Jesus Cristo - Verdade e Pós-Verdade - Minibook - Prefácio de René Ariel Dotti - Coleção Grandes Julgamentos da História - Coordenadores: Luiz Eduardo Gunther e Marcelo Bueno Mendes

COLEÇÃO GRANDES JULGAMENTOS DA HISTÓRIA
As Dimensões Conceituais da Justiça

O desvendamento da Verdade sobre o JESUS “histórico” e o JESUS “místico” é uma questão instigante na pesquisa das circunstân­cias e motivações que envolveram seu Julgamento. Se, por um lado, em sua eternidade como ser místico, não há medição de tempo, de outro, tanto o contexto histórico-político de sua vida assinala que a transitoriedade marcou sua presença terrena, como acontece com qualquer ser humano. Desta sorte, mortal, empírico, contingente, real e temporal delimitam possíveis re­flexões que devam ser feitas sobre a natureza e condições do tão propalado e, ao mesmo tempo, desconhecido Julgamento.

Diante de tão complexa personalidade e vulto histórico mar­cante, o ponto central da análise deste texto será em torno dos embaraços e conflitos existentes entre a verdade histórica e as posteriores interpretações de diversos doutrinadores sobre o que se passou em seu Julgamento.

Verdade e “pós-verdade” despontam como questões incitantes à tormentosa interpretação das circunstâncias de seu Julgamento, de forte cunho político, cuja alegada insurgência às autoridades da época e às tradições e valores então vigentes, apenas se apre­sentaram como motivação para uma já prevista condenação à penosa morte na cruz, reservada aos traidores, conspiradores e sublevadores da ordem pública e da desobediência civil às au­toridades.

Por este e outros motivos, somando-se ao distanciamento no tempo e às incontáveis opiniões de pesquisadores sobre a his­toricidade de JESUS, torna-se, além de desafiadora, esta tarefa impossível de finalização. Passados mais de 2000 anos de sua na­talidade, ainda se buscam vestígios de sua trajetória e complexa personalidade. Os documentos existentes ou são fragmentos de antigos textos, esmaecidos pelo tempo, ou são interpretações conduzidas pela condescendência ou mesmo intolerância re­ligiosa e ceticismo de seus autores.

MARIA DA GLÓRIA COLUCCI

Advogada. Mestre em Direito Público pela UFPR. Especialista em Filosofia do Direito pela PUCPR. Professora titular de Teoria do Direito do UNICURITIBA. Professora Emérita do Centro Universitário Curitiba, conforme título conferido pela Instituição em 21/04/2010. Orientadora do Grupo de Pesquisas em Biodireito e Bioética – Jus Vitae, do UNICURITIBA, desde 2001. Professora adjunta IV, aposentada, da UFPR. Membro da Sociedade Brasileira de Bioética – Brasília. Membro do Colegiado do Movimento Nós Podemos Paraná (ONU, ODS). Membro do IAP – Instituto dos Advogados do Paraná. Premiações: Prêmio Augusto Montenegro (OAB, Pará, 1976-1º lugar); Prêmio Ministério da Educação e Cultura, 1977 – 3º lugar); Pergaminho de Ouro do Paraná (Jornal do Estado, 1997, 1º lugar). Troféu Carlos Zemek, 2016: Destaque Poético. Troféu Imprensa Brasil 2017 e Top of Mind Quality Gold 2017.Membro da Academia Virtual Internacional de Poesia, Arte e Filosofia – AVIPAF (2018). Membro Titular do Comitê de Ética em Pesquisa do Unicuritiba (2018). Membro da Comissão do Pacto Global da OAB-Pr (2018).