Ampliar imagem

Kant a Freud - O Imperativo Categórico e o Superego

Leyserée Adriene Fritsch Xavier

Versão impressa

de R$ 99,90*

por R$ 84,92em 3x de R$ 28,31Adicionar ao carrinho

* Desconto não cumulativo com outras promoções, incluindo P.A.P. e Cliente Fiel

Ficha técnica

Autor(es): Leyserée Adriene Fritsch Xavier

ISBN: 978853622497-8

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 240grs.

Número de páginas: 246

Publicado em: 02/07/2009

Área(s): Psicologia - Psicanálise

Sinopse

O imperativo categórico como expressão de uma lei moral objetiva e incondicionada foi formulado por Immanuel Kant no contexto de sua filosofia prática. Mais tarde, Sigmund Freud fez referência em sua obra ao imperativo kantiano, relacionando-o ao conceito psicanalítico de superego que então nascia, inserido na estrutura do aparelho psíquico junto ao ego e ao id. Porém, o tratamento dado ao conceito filosófico pela psicanálise destaca um aspecto destrutivo e sádico da lei, aspecto esse que na filosofia prática se enquadra no âmbito da heteronomia, distanciando-se, desta forma, da lei moral kantiana.
O objetivo deste trabalho é refletir sobre o sentido da apropriação do conceito kantiano de imperativo categórico na formulação do superego freudiano. Desta forma, pretende-se apontar para o deslizamento semântico que ocorre quando o imperativo categórico deixa de ter um sentido específico dentro de uma cadeia de significação e passa a se localizar fora dessa cadeia, tornando-se um significante isolado. Além de sair da dimensão consciente e racional para se localizar no plano inconsciente, o imperativo adquire um novo estatuto, isto é, o conceito passa do plano de uma lei que determina objetivamente a máxima moral para um ordenamento de gozo cego e destrutivo.
É importante ter em mente que se trata da instância psicanalítica e da fórmula imperativa, dois conceitos concebidos em diferentes âmbitos do saber, um pesquisando o inconsciente e o outro buscando a autonomia da razão. Quer dizer, residem em diferentes áreas semânticas com significados próprios e interpretações distintas. Estas distinções devem estar presentes todo o tempo ao estudioso, considerando que inconsciente e razão não são equivalentes, tendo cada qual seus próprios princípios de funcionamento.

Autor(es)

Leyserée Adriene Fritsch Xavier é Psicóloga, Mestre em Filosofia pela PUCPR; e Especialista em Psicologia Clínica – Abordagem Psicanalítica pela PUCPR, membro correspondente da Escola Brasileira de Psicanálise – Delegação Paraná.

Sumário

INTRODUÇÃO - O Imperativo Categórico e o Superego, p. 23

I CAPÍTULO - Filosofia Prática de Immanuel Kant - O Imperativo Categórico, p. 29

1.1 A formulação da lei como imperativo categórico, p. 31

Máximas e leis na literatura secundária, p. 46

1.2 O aspecto formal na consideração do imperativo categórico, p. 64

O conceito de forma na literatura secundária, p. 66

1.3 O dever como necessitação, p. 77

O dever sob a perspectiva de Otfried Höffe, p. 83

1.4 O sentimento de respeito e o Triebfeder, p. 85

A leitura do sentimento de respeito na literatura secundária, p. 91

1.5 O interesse moral, p. 105

O conceito de interesse do ponto de vista de Paton, p. 106

1.6 A autonomia caminha ao lado da liberdade, p. 109

A autonomia na perspectiva de Alquié - a causalidade pela liberdade, p. 111

1.7 Implicações decorrentes da "Dialética da razão prática pura", p. 113

A perspectiva dos comentadores, p. 115

1.8 Conclusões do Primeiro Capítulo, p. 121

II CAPÍTULO - Conceito de Superego em Sigmund Freud, p. 127

1.1 Os antecedentes do superego, p. 130

1.2 A formulação do superego como lei imperativa, p. 135

1.3 O superego como preço a pagar pelo ingresso do homem na cultura, p. 145

1.4 Comentadores do conceito de superego, p. 163

1.5 Conclusões do Segundo Capítulo, p. 187

III CAPÍTULO - O Imperativo Categórico e o Superego na Literatura Secundária, p. 191

Conclusões do Terceiro Capítulo, p. 212

IV CAPÍTULO - Análises e Conclusões, p. 215

REFERÊNCIAS, p. 233

Índice alfabético

A

A Lei, a filosofia, a psicanálise. Apresentação, p. 11
A leitura do sentimento de respeito na literatura secundária, p. 91
Alquié. Autonomia na perspectiva de Alquié. Causalidade pela liberdade, p. 111
Análises e conclusões, p. 215
Análises, p. 216
Antecedentes do superego, p. 130
Apresentação, p. 11
As máximas e os princípios práticos. Henry E. Allison, p. 52
Aspecto formal na consideração do imperativo categórico, p. 64
Autonomia caminha ao lado da liberdade, p. 109
Autonomia e liberdade, p. 225
Autonomia na perspectiva de Alquié. Causalidade pela liberdade, p. 111

B

Bernardino Horne. Da imposição mortífera do superego ao acesso ao desejo, p. 173

C

Causalidade pela liberdade. Autonomia na perspectiva de Alquié, p. 111
Comentadores do conceito de superego, p. 163
Comentários. Jorge Alemán, p. 211
Como o imperativo categórico se estrutura, p. 124
Como o imperativo categórico funciona, p. 125
Como o imperativo categórico se formula, p. 122
Conceito de forma na literatura secundária, p. 66
Conceito de interesse do ponto de vista de Paton, p. 106
Conceito de superego em Sigmund Freud, p. 127
Conceito de superego em Sigmund Freud. Introdução, p. 128
Conceito de superego. Comentadores, p. 163
Conclusão. Análises e conclusões, p. 215
Conclusões do primeiro capítulo, p. 121
Conclusões do segundo capítulo, p. 187
Conclusões do terceiro capítulo, p. 212
Considerações finais, p. 227
Contraposição entre máximas materiais e máximas formais. Herbert James Paton, p. 58
Cultura. Superego como preço a pagar pelo ingresso do homem na cultura, p. 145

D

Da imposição mortífera do superego ao acesso ao desejo. Bernardino Horne, p. 173
Daniel Omar Perez e o espírito da lei, p. 93
Daniel Omar Perez. Exclusão do objeto e do conteúdo material, p. 67
Dany-Robert Dufour. Queda ideal na pós-modernidade, p. 204
Desejo. Da imposição mortífera do superego ao acesso ao desejo. Bernardino Horne, p. 173
Dever como necessitação, p. 77
Dever sob a perspectiva de Otfried Höffe, p. 83
Dever, p. 223
Dialética da razão prática pura.Implicações decorrentes, p. 113
Dialética da razão prática pura. Perspectiva dos comentadores, p. 115
Dialética da razão prática pura. Relevância. Vinicius B. de Figueiredo, p. 116
Diferenciação entre máximas e regras em Otfried Höffe, p. 46
Dimensão real da lei moral. Jacques Lacan, p. 195
Direito, poder, verdade. Jean-Luc Nancy, p. 97

E

Espírito da lei. Daniel Omar Perez, p. 93
Estrutura. Como o imperativo categórico se estrutura, p. 124
Exclusão do objeto e do conteúdo material. Daniel Omar Perez, p. 67

F

Fábian Schejtan e a dimensão real do superego, p. 175
Fato da razão e o sentimento de respeito. Zeljko Loparic, p. 91
Felicidade. Implicações da noção da felicidade para o presente trabalho, p. 226
Filosofia kantiana. Jacques-Alain Miller, p. 205
Filosofia prática de Imannuel Kant. Imperativo categórico, p. 29
Força da lei, p. 218
Forças opostas. Questão da concepção do conflito de forças opostas. Henry E. Allison, p. 96
Forma. Conceito de forma na literatura secundária, p. 66
Formulação da lei como imperativo categórico, p. 31
Formulação do superego como lei imperativa, p. 135
Formulação. Como o imperativo categórico se formula, p. 122
Freud. Conceito de superego em Sigmund Freud, p. 127
Freud. Marta Gerez-Ambertín. Perfil particular do imperativo categórico em Freud, p. 208
Funcionamento. Como o imperativo categórico funciona, p. 125

G

Gozo. Jacques Lacan e o imperativo superegoico: goza!, p. 165

H

Hegel. Tadeu Weber e a crítica de Hegel a Kant, p. 70
Henry E. Allison e a questão da concepção do conflito de forças opostas, p. 96
Henry E. Allison. As máximas e os princípios práticos, p. 52
Herbert James Paton. Contraposição entre máximas materiais e máximas formais, p. 58
Herbert James Paton. Interesse imediato pela ação moral, p. 106
Homem. Superego como preço a pagar pelo ingresso do homem na cultura, p. 145

I

Imperativo categórico. Como se estrutura, p. 124
Imperativo categórico e o superego na literatura secundária, p. 191
Imperativo categórico e o superego. Introdução, p. 23
Imperativo categórico. Aspecto formal na consideração do imperativo categórico, p. 64
Imperativo categórico.Como funciona, p. 125
Imperativo categórico. Como se formula, p. 122
Imperativo categórico. Filosofia prática de Imannuel Kant, p. 29
Imperativo categórico. Formulação da lei como imperativo categórico, p. 31
Imperativo categórico. O que é, p. 122
Imperativo categórico. Perfil particular do imperativo categórico em Freud. Marta Gerez-Ambertín, p. 208
Imperativo elpidológico. Roberto R. Aramayo, p. 118
Imperativo superegoico: goza! Jacques Lacan, p. 165
Implicações da noção da felicidade para o presente trabalho, p. 226
Implicações decorrentes da Dialética da razão prática pura, p. 113
Interesse imediato pela ação moral. Herbert James Paton, p. 106
Interesse moral, p. 105
Interesse. Conceito de interesse do ponto de vista de Paton, p. 106
Interpetação afetivista. Larry Herrera, p. 101
Introdução, p. 23
Introdução. Conceito de superego em Sigmund Freud, p. 128
Introdução. Filosofia prática de Imannuel Kant. Imperativo categórico, p. 29
Introdução. O imperativo categórico e o superego, p. 23

J

Jacob Rogozinski e o dom da lei, p. 73
Jacques Lacan e o imperativo superegoico: goza!, p. 165
Jacques Lacan. Dimensão real da lei moral, p. 195
Jacques-Alain Miller. Situando a filosofia kantiana, p. 205
Jean-Luc Nancy. Direito, poder, verdade, p. 97
Jorge Alemán. Comentários, p. 211
Juan D. Nasio. Superego primordial e suas categorias, p. 169

K

Kant. Filosofia prática de Imannuel Kant. Imperativo categórico, p. 29
Kant. Formulação da lei como imperativo categórico, p. 31
Kant. Situando a filosofia kantiana. Jacques-Alain Miller, p. 205
Kant. Tadeu Weber e a crítica de Hegel a Kant, p. 70

L

Lacan e o imperativo superegoico: goza!, p. 165
Lacan. Dimensão real da lei moral, p. 195
Larry Herrera. Interpetação afetivista, p. 101
Legalidade e moralidade. Otfried Höffe, p. 83
Lei imperativa. Formulação do superego, p. 135
Lei moral. Dimensão real. Jacques Lacan, p. 195
Lei. Espírito da lei.Daniel Omar Perez, p. 93
Lei. Força da lei, p. 218
Lei. Formulação da lei como imperativo categórico, p. 31
Lei. Jacob Rogozinski e o dom da lei, p. 73
Lei. Mandamento da lei, p. 216
Leis. Máximas e leis na literatura secundária, p. 46
Leitura do sentimento de respeito na literatura secundária, p. 91
Lewis White Beck e a tricotomia, p. 49
Liberdade e autonomia, p. 225
Liberdade. Autonomia caminha ao lado da liberdade, p. 109
Liberdade. Autonomia na perspectiva de Alquié. Causalidade pela liberdade, p. 111
Literatura. A leitura do sentimento de respeito na literatura secundária, p. 91
Literatura. Conceito de forma na literatura secundária, p. 66
Literatura. Imperativo categórico e o superego na literatura secundária, p. 191
Literatura. Máximas e leis na literatura secundária, p. 46

M

Mandamento da lei, p. 216
Marta Gerez-Ambertín. Perfil particular do imperativo categórico em Freud, p. 208
Marta Gerez-Ambertín. Superego, uma lei cega e obscena, p. 177
Máximas e leis na literatura secundária, p. 46
Máximas e os princípios práticos. Henry E. Allison, p. 52
Melanie Klein e o superego como introjeção dos bons e maus objetos, p. 164
Moralidade, p. 220
Moralidade. Legalidade. Otfried Höffe, p. 83

O

O aspecto formal na consideração do imperativo categórico, p. 64
O dever como necessitação, p. 77
O dever sob a perspectiva de Otfried Höffe, p. 83
O fato da razão e o sentimento de respeito. Zeljko Loparic, p. 91
O imperativo categórico e o superego. Introdução, p. 23
O que é o imperativo categórico, p. 122
Origem externa do superego, p. 187
Origem interna do superego, p. 188
Otfried Höffe. Diferenciação entre máximas e regras em Otfried Höffe, p. 46
Otfried Höffe. Legalidade e moralidade, p. 83
Otfried Höffe. O dever sob a perspectiva de Otfried Höffe, p. 83

P

Perfil particular do imperativo categórico em Freud. Marta Gerez Ambertín, p. 208
Perspectiva dos comentadores. Dialética da razão prática pura, p. 115
Philippe Julien e os princípios incondicional e categórico, p. 192
Poder. Direito, poder, verdade. Jean-Luc Nancy, p. 97
Prefácio, p. 15
Primeiro capítulo.Conclusões, p. 121
Princípios incondicional e categórico. Philippe Julien, p. 192

Q

Queda ideal na pós-modernidade. Dany-Robert Dufour, p. 204
Questão da concepção do conflito de forças opostas. Henry E. Allison, p. 96

R

Razão. O fato da razão e o sentimento de respeito. Zeljko Loparic, p. 91
Relevância da Dialética da razão prática pura. Vinicius B. de Figueiredo, p. 116
Respeito. Literatura. Leitura do sentimento de respeito na literatura secundária, p. 91
Respeito. O fato da razão e o sentimento de respeito. Zeljko Loparic, p. 91
Respeito. Sentimento de respeito e o triebfeder, p. 85
Respeito. Sentimento de respeito, p. 224
Roberto R. Aramayo e o imperativo elpidológico, p. 118

S

Segundo capítulo.Conclusões, p. 187
Sentimento de respeito e o triebfeder, p. 85
Sentimento de respeito, p. 224
Situando a filosofia kantiana. Jacques-Alain Miller, p. 205
Superego como introjeção dos bons e maus objetos. Melanie Klein, p. 164
Superego como preço a pagar pelo ingresso do homem na cultura, p. 145
Superego primordial e suas categorias. Juan D. Nasio, p. 169
Superego, uma lei cega e obscena. Marta Gerez-Ambertín, p. 177
Superego. Antecedentes, p. 130
Superego. Comentadores do conceito de superego, p. 163
Superego. Conceito de superego em Sigmund Freud, p. 127
Superego. Da imposição mortífera do superego ao acesso ao desejo. Bernardino Horne, p. 173
Superego. Fábian Schejtan e a dimensão real do superego, p. 175
Superego. Formulação do superego como lei imperativa, p. 135
Superego. Imperativo categórico e o superego na literatura secundária, p. 191
Superego. Imperativo categórico e o superego. Introdução, p. 23
Superego. Jacques Lacan e o imperativo superegoico: goza!, p. 165
Superego. Origem externa, p. 187
Superego. Origem interna, p. 188