
6.1 ALISTAMENTO DE CIDADÃOS
6.2 PAUTA DE JULGAMENTO
6.3 SORTEIO E CONVOCAÇÃO DOS JURADOS
6.4 PRERROGATIVAS, FUNÇÕES E DEVERES DOS JURADOS
7 JULGAMENTO EM PLENÁRIO DO JÚRI POPULAR
7.1 COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI E FORMAÇÃO DO CONSELHO DE SENTENÇA
7.2 ATRIBUIÇÕES DO JUIZ-PRESIDENTE
7.3 AS PARTES: ACUSAÇÃO E DEFESA EM BUSCA DA VITÓRIA
7.4 REUNIÃO E SESSÕES DE JULGAMENTO
7.5 SORTEIO E COMPROMISSO DOS JURADOS
7.6 INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO
7.7 DEBATES EM PLENÁRIO
7.8 JÚRI POPULAR E MÍDIA: A INFLUÊNCIA DA OPINIÃO PÚBLICA SOBRE OS JURADOS
7.9 VOTAÇÃO DOS QUESITOS
7.10 SENTENÇA: JULGAMENTO DE FATO E APLICAÇÃO DO DIREITO
7.11 ATA DOS TRABALHOS
7.12 SISTEMÁTICA RECURSAL
7.12.1 A Extinção do Protesto por Novo Júri
7.12.2 Apelação e a Súmula 713 do STF
7.12.3 Exequibilidade do Julgado: a Nova Redação da Alínea "e", do Inc. I, do Art. 492, do CPP
7.12.4 Revisão Criminal
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS