Direito Internacional Humanitário - Ética e Legitimidade no Uso da Força em Conflitos Armados
2ª Edição - Revista e Atualizada Carlos Frederico CinelliTambém
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Ficha técnica
Autor(es): Carlos Frederico Cinelli
ISBN v. impressa: 978853626385-4
ISBN v. digital: 978853626421-9
Edição/Tiragem: 2ª Edição - Revista e Atualizada
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 392grs.
Número de páginas: 316
Publicado em: 25/11/2016
Área(s): Direito - Constitucional; Direito - Internacional; Direito - Militar
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Sinopse
Qual a relação entre a guerra e o direito? O que diferencia um soldado profissional de um mero bárbaro sanguinário? Como a ética permeia o processo decisório militar, assegurando legitimidade ao monopólio da violência pelo Estado? Como o respeito ao Direito Internacional Humanitário (Direito Internacional dos Conflitos Armados) pode agir como soft power, multiplicando o poder de combate (hard power) de uma força militar?
Essas e outras questões são discutidas neste livro. Partindo da premissa de que o Direito Internacional Humanitário nutre-se do realismo e da inevitabilidade das guerras, a obra é influenciada pelo olhar de um soldado profissional, que pede licença para dialogar com a academia sobre aquilo que, muito mais que seu objeto de estudo, é sua formação e sua vida.
O desafio para o autor foi o de percorrer o amplo espectro abrangido pelo assunto, de modo que a narrativa contemplasse a base teórico-científica necessária a um trabalho consistente do ponto de vista acadêmico, porém sem desconsiderar o caráter utilitário da profissão militar. O Brasil tem longa tradição como assíduo participante dos foros internacionais destinados à regulação das relações entre os países, inclusive no caso das hostilidades bélicas. A postura brasileira de compromisso com a causa humanitária, já consolidado como signatário das Convenções de Genebra e de seus Protocolos Adicionais, foi reafirmada com o reconhecimento imediato do estatuto do Tribunal Penal Internacional, inclusive por meio de emenda à Constituição.
Obra dirigida aos interessados pela complexidade dos conflitos armados, com ênfase no papel regulador pretendido pelo Direito Internacional Humanitário (ou dos Conflitos Armados), temática não somente atual, mas que se tornou moeda de troca nas relações entre os Estados.
Autor(es)
CARLOS FREDERICO CINELLI
Oficial da Infantaria do Exército Brasileiro. Doutor em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (RJ) e Doutor em Política e Estratégia Marítimas pela Escola de Guerra Naval (RJ). Especialista em Direito Internacional Humanitário (DIH) pela Universidade de Brasília (UnB), por meio do convênio entre a UnB, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e a Ruhr-Universität Bochum (Alemanha). Pós-Graduando em Direito Militar pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Cursou a Escola de Infantaria do Exército dos Estados Unidos (Fort Benning) e foi professor e assessor militar na Academia Militar de West Point (EUA). Pesquisa sobre DIH desde 1996, quando integrou o contingente brasileiro da Missão das Nações Unidas em Angola (UNAVEM III). Reorganizou o ensino do DIH nos cursos de altos estudos militares do Exército, ampliando também a interface entre as escolas militares e o meio acadêmico civil. É professor-tutor de DIH da Escola Superior de Guerra (RJ) e revisor (peer reviewer), para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, dos Comentários à III Convenção de Genebra de 1949, que versa sobre prisioneiros de guerra. Foi Chefe do Estado-Maior Conjunto da Força-Tarefa Logística Humanitária (“Operação Acolhida”), resposta brasileira à crise migratória oriunda da Venezuela. Foi agraciado, entre outras condecorações, com a Medalha das Nações Unidas, com a Medalha de Serviços Meritórios (Exército dos EUA), com a Ordem do Mérito Judiciário Militar e com a Ordem do Mérito do Ministério Público Militar. Comandou o Batalhão da Guarda Presidencial (Brasília-DF).
Sumário
1 - INTRODUÇÃO, p. 19
2 - GUERRA, DIREITO E A DICOTOMIA CIVILIZAÇÃO - BARBÁRIE, p. 27
2.1 A Guerra como Nascedouro do Direito Internacional, p. 30
2.2 Deontologia e Direito Humanitário, p. 46
2.2.1 Guerra justa, p. 46
2.2.2 Guerra e realpolitik, p. 48
2.2.3 Guerra e contrato social, p. 51
2.2.4 Guerra e razão, p. 55
2.3 Direito Internacional Humanitário: Pluralidade de Normas e Princípios, Unicidade de Fundamento, p. 57
2.3.1 O princípio da humanidade, p. 66
2.3.2 O princípio da necessidade militar, p. 68
2.3.3 O princípio da proporcionalidade, p. 73
2.3.4 O princípio da limitação, p. 80
2.3.5 O princípio da distinção, p. 90
2.4 Civilização e Barbárie: Evolução e Ambivalência, p. 98
3 - DIREITO HUMANITÁRIO E CONTEMPORANEIDADE, p. 113
3.1 Clausewitz: Questões Atuais à Luz do DIH, p. 114
3.1.1 Transversalidade do DIH e o pensamento de Clausewitz, p. 117
3.1.2 DIH como contraponto a certas leituras pseudo-clausewitzianas da guerra, p. 125
3.2 Novas Guerras, Mesma Aplicabilidade de Princípios, p. 131
3.2.1 Identidades políticas como objetivos militares, p. 136
3.2.2 Medo e ódio como métodos e a multiplicidade de atores, p. 138
3.2.3 Os novos condottieri: a questão dos financiamentos privados, p. 142
3.3 DIH como Fator de Legitimidade na Aplicação da Violência pelo Estado-Nação, p. 151
3.4 DIH e Soft Power: Explorando Sistemas Abstratos de Confiança Ontológica, p. 161
4 - RESPONSABILIDADE DE COMANDO: COMANDANTE, ESTADO-MAIOR E A ÉTICA NA CONDUÇÃO DA GUERRA, p. 171
4.1 Linha de Ação Prudente: a Decisão Militar sob o Enfoque da Ética, p. 172
4.2 Da Responsabilidade do Comandante: o Recorrente ´Padrão Medina´, p. 188
4.3 O Estado-Maior no Processo Decisório Militar: a Questão da Responsabilidade Solidária, p. 206
5 - DIREITO HUMANITÁRIO E PROCESSO DECISÓRIO MILITAR: VIOLÊNCIA LEGÍTIMA PARA UMA VITÓRIA ACEITÁVEL, p. 217
5.1 Análise da Missão e Considerações Preliminares, p. 218
5.2 A Situação e sua Compreensão, p. 226
5.2.1 A seleção de objetivos militares, p. 227
5.2.2 A influência das cidades e sua população nas operações, p. 236
5.3 Possibilidades do Inimigo, Linhas de Ação e Confronto (´Jogo da Guerra´), p. 261
5.4 Comparação das Linhas de Ação, p. 264
5.5 Decisão e Emissão de Planos e Ordens, p. 264
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 269
REFERÊNCIAS, p. 275
ANEXOS, p. 285
LISTA DE FIGURAS, p. 61
Figura 1 - Esquema Sinótico das Duas Principais Fontes de DIH para Conflitos Armados Internacionais, p. 61
Figura 2 - Síntese dos Parâmetros Legais de Conduta Durante as Hostilidades, p. 97
Figura 3 - As Dimensões Institucionais da Modernidade, p. 160
Figura 4 - Gráfico Descritivo de Respostas à Questão: ´Quando Combatentes Atacam para Enfraquecer o Inimigo, Eles Devem.?´, p. 176
Figura 5 - Estratégias Antiparcialidade Aplicadas ao Espaço da Decisão Moral, p. 183
Figura 6 - Estrutura Clássica de Comando e Assessoramento em uma Unidade Militar Convencional, com Ênfase para as Células Funcionais do Estado-Maior, p. 208
Figura 7 - Âmbito de Aplicação Legal para Proteção das Pessoas e Bens, p. 225
Figura 8 - Correlação entre as Definições de Objetivo Militar (Doutrina Militar e DIH), p. 230
Figura 9 - Representação Esquemática da Teoria dos Cinco Anéis Concêntricos de Warden, p. 233
Figura 10 - Evolução das Vítimas nos Conflitos, p. 237
Figura 11 - Esquema Sinótico da Moldura Legal de Proteção da População Civil (Conflitos Internacionais), p. 241
Figura 12 - Organograma de uma Célula de Especializações Funcionais do COCM, p. 248
Figura 13 - Visualização do Fluxo de Trânsito de Civis no Campo de Batalha, p. 253
Figura 14 - Cartão para Pessoas que Acompanham as Forças Armadas, p. 260
LISTA DE QUADROS, p. 44
Quadro 1 - Principais Tratados Internacionais sobre DIH, p. 44
Quadro 2 - Principais Diferenças entre os Direitos Humanos (DIDH) e o Direito Humanitário (Dih/Dica), p. 59
Quadro 3 - A Evolução das Antigas Guerras, p. 153
Quadro 4 - A Difusão da Governança no Século XXI, p. 156
Quadro 5 - Síntese da Integração entre o Processo Decisório Militar e o Modelo de Decisão Ética, p. 179
Quadro 6 - Eixos Temáticos de Interesse para Cada Célula Funcional do Estado-Maior e sua Respectiva Base Legal, p. 209
Quadro 7 - Assuntos de Maior Relevância para o DIH Durante os Exames de Situação do Estado-Maior, p. 226
Quadro 8 - Vantagens e Desvantagens entre Campos de Refugiados e Integração às Comunidades Locais, p. 254
Índice alfabético
A
- Ação prudente. Linha de ação prudente: a decisão militar sob o enfoque da ética, p. 172
- Anexos, p. 285
- Ator. Medo e ódio como métodos e a multiplicidade de atores, p. 138
B
- Barbárie. Civilização e barbárie: evolução e ambivalência, p. 98
C
- Civilização e barbárie: evolução e ambivalência, p. 98
- Clausewitz. DIH como contraponto a certas leituras pseudo-clausewitzianas da guerra, p. 125
- Clausewitz. Transversalidade do DIH e o pensamento de Clausewitz, p. 117
- Clausewitz: questões atuais à luz do DIH, p. 114
- Comando. Responsabilidade de comando: comandante, Estado-maior e a ética na condução da guerra, p. 171
- Comando. Responsabilidade do comandante: o recorrente "Padrão Me-dina", p. 188
- Condottieri. Os novos condottieri: a questão dos financiamentos priva-dos, p. 142
- Confronto. Possibilidades do inimigo, linhas de ação e confronto ("jogo da guerra"), p. 261
- Considerações finais, p. 269
- Contemporaneidade. Direito humanitário e contemporaneidade, p. 113
- Contrato social. Guerra e contrato social, p. 51
D
- Decisão e emissão de planos e ordens, p. 264
- Decisão militar. Linha de ação prudente: a decisão militar sob o enfoque da ética, p. 172
- Deontologia e direito humanitário, p. 46
- Dicotomia civilização - barbárie. Guerra, direito e a dicotomia civilização - barbárie, p. 27
- Direito humanitário e contemporaneidade, p. 113
- Direito humanitário e processo decisório militar. Influência das cidades e sua população nas operações, p. 236
- Direito humanitário e processo decisório militar. Seleção de objetivos militares, p. 227
- Direito humanitário e processo decisório militar. Situação e sua compreen-são, p. 226
- Direito humanitário e processo decisório militar: violência legítima para uma vitória aceitável, p. 217
- Direito humanitário. Deontologia e direito humanitário, p. 46
- Direito internacional humanitário. Clausewitz: questões atuais à luz do DIH, p. 114
- Direito internacional humanitário. DIH como contraponto a certas leituras pseudo-clausewitzianas da guerra, p. 125
- Direito internacional humanitário. DIH como fator de legitimidade na aplicação da violência pelo Estado-nação, p. 151
- Direito internacional humanitário. DIH e soft power: explorando sistemas abstratos de confiança ontológica, p. 161
- Direito internacional humanitário. Transversalidade do DIH e o pensa-mento de Clausewitz, p. 117
- Direito internacional humanitário: pluralidade de normas e princípios, unicidade de fundamento, p. 57
- Direito internacional. Guerra como nascedouro do direito internacional, p. 30
- Direito. Guerra, direito e a dicotomia civilização - barbárie, p. 27
- Distinção. Princípio da distinção, p. 90
E
- Estado-maior no processo decisório militar: a questão da responsabilidade solidária, p. 206
- Estado-maior. Responsabilidade de comando: comandante, Estado-maior e a ética na condução da guerra, p. 171
- Estado-nação. DIH como fator de legitimidade na aplicação da violência pelo Estado-nação, p. 151
- Ética. Linha de ação prudente: a decisão militar sob o enfoque da ética, p. 172
- Ética. Responsabilidade de comando: comandante, Estado-maior e a ética na condução da guerra, p. 171
F
- Financiamento. Os novos condottieri: a questão dos financiamentos privados, p. 142
G
- Guerra como nascedouro do direito internacional, p. 30
- Guerra e contrato social, p. 51
- Guerra e razão, p. 55
- Guerra e realpolitik, p. 48
- Guerra justa, p. 46
- Guerra, direito e a dicotomia civilização - barbárie, p. 27
- Guerra. Novas guerras, mesma aplicabilidade de princípios, p. 131
- Guerra. Possibilidades do inimigo, linhas de ação e confronto ("jogo da guerra"), p. 261
- Guerra. Responsabilidade de comando: comandante, Estado-maior e a ética na condução da guerra, p. 171
H
- Humanidade. Princípio da humanidade, p. 66
I
- Identidades políticas como objetivos militares, p. 136
- Inimigo. Possibilidades do inimigo, linhas de ação e confronto ("jogo da guerra"), p. 261
- Introdução, p. 19
L
- Legitimidade. DIH como fator de legitimidade na aplicação da violência pelo Estado-nação, p. 151
- Limitação. Princípio da limitação, p. 80
- Linha de ação prudente: a decisão militar sob o enfoque da ética, p. 172
- Linha de ação. Comparação das linhas de ação, p. 264
- Linha de ação. Possibilidades do inimigo, linhas de ação e confronto ("jo-go da guerra"), p. 261
M
- Medo e ódio como métodos e a multiplicidade de atores, p. 138
- Militar. Identidades políticas como objetivos militares, p. 136
- Missão. Análise da missão e considerações preliminares, p. 218
N
- Necessidade militar. Princípio da necessidade militar, p. 68
O
- Ódio. Medo e ódio como métodos e a multiplicidade de atores, p. 138
- Ontologia. DIH e soft power: explorando sistemas abstratos de confiança ontológica, p. 161
- Ordem. Decisão e emissão de planos e ordens, p. 264
P
- "Padrão Medina". Responsabilidade do comandante: o recorrente "Pa-drão Medina", p. 188
- Plano. Decisão e emissão de planos e ordens, p. 264
- Possibilidades do inimigo, linhas de ação e confronto ("jogo da guerra"), p. 261
- Princípio da distinção, p. 90
- Princípio da humanidade, p. 66
- Princípio da limitação, p. 80
- Princípio da necessidade militar, p. 68
- Princípio da proporcionalidade, p. 73
- Processo decisório militar. Direito humanitário e processo decisório militar: violência legítima para uma vitória aceitável, p. 217
- Processo decisório-militar. Estado-maior no processo decisório militar: a questão da responsabilidade solidária, p. 206
- Proporcionalidade. Princípio da proporcionalidade, p. 73
R
- Razão. Guerra e razão, p. 55
- Realpolitik. Guerra e realpolitik, p. 48
- Referências, p. 275
- Responsabilidade de comando: comandante, Estado-maior e a ética na condução da guerra, p. 171
- Responsabilidade do comandante: o recorrente "Padrão Medina", p. 188
- Responsabilidade solidária. Estado-maior no processo decisório militar: a questão da responsabilidade solidária, p. 206
S
- Soft power. DIH e soft power: explorando sistemas abstratos de confian-ça ontológica, p. 161
T
- Transversalidade do DIH e o pensamento de Clausewitz, p. 117
V
- Violência legítima. Direito humanitário e processo decisório militar: vio-lência legítima para uma vitória aceitável, p. 217
- Violência. DIH como fator de legitimidade na aplicação da violência pelo Estado-nação, p. 151
- Vitória aceitável. Direito humanitário e processo decisório militar: violên-cia legítima para uma vitória aceitável, p. 217
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