Fraude Contra Credores Futuros - A Tutela dos Credores à Luz da Lei de Falência e Recuperação de Empresas
Renata Cristina Othon Lacerda de AndradeTambém
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Ficha técnica
Autor(es): Renata Cristina Othon Lacerda de Andrade
ISBN v. impressa: 978853627184-2
ISBN v. digital: 978853627222-1
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 313grs.
Número de páginas: 252
Publicado em: 21/08/2017
Área(s): Direito - Empresarial
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Sinopse
A presente obra analisa o instituto da fraude contra credores regulada no Código Civil brasileiro, de 2002, e na Lei de Falência e Recuperações de Empresas, de 2005, de logo identificando uma dicotomia nociva decorrente de confusão conceitual de fraude.
O confronto entre as legislações aponta uma maior eficiência dos instrumentos processuais da lei falimentar em detrimento da lei civil, especialmente quanto às sanções dos atos fraudulentos e pela possibilidade de configuração da fraude contra credores futuros.
Nesse sentido, a fraude é vista como gênero que comporta a fraude subjetiva e a fraude objetiva como espécies. O princípio da boa-fé, instituidor de deveres jurídicos prévios à relação negocial, e o diálogo das fontes, são utilizados como vetores de superação dos problemas oriundos desse sistema dual, para inserir no direito civil pátrio a figura da fraude contra credores futuros, então inédita nesse ramo do direito.
Autor(es)
RENATA CRISTINA OTHON LACERDA DE ANDRADE
Doutora e Mestre em Direito Privado pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Especialista em Direito Civil e Empresarial pela UFPE. Professora de Direito Civil e Direito Empresarial na Faculdade Damas e Uninassau. Advogada. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Civil – IBDCivil. Autora de vários artigos científicos.
Sumário
INTRODUÇÃO, p. 15
Capítulo 1 - A FRAUDE CONTRA CREDORES NO DIREITO CIVIL E NO DIREITO EMPRESARIAL, p. 21
1.1 A FRAUDE CONTRA CREDORES NO DIREITO CIVIL, p. 24
1.1.1 A Definição Legal de Fraude, p. 33
1.1.2 Os Elementos da Fraude Segundo o Código Civil Brasileiro: Consilium Fraudis, Eventus Damni, Anterioridade do Crédito, p. 34
1.2 A FRAUDE CONTRA CREDORES NO DIREITO EMPRESARIAL, p. 35
1.3 A FRAUDE À EXECUÇÃO, p. 41
1.4 CONSEQUÊNCIAS DO TRATAMENTO DISTINTO ENTRE INSOLVÊNCIA CIVIL E INSOLVÊNCIA EMPRESARIAL NAS FRAUDES CONTRA CREDORES, p. 44
1.5 DEFINIÇÃO PRÓPRIA DE FRAUDE CONTRA CREDORES, p. 47
Capítulo 2 - A CARACTERIZAÇÃO DA FRAUDE CONTRA CREDORES FUTUROS, p. 55
2.1 A RELAÇÃO NEGOCIAL E A BOA-FÉ OBJETIVA, p. 59
2.1.1 A Obrigação em sua Concepção Dinâmica: o Conceito Relacional como Critério mais Adequado de Identificação do Credor Futuro, p. 60
2.1.2 O Princípio da Boa-Fé como Emanação de Deveres Gerais de Conduta, p. 63
2.1.3 A Recepção da Boa-Fé Objetiva no Direito Brasileiro, p. 67
2.1.4 As Funções da Boa-Fé Objetiva na Relação Negocial, p. 70
2.2 O DEVER ANTECEDENTE DE GARANTIA PATRIMONIAL COMO EMANAÇÃO DO PRINCÍPIO DA BOA-FÉ, p. 79
2.2.1 Irrelevância da Anterioridade do Crédito Diante da Finalidade Ilícita, p. 83
2.2.2 Os Créditos Inexigíveis e a Fraude, p. 89
2.3 AS RELAÇÕES CONEXAS E AS CONDUTAS SUSPEITAS, p. 91
2.3.1 O Planejamento Sucessório e a Blindagem Patrimonial, p. 93
2.3.2 A Renúncia de Direitos e os Atos Unilaterais, p. 105
2.4 OS ELEMENTOS DA FRAUDE CONTRA CREDORES FUTUROS, p. 109
2.4.1 A Insolvência do Devedor, p. 111
2.4.2 O Dano, p. 116
Capítulo 3 - A FRAUDE OBJETIVA NO DIREITO CIVIL E O POSSÍVEL DIÁLOGO SISTEMÁTICO DE COMPLEMENTARIDADE DAS FONTES LEGAIS, p. 119
3.1 AS MEDIDAS JUDICIAIS DE CONSERVAÇÃO DA GARANTIA GERAL, p. 122
3.1.1 A Ação Pauliana, p. 123
3.1.2 A Declaração de Ineficácia, p. 124
3.1.3 A Ação Revocatória, p. 126
3.1.4 A Desconsideração da Pessoa Jurídica e a Desconsideração Inversa, p. 131
3.2 A FRAUDE OBJETIVA NA LEI DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÕES, p. 133
3.2.1 O Termo Legal e o Período Suspeito, p. 135
3.3 O DIÁLOGO DAS FONTES E O DIREITO CIVIL-CONSTITUCIONAL: OS MÉTODOS HERMENÊUTICOS DE HARMONIZAÇÃO DO DIREITO PRIVADO, p. 137
3.3.1 O Método Sistemático de Complementaridade, p. 146
3.4 A FUNÇÃO SOCIAL DAS RELAÇÕES OBRIGACIONAIS COMO VETOR DO DIÁLOGO DAS FONTES, p. 156
3.4.1 Os Princípios Jurídicos e a Conformação Constitucional, p. 163
3.4.2 A Funcionalização das Relações Obrigacionais e a Harmonização da Fraude contra Credores, p. 166
3.5 A FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES COMO MEIO DE AMPLIAR A TUTELA DO CRÉDITO, p. 174
Capítulo 4 - AS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA FRAUDE CONTRA CREDORES, p. 179
4.1 OS PLANOS NEGATIVOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS, p. 182
4.2 O PRIMEIRO PROBLEMA: INVALIDADE OU INEFICÁCIA RELATIVA DOS ATOS PRATICADOS EM FRAUDE CONTRA CREDORES?, p. 188
4.2.1 A Causa do Negócio Praticado em Fraude contra Credores como Critério Distintivo da Licitude, p. 192
4.2.2 A Fraude contra Credores e o Terceiro Cúmplice, p. 200
4.2.3 A Distinção entre Atos Objetivos e Atos Subjetivos como Elementos Categoriais da Fraude: Justificativa da Ineficácia, p. 203
4.3 O SEGUNDO PROBLEMA: UNIFICAÇÃO OU DUALIDADE DE TRATAMENTOS NA FRAUDE CONTRA CREDORES?, p. 207
CONCLUSÕES, p. 221
REFERÊNCIAS, p. 227
Índice alfabético
A
- Ação pauliana, p. 123
- Ação revocatória, p. 126
- Anterioridade do crédito. Irrelevância da anterioridade do crédito diante da finalidade ilícita, p. 83
- Atos unilaterais. Renúncia de direitos e os atos unilaterais, p. 105
B
- Blindagem patrimonial. Planejamento sucessório e a blindagem patrimonial, p. 93
- Boa-fé objetiva. Obrigação em sua concepção dinâmica: o conceito relacional como critério mais adequado de identificação do credor futuro, p. 60
- Boa-fé objetiva. Princípio da boa-fé como emanação de deveres gerais de conduta, p. 63
- Boa-fé objetiva. Recepção da boa-fé objetiva no direito brasileiro, p. 67
- Boa-fé objetiva. Relação negocial e a boa-fé objetiva, p. 59
- Boa-fé objetiva. Unções da boa-fé objetiva na relação negocial, p. 70
- Boa-fé. Dever antecedente de garantia patrimonial como emanação do princípio da boa-fé, p. 79
C
- Código Civil. Elementos da fraude segundo o Código Civil brasileiro: consilium fraudis, eventus damni, anterioridade do crédito, p. 34
- Conclusões, p. 221
- Condutas suspeitas. Relações conexas e as condutas suspeitas, p. 91
- Conformação constitucional. Princípios jurídicos e a conformação constitucional, p. 163
- Consequências do tratamento distinto entre insolvência civil e insolvência empresarial nas fraudes contra credores, p. 44
- Consilium fraudis. Elementos da fraude segundo o Código Civil brasileiro: consilium fraudis, eventus damni, anterioridade do crédito, p. 34
- Crédito. Elementos da fraude segundo o Código Civil brasileiro: consilium fraudis, eventus damni, anterioridade do crédito, p. 34
- Créditos inexigíveis e a fraude, p. 89
D
- Dano, p. 116
- Declaração de ineficácia, p. 124
- Definição legal de fraude, p. 33
- Desconsideração da pessoa jurídica e a desconsideração inversa, p. 131
- Diálogo das fontes e o direito civil-constitucional: os métodos hermenêuticos de harmonização do direito privado, p. 137
- Diálogo das fontes. Função social das relações obrigacionais como vetor do diálogo das fontes, p. 156
- Direito civil-constitucional. Diálogo das fontes e o direito civil-constitucional: os métodos hermenêuticos de harmonização do direito privado, p. 137
- Direito civil. Fraude contra credores no direito civil, p. 24
- Direito civil. Fraude contra credores no direito civil e no direito empresarial, p. 21
- Direito civil. Fraude objetiva no direito civil e o possível diálogo sistemático de complementaridade das fontes legais, p. 119
- Direito empresarial. Fraude contra credores no direito civil e no direito empresarial, p. 21
- Direito empresarial. Fraude contra credores no direito empresarial, p. 35
- Direito privado. Diálogo das fontes e o direito civil-constitucional: os métodos hermenêuticos de harmonização do direito privado, p. 137
E
- Elementos da fraude segundo o Código Civil brasileiro: consilium fraudis, eventus damni, anterioridade do crédito, p. 34
- Eventus damni. Elementos da fraude segundo o Código Civil brasileiro: consilium fraudis, eventus damni, anterioridade do crédito, p. 34
F
- Falência. Fraude objetiva na lei de falência e recuperações, p. 133
- Fontes legais. Fraude objetiva no direito civil e o possível diálogo sistemático de complementaridade das fontes legais, p. 119
- Fraude à execução, p. 41
- Fraude contra credores e o terceiro cúmplice, p. 200
- Fraude contra credores futuros. Elementos, p. 109
- Fraude contra credores no direito civil, p. 24
- Fraude contra credores no direito civil e no direito empresarial, p. 21
- Fraude contra credores no direito empresarial, p. 35
- Fraude contra credores. Caracterização da fraude contra credores futuros, p. 55
- Fraude contra credores. Consequências do tratamento distinto entre insolvência civil e insolvência empresarial nas fraudes contra credores, p. 44
- Fraude contra credores. Consequências jurídicas da fraude contra credores, p. 179
- Fraude contra credores. Definição própria de fraude contra credores, p. 47
- Fraude contra credores. Funcionalização das relações obrigacionais e a harmonização da fraude contra credores, p. 166
- Fraude contra credores. Primeiro problema: invalidade ou ineficácia relativa dos atos praticados em fraude contra credores?, p. 188
- Fraude objetiva na lei de falência e recuperações, p. 133
- Fraude objetiva no direito civil e o possível diálogo sistemático de complementaridade das fontes legais, p. 119
- Fraude. Créditos inexigíveis e a fraude, p. 89
- Fraude. Definição legal de fraude, p. 33
- Fraude. Distinção entre atos objetivos e atos subjetivos como elementos categoriais da fraude: justificativa da ineficácia, p. 203
- Fraude. Elementos da fraude segundo o Código Civil brasileiro: consilium fraudis, eventus damni, anterioridade do crédito, p. 34
- Fraude. Segundo problema: unificação ou dualidade de tratamentos na fraude contra credores?, p. 207
- Função social das relações obrigacionais como vetor do diálogo das fontes, p. 156
- Funcionalização das relações obrigacionais e a harmonização da fraude contra credores, p. 166
- Fungibilidade das ações como meio de ampliar a tutela do crédito, p. 174
G
- Garantia geral. Medidas judiciais de conservação da garantia geral, p. 122
H
- Harmonização da fraude. Funcionalização das relações obrigacionais e a harmonização da fraude contra credores, p. 166
I
- Ilicitude. Causa do negócio praticado em fraude contra credores como critério distintivo da licitude, p. 192
- Insolvência civil. Consequências do tratamento distinto entre insolvência civil e insolvência empresarial nas fraudes contra credores, p. 44
- Insolvência do devedor, p. 111
- Introdução, p. 15
M
- Medidas judiciais de conservação da garantia geral, p. 122
- Método sistemático de complementaridade, p. 146
N
- Negócio jurídico. Planos negativos dos negócios jurídicos, p. 182
P
- Período suspeito. Termo legal e o período suspeito, p. 135
- Planejamento sucessório e a blindagem patrimonial, p. 93
- Planos negativos dos negócios jurídicos, p. 182
- Princípios jurídicos e a conformação constitucional, p. 163
R
- Recuperação judicial. Fraude objetiva na lei de falência e recuperações, p. 133
- Referências, p. 227
- Relação negocial e a boa-fé objetiva, p. 59
- Relação obrigacional. Funcionalização das relações obrigacionais e a harmonização da fraude contra credores, p. 166
- Relações conexas e as condutas suspeitas, p. 91
- Relações obrigacionais. Função social das relações obrigacionais como vetor do diálogo das fontes, p. 156
- Renúncia de direitos e os atos unilaterais, p. 105
T
- Terceiro cúmplice. Fraude contra credores e o terceiro cúmplice, p. 200
- Termo legal e o período suspeito, p. 135
- Titular do crédito. Fungibilidade das ações como meio de ampliar a tutela do crédito, p. 174
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