Saúde Mental - A Convivência como Estratégia de Cuidado - Dimensões Ética, Política e Clínica - Coleção Saúde e Psyquê - Coordenador: Adriano Furtado Holanda

Tania Inessa Martins de Resende e Ileno Izídio da Costa

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Ficha técnica

Autor(es): Tania Inessa Martins de Resende e Ileno Izídio da Costa

ISBN v. impressa: 978853627275-7

ISBN v. digital: 978853627305-1

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 362grs.

Número de páginas: 292

Publicado em: 18/09/2017

Área(s): Psicologia - Saúde

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Sinopse

O presente livro é, ao mesmo tempo, uma proposta e um desafio. Enquanto proposta objetiva contribuir para o resgate de um dos princípios fundamentais da vida – a convivência – dentro da políti­ca nacional de saúde mental. E é desafio na medida em que, frente às complexidades da vida – e dentro do campo da saúde mental –, conviver não se normatiza, não se ensina, não se torna modelo de padronização único. Aprende-se a conviver, com-vivendo...

Fruto de um laborioso e dedicado processo de tese da primeira au­tora, orientado pelo segundo autor, foi transformado em livro com o objetivo de socializar sonhos, possibilidades, potencialidades, e, por certo, angústias e desafios. Como trabalho prático, escolhidas as dimensões fundamentais para organizar as ideias (ética, política e clínica, dimensões inerentes ao viver humano), o tecido construí­do foi o da própria convivência com os atores aqui presentes: pes­quisadores, estagiários, técnicos, usuários e familiares.

Apresentamos neste trabalho a metodologia qualitativa por ex­celência, norteada pela pesquisa-ação (crítica), pesquisa-interven­ção, com(viver) com o fenômeno escolhido, pautado por densos registros (diários de bordo, registro sistemáticos de vivências e elaborações tidas e havidas no percurso, reuniões grupais, super­visões persistentes e intensas etc.) associada a diversas discussões teóricas: psicanalítica, sistêmica, fenomenológica, sociocultural e existencial. Isto tudo resultou num riquíssimo processo de apropriação cuidadosa e intelectualmente responsável de teorias e abordagens que nos aproximasse, minimamente, do tema central: conviver com pessoas em sofrimento psíquico grave (Costa, 2003), tradicionalmente denominado de “portadores de transtorno mental”.

É, portanto, um persistente questionamento sobre os pressupos­tos humanos necessários para um cuidado consequente em saúde mental.

Autor(es)

TANIA INESSA MARTINS DE RESENDE
Psicóloga Clínica e Bacharela em Psicologia pela Universidade de Brasília. Doutorado e Mestrado em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília – UnB. Professora e Supervisora de Estágio em Saúde Mental do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB nos cursos de graduação em Psicologia, Enfermagem e Medicina e de especialização em Teoria Psicanalítica. Coordenadora do projeto de extensão PRISME – Projeto Interdisciplinar em Saúde Mental – do UniCEUB. Líder do Grupo de Pesquisa Convivência e Saúde Mental no CNPq. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicanálise, Saúde Mental, Reforma Psiquiátrica e Clínica do Sofrimento Psíquico Grave.

ILENO IZÍDIO DA COSTA
Psicólogo Clínico e Jornalista, Mestre em Psicologia Social e da Personalidade, MA em Filosofia e Ética da Saúde Mental (Warwick/Reino Unido), Doutor em Psicologia Clínica e Cultura e Pós-doutor (USP, UFRN, UCB/Lisboa). Professor Adjunto do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, Orientador de Mestrado e Doutorado (PPGPsiCC/UnB), Coordenador dos Grupos de Intervenção Precoce nas Psicoses (GIPSI), Personna (Estudos e Pesquisas sobre violência, Criminalidade, perversão e “psicopatia”) e do Centro Regional para Enfrentamento às Drogas da UnB (CRR-UnB/Darcy Ribeiro/Senad). Membro do Grupo de Trabalho Psicologia & Fenomenologia na ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia). Vice-Presidente do INSTITUTO PERSONNA de Estudos, Pesquisas e Intervenções em Criminalidade, Violência, Perversão e “Psicopatia”.

Sumário

Introdução, p. 19

O Campo da Atenção Psicossocial: o Lugar da Convivência, p. 33

Dimensão Ética: Outra Forma de Cuidar, p. 53

A Formação dos Profissionais de Saúde: a Convivência Igualitária como Condição para Cuidar, p. 73

Dimensão Política: Questionamento e Autoquestionamento, p. 97

Experiências em Saúde Mental Sustentadas pela Convivência, p. 105

Dimensão Clínica: Estar com, Fazer Junto e Deixar Ser, p. 119

Construindo Conhecimento a Partir da Politicidade e do Cuidado, p. 133

Aplicação: Saúde Mental no DF, uma Análise Sócio-Histórica, p. 167

A Potencialidade dos Espaços e Tempos Supostamente Mortos: Atividade de Convivência, p. 177

Implementando Grupos de Convivência nos CAPS, p. 195

A Dimensão Clínica da Convivência como Estratégia de Cuidado, p. 223

Reinterpretação: Combate à Formalidade e Flexibilização dos Papéis, p. 239

Considerações Finais: Construindo Espaços de Convivência nos CAPS, p. 257

Referências, p. 271

Sobre os Autores, p. 285

Índice alfabético

A

  • Afetividade. Ser um espaço de afetividade: circularidade e mutualidade do cuidado, p. 212
  • Alegria. Fazer junto: é possível compartilhar dores e alegrias, p. 229
  • Alteridade. Respeito à alteridade, visando construir uma convivência fraterna, p. 205
  • Aplicação: saúde mental no DF, uma análise sócio-histórica, p. 167
  • Atenção psicossocial. Campo da atenção psicossocial: o lugar da convi-vência, p. 33
  • Atividade de convivência. Os limites da atividade de convivência, p. 191
  • Atividade de convivência. Potencialidade dos espaços e tempos suposta-mente mortos: atividade de convivência, p. 177
  • Autoquestionamento. Dimensão política: questionamento e autoquestio-namento, p. 97
  • Autores. Sobre os autores, p. 285

C

  • Campo da atenção psicossocial: o lugar da convivência, p. 33
  • CAPS. Considerações finais: construindo espaços de convivência nos CAPS, p. 257
  • CAPS. Dialogar com os diferentes grupos do CAPS e articular, com o terri-tório, p. 202
  • CAPS. Implementando grupos de convivência nos CAPS, p. 195
  • CAPS: a convivência como uma estratégia para evitar a institucionaliza-ção, p. 46
  • Centros de Convivência. A potencialidade terapêutica, posto que política, dos Centros de Convivência, p. 105
  • Clínica. Dimensão clínica da convivência como estratégia de cuidado, p. 223
  • Clínica. Dimensão clínica: estar com, fazer junto e deixar ser, p. 119
  • Clínica. O campo da atenção psicossocial: construção de uma clínica política, p. 34
  • Comunidade. Abertura dos grupos: aos familiares e comunidade, p. 261
  • Considerações finais: construindo espaços de convivência nos CAPS, p. 257
  • Construindo conhecimento a partir da politicidade e do cuidado, p. 133
  • Convivência. A dimensão ética da convivência como estratégia de cuida-do: estar com e deixar ser, p. 68
  • Convivência. A especificidade da convivência enquanto estratégia de cuidado, p. 246
  • Convivência. Breve recorte histórico do lugar da convivência no campo da saúde mental, p. 41
  • Convivência. Campo da atenção psicossocial: o lugar da convivência, p. 33
  • Convivência. Caracterização da atividade de convivência, p. 178
  • Convivência. Considerações finais: construindo espaços de convivência nos CAPS, p. 257
  • Convivência. Estudar a convivência a partir do conviver, p. 136
  • Convivência. Experiências em saúde mental sustentadas pela convivên-cia, p. 105
  • Convivência. Formação dos profissionais de saúde: a convivência iguali-tária como condição para cuidar, p. 73
  • Convivência. Implementando grupos de convivência nos CAPS, p. 195
  • Convivência. O CAPS: a convivência como uma estratégia para evitar a institucionalização, p. 46
  • Convivência. O grupo de convivência: nosso esforço para construir uma outra forma de cuidar, p. 195
  • Convivência. Os limites da atividade de convivência, p. 191
  • Convivência. Potencialidade dos espaços e tempos supostamente mortos: atividade de convivência, p. 177
  • Convivência. Respeito à alteridade, visando construir uma convivência fraterna, p. 205
  • Crítica. Por uma formação mais crítica e política: exclusão social e desi-gualdade, p. 78
  • Cuidado. A dimensão ética da convivência como estratégia de cuidado: estar com e deixar ser, p. 68
  • Cuidado. A especificidade da convivência enquanto estratégia de cuidado, p. 246
  • Cuidado. As funções do cuidado, p. 63
  • Cuidado. Construindo conhecimento a partir da politicidade e do cuidado, p. 133
  • Cuidado. Dimensão clínica da convivência como estratégia de cuidado, p. 223
  • Cuidado. Ser um espaço de afetividade: circularidade e mutualidade do cuidado, p. 212
  • Cuidar. As dimensões do cuidar, p. 184
  • Cuidar. Dimensão ética: outra forma de cuidar, p. 53
  • Cuidar. Formação dos profissionais de saúde: a convivência igualitária como condição para cuidar, p. 73
  • Cuidar. O grupo de convivência: nosso esforço para construir uma outra forma de cuidar, p. 195

D

  • Deixar ser. A dimensão ética da convivência como estratégia de cuidado: estar com e deixar ser, p. 68
  • Deixar ser. Dimensão clínica: estar com, fazer junto e deixar ser, p. 119
  • Deixar ser: reserva de si para o outro, p. 234
  • Desenho metodológico, p. 142
  • Desigualdade. Por uma formação mais crítica e política: exclusão social e desigualdade, p. 78
  • Dialogar com os diferentes grupos do CAPS e articular, com o território, p. 202
  • Dimensão clínica da convivência como estratégia de cuidado, p. 223
  • Dimensão clínica: estar com, fazer junto e deixar ser, p. 119
  • Dimensão ética: outra forma de cuidar, p. 53
  • Dimensão política: questionamento e autoquestionamento, p. 97
  • Dimensões do cuidar, p. 184
  • Dor. Fazer junto: é possível compartilhar dores e alegrias, p. 229

E

  • Espaços de convivência. Considerações finais: construindo espaços de convivência nos CAPS, p. 257
  • Estar com. A dimensão ética da convivência como estratégia de cuidado: estar com e deixar ser, p. 68
  • Estar com. Dimensão clínica: estar com, fazer junto e deixar ser, p. 119
  • Estar com: acolher dores e compartilhar histórias, p. 223
  • Estudar a convivência a partir do conviver, p. 136
  • Ética. A dimensão ética da convivência como estratégia de cuidado: estar com e deixar ser, p. 68
  • Ética. Dimensão ética: outra forma de cuidar, p. 53
  • Exclusão social. Por uma formação mais crítica e política: exclusão social e desigualdade, p. 78
  • Experiências em saúde mental sustentadas pela convivência, p. 105

F

  • Família. Abertura dos grupos: aos familiares e comunidade, p. 261
  • Fazer junto. Dimensão clínica: estar com, fazer junto e deixar ser, p. 119
  • Fazer junto: é possível compartilhar dores e alegrias, p. 229
  • Formação dos profissionais de saúde: a convivência igualitária como condição para cuidar, p. 73
  • Formalidade. Reinterpretação: combate à formalidade e flexibilização dos papéis, p. 239
  • Fraterna. Respeito à alteridade, visando construir uma convivência fra-terna, p. 205
  • Funções do cuidado, p. 63

G

  • Grupo de convivência: nosso esforço para construir uma outra forma de cuidar, p. 195
  • Grupos de convivência. Implementando grupos de convivência nos CAPS, p. 195

I

  • Implementando grupos de convivência nos CAPS, p. 195
  • Indiferença. Ser indiferente é ser cúmplice, p. 57
  • Institucionalização. O CAPS: a convivência como uma estratégia para evitar a institucionalização, p. 46
  • Introdução, p. 19

P

  • Política. A potencialidade terapêutica, posto que política, dos Centros de Convivência, p. 105
  • Política. Dimensão política: questionamento e autoquestionamento, p. 97
  • Política. O campo da atenção psicossocial: construção de uma clínica política, p. 34
  • Política. Por uma formação mais crítica e política: exclusão social e desigualdade, p. 78
  • Politicidade. Construindo conhecimento a partir da politicidade e do cuidado, p. 133
  • Por uma formação mais crítica e política: exclusão social e desigualdade, p. 78
  • Potencialidade dos espaços e tempos supostamente mortos: atividade de convivência, p. 177
  • Potencialidade terapêutica, posto que política, dos Centros de Convivên-cia, p. 105
  • Profissionais de saúde. Formação dos profissionais de saúde: a convivên-cia igualitária como condição para cuidar, p. 73
  • Psicossocial. Campo da atenção psicossocial: o lugar da convivência, p. 33
  • Psicossocial. O campo da atenção psicossocial: construção de uma clínica política, p. 34

Q

  • Questionamento. Dimensão política: questionamento e autoquestiona-mento, p. 97

R

  • Referências, p. 271
  • Reinterpretação: combate à formalidade e flexibilização dos papéis, p. 239
  • Respeito à alteridade, visando construir uma convivência fraterna, p. 205

S

  • Saúde mental na capital, p. 168
  • Saúde mental. Aplicação: saúde mental no DF, uma análise sócio-histórica, p. 167
  • Saúde mental. Breve recorte histórico do lugar da convivência no campo da saúde mental, p. 41
  • Saúde mental. Experiências em saúde mental sustentadas pela convivên-cia, p. 105
  • Saúde. Formação dos profissionais de saúde: a convivência igualitária como condição para cuidar, p. 73
  • Ser um espaço de afetividade: circularidade e mutualidade do cuidado, p. 212
  • Sobre os autores, p. 285

T

  • Terapêutica. A potencialidade terapêutica, posto que política, dos Centros de Convivência, p. 105

V

  • Violência. A menor violência possível, p. 60

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