Método de Observação de Bebês Modelo Esther Bick - O Ensino da Contratransferência para Psicanalistas e Psicólogos

Manola Vidal

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Ficha técnica

Autor(es): Manola Vidal

ISBN v. impressa: 978853626799-9

ISBN v. digital: 978853626896-5

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 151grs.

Número de páginas: 122

Publicado em: 15/05/2017

Área(s): Psicologia - Psicanálise

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Sinopse

Ao apresentar o Método de Observação de Bebês Modelo Esther Bick é importante esclarecer que se trata de uma aplicação de conceitos relativos a teoria e técnica provenientes de determinado segmento do conhecimento psicanalítico. É necessário também, apontar seus limites em relação a outros métodos de observação da relação mãe-bebê, pois contemporaneamente este conhecimento constitui disciplinas ligadas à Psicologia, Psiquiatria e Biologia que tradicionalmente nos apresentaram suas pesqui­sas ligadas e adequadas ao meio acadêmico.

De modo geral, as observações de bebês realizadas pelas mesmas nos apontam para a pesquisa experimental e etológica e se referem a avaliação e medicação de capaci­dades como: diferenciação e reconhecimento da face materna, efeitos da separação precoce, as reações aos estímulos provenientes de pessoas e provenientes de objetos inanimados, desenvolvimento da linguagem (estudos relativos a inteligência anterior a palavra através da capacidade dos bebês de tratarem a prosódia: prespeech, babytalk, motherese) e ao desenvolvimento das competências. Em relação às metodologias acima descritas, o método de observação de bebês modelo Esther Bick vai se opor radi­calmente ao método experimental e a aproximar-se da forma de pesquisa proposta pela etologia por ser uma proposta naturalista de observação, através da qual a priori­dade é a de que o observador se aproxime da dupla mãe-bebê como tabula rasa, descrevendo a interação em seus detalhes.

As principais diferenças encontradas em relação ao método experimental estão ligadas aos aspectos ligados ao ambiente da observação que é o de observar a dupla mãe-bebê em domicílio, o registro das ocorrências ser realizado após a observação e seu conteúdo ser apresentado para um grupo que acompanha a prática da observação, a ausência de plano ou foco pré-determinado para observação e a inexistência da pos­sibilidade de duplicação que nos remete a um “outro sentido” para o qual este método nos conduzir. Este “outro sentido” é o da forma como se dá o processo de conhecimento sobre o comportamento observado. O significado deste comportamento é dado pela vivência emocional do observador, bem como por sua capacidade de identificação com a interação mãe-bebê observada.

Este é o ponto de sua origem na psicanálise. Ou seja, a co-determinação do sentido daquilo que se observa na interação se origina a partir do inconsciente do observador. Como em nenhum outro método ligado às disciplinas acadêmicas ou mesmo aquelas ligadas à teoria psicanalítica, como por exemplo os trabalhos de observação de bebês realizados por René Spitz, J.Bowlby e Margareth Mahler, a metodologia da observação em Esther Bick se utiliza dos movimentos transferenciais e contratransferências do observador. É a utilização dos movimentos transferenciais e contratransferenciais do observador, o “divisor de águas” em sua relação com outros métodos de observação nos autorizando a pensar que a proposta de Esther Bick como aquela em que os movi­mentos transferenciais e contrantransferenciais constituem o critério de verificação de seu objeto: a relação mãe-bebê. Tanto o critério de verificação como a “desejável” ca­pacidade de identificação com o objeto de observação, nos remetem, na Psicanálise, ao modelo teórico desenvolvido pela Escola das Relações Objetais.

Autor(es)

MANOLA VIDAL
Possui Pós-Doutorado em Saúde Mental e Psicanálise pelo Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) – Laboratório de Psicopatologia e Psicanálise do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Doutorado em Saúde da Mulher e Mestrado em Saúde da Criança pelo FIOCRUZ – Instituto Fernandes Figueira; Formação em Psicanálise pela Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro Filiada a International Psychoanalytical Association; e Graduação em Psicologia pela Universidade Gama Filho.

Sumário

INTRODUÇÃO, p. 9

Capítulo I - A PSICANÁLISE DE CRIANÇAS E O MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DE BEBÊS MODELO ESTHER BICK, p. 15

Capítulo II - A RELAÇÃO MÃE-BEBÊ E O ENSINO DA PSICANÁLISE, p. 33

Capítulo III - O MÉTODO DE OBSERVAÇÃO DE BEBÊS SEGUNDO ESTHER BICK: INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM E PESQUISA?, p. 55

Capítulo IV - AS APLICAÇOES DO MÉTODO ESTHER BICK, p. 71

4.1 O Método de Observação de Bebês Modelo Esther Bick e a Psicoterapia Pais-Bebê, p. 76

4.2 O Método de Observação de Bebês na Intervenção e Pesquisa sobre os Distúrbios de Alimentação Infantil, p. 81

4.3 A Observação de Bebês e os Estudos sobre o Psiquismo Fetal, p. 86

4.4 A Observação de Bebês e a Psiquiatria Infantil, p. 90

4.5 O Médodo Esther Bick e sua Utilização no Serviço Social, p. 93

4.6 A Aplicação do Método de Observação de Bebês em Instituição Hospitalar, p. 96

4.6.1 A observação psicanalítica e o trabalho com recém-nascido prematuro, p. 96

4.6.2 A observação psicanalítica e o trabalho pediátrico, p. 99

4.7 O Método de Observação e o Trabalho em Creches e na Pré-Escola, p. 101

CONCLUSÃO, p. 103

REFERÊNCIAS, p. 107

Índice alfabético

A

  • Alimentação infantil. Método de observação de bebês na intervenção e pesquisa sobre os distúrbios de alimentação infantil, p. 81
  • Aplicação do método de observação de bebês em instituição hospitalar, p. 96
  • Aprendizagem. Método de observação de bebês segundo Esther Bick: instrumento de aprendizagem e pesquisa?, p. 55

B

  • Bebês. Método de observação de bebês modelo Esther Bick e a psicotera-pia pais-bebê, p. 76
  • Bebês. Método de observação de bebês na intervenção e pesquisa sobre os distúrbios de alimentação infantil, p. 81
  • Bebês. Método de observação de bebês segundo Esther Bick: instrumento de aprendizagem e pesquisa?, p. 55
  • Bebês. Observação de bebês e a psiquiatria infantil, p. 90
  • Bebês. Observação de bebês e os estudos sobre o psiquismo fetal, p. 86
  • Bebês. Psicanálise de crianças e o método de observação de bebês mode-lo Esther Bick, p. 15
  • Bebês. Relação mãe-bebê e o ensino da psicanálise, p. 33

C

  • Conclusão, p. 103
  • Creches. Método de observação e o trabalho em creches e na pré-escola, p. 101
  • Crianças. Psicanálise de crianças e o método de observação de bebês modelo Esther Bick, p. 15

D

  • Distúrbios de alimentação. Método de observação de bebês na interven-ção e pesquisa sobre os distúrbios de alimentação infantil, p. 81

E

  • Esther Bick. Aplicações do método Esther Bick, p. 71
  • Esther Bick. Médodo Esther Bick e sua utilização no serviço social, p. 93
  • Esther Bick. Método de observação de bebês modelo Esther Bick e a psicoterapia pais-bebê, p. 76
  • Esther Bick. Método de observação de bebês segundo Esther Bick: ins-trumento de aprendizagem e pesquisa?, p. 55
  • Esther Bick. Psicanálise de crianças e o método de observação de bebês modelo Esther Bick, p. 15

I

  • Instituição hospitalar. Aplicação do método de observação de bebês em instituição hospitalar, p. 96
  • Introdução, p. 9

M

  • Mãe. Relação mãe-bebê e o ensino da psicanálise, p. 33
  • Médodo Esther Bick e sua utilização no serviço social, p. 93
  • Método de observação de bebês modelo Esther Bick e a psicoterapia pais-bebê, p. 76
  • Método de observação de bebês na intervenção e pesquisa sobre os dis-túrbios de alimentação infantil, p. 81
  • Método de observação de bebês segundo Esther Bick: instrumento de aprendizagem e pesquisa?, p. 55
  • Método de observação e o trabalho em creches e na pré-escola, p. 101
  • Método de observação. Psicanálise de crianças e o método de observação de bebês modelo Esther Bick, p. 15
  • Método Esther Bick. Aplicações do método Esther Bick, p. 71

O

  • Observação de bebês e a psiquiatria infantil, p. 90
  • Observação de bebês e os estudos sobre o psiquismo fetal, p. 86
  • Observação de bebês. Aplicação do método de observação de bebês em instituição hospitalar, p. 96
  • Observação de bebês. Método de observação de bebês modelo Esther Bick e a psicoterapia pais-bebê, p. 76
  • Observação de bebês. Método de observação de bebês na intervenção e pesquisa sobre os distúrbios de alimentação infantil, p. 81
  • Observação psicanalítica e o trabalho com recém-nascido prematuro, p. 96
  • Observação psicanalítica e o trabalho pediátrico, p. 99

P

  • Pais. Método de observação de bebês modelo Esther Bick e a psicoterapia pais-bebê, p. 76
  • Pré-escola. Método de observação e o trabalho em creches e na pré-escola, p. 101
  • Prematuro. Observação psicanalítica e o trabalho com recém-nascido prematuro, p. 96
  • Psicanálise de crianças e o método de observação de bebês modelo Esther Bick, p. 15
  • Psicanálise. Observação psicanalítica e o trabalho com recém-nascido prematuro, p. 96
  • Psicanálise. Observação psicanalítica e o trabalho pediátrico, p. 99
  • Psicanálise. Relação mãe-bebê e o ensino da psicanálise, p. 33
  • Psicoterapia. Método de observação de bebês modelo Esther Bick e a psicoterapia pais-bebê, p. 76
  • Psiquiatria infantil. Observação de bebês e a psiquiatria infantil, p. 90
  • Psiquismo fetal. Observação de bebês e os estudos sobre o psiquismo fetal, p. 86

R

  • Recém-nascido. Observação psicanalítica e o trabalho com recém-nascido prematuro, p. 96
  • Referências, p. 107
  • Relação mãe-bebê e o ensino da psicanálise, p. 33

S

  • Serviço social. Médodo Esther Bick e sua utilização no serviço social, p. 93

T

  • Trabalho pediátrico. Observação psicanalítica e o trabalho pediátrico, p. 99

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