Samba Carioca e a Centralidade do Trabalho Vivo, O - Poetas Operários
Bruna da Penha de Mendonça CoelhoTambém
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Ficha técnica
Autor(es): Bruna da Penha de Mendonça Coelho
ISBN v. impressa: 978853629197-0
ISBN v. digital: 978853629264-9
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 213grs.
Número de páginas: 172
Publicado em: 12/11/2019
Área(s): Direito - Trabalho; Literatura e Cultura - Diversos; Sociologia; Internacional
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Sinopse
O samba é a reinvenção da vida – não no sentido de escape do real, mas, sim, no sentido de construção (material e cotidiana) de novas realidades. Múltiplas revoluções ecoam no vaivém frenético de um tamborim, secando o choro de cavacos e cuícas. Com o samba, aquele que agoniza e não morre, quando canta a alvorada, ninguém sente dissabor. O tambor, a cada vez que ecoa em compasso binário, recobra a batida do peito de quem nunca se calou, e cuja voz ressoa pela boca incansável dos que continuam sem se calar.
Esse tambor segue resistindo a todas as formas de opressão e escancarando o cinismo de um modo de vida fundado na subjugação e na exploração do homem pelo homem. Segue reinventando a luta (dos que se foram e dos que ficam) pelo fim da barbárie que tentam nos vender como normal. A cultura popular, através da produção de discursos contra-hegemônicos, encarna a potencialidade de contestar o verniz ideológico das abstrações de igualdade que ocultam as assimetrias materiais, conferindo-se especial atenção, nesta obra, à crítica à tese da descentralização do trabalho vivo na sociedade contemporânea.
Autor(es)
BRUNA DA PENHA DE MENDONÇA COELHO
Mestra em Teoria e Filosofia do Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e graduada em Direito pela mesma instituição. Professora substituta de Prática Jurídica Trabalhista da Faculdade Nacional de Direito (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Possui textos acadêmicos e literários publicados, dentreos quais o romance Do outro lado da Alcântara: Devaneios quase póstumos (Juruá Editora, 2016).
Sumário
CONSIDERAÇÕES INICIAIS: SAMBA E TRABALHO, PAIS DO PRAZER E FILHOS DA DOR, p. 15
1 SAMBA E RESISTÊNCIA, p. 35
1.1 Formação da Classe Trabalhadora e do Samba Urbano Cariocas: o Tambor que Resistiu à Escravidão, p. 37
1.2 Perseguição e Marginalização: o Passado que Nunca Deixou de Ser Presente, p. 41
1.3 ´Eu Tenho Orgulho em Ser Vadio´: Resistência à Perseguição Histórica e ao Disciplinamento do Gênero Musical e do Trabalho, p. 44
1.4 O Malandro Regenerado e o Projeto Industrializante do Estado Novo, p. 47
1.5 Escolas de Samba, p. 50
1.5.1 Surgimento das primeiras escolas de samba cariocas, p. 50
1.5.2 ´Vão Acabar com a Praça Onze´, mas guardai os pandeiros, p. 53
1.5.3 ´Super Escolas de Samba S/A´. que covardia!, p. 55
1.6 O Controle Oficial e o Controle do Capital: Duas Faces da Mesma Moeda, p. 59
2 O MITO DO FIM DA CENTRALIDADE DO TRABALHO, p. 65
2.1 Crise do Fordismo e Ascensão Neoliberal, p. 65
2.2 A Centralidade do Trabalho Vivo e o Mito de sua Superação, p. 68
2.2.1 A amplitude do conceito trabalho: da atividade vital consciente à alienação, p. 68
2.2.2 Reprodução do capital: extração de mais-valor e as íntimas relações entre capital financeiro e capital produtivo, p. 70
2.2.3 Avanço tecnológico: diminuição do trabalho ou aumento do controle?, p. 74
2.2.4 Crise da sociedade do trabalho? O giro antiprodutivista do pensamento social na Europa e a ideologia (neo)liberal, p. 77
2.2.5 A importação da ideologia da crise da sociedade do trabalho e seu reflexo nas investidas neoliberais no contexto sociopolítico brasileiro, p. 85
2.3 O Movimento de Desregulamentação do Trabalho no Brasil, p. 90
2.3.1 Dinâmica das relações de trabalho brasileiras no último quarto do século XX e seus reflexos no contexto hodierno: o alastramento da precarização, p. 90
2.3.2 A assim chamada reforma trabalhista brasileira, p. 96
3 A CONTESTAÇÃO DO DISCURSO DE CRISE DA SOCIEDADE DO TRABALHO PELO SAMBA, p. 103
3.1 Bezerra da Silva e a Voz dos Despossuídos, p. 105
3.2 Candeia e a Crítica das Promessas Liberais, p. 110
3.3 Samba do Trabalhador: um Samba-Trabalho às Segundas-Feiras, p. 116
3.4 Carnaval e Potência Contestatória, p. 119
3.4.1 ´Trabalhar, Eu Não´: a irreverência da marchinha, p. 119
3.4.2 Samba-enredo, p. 124
3.4.3 Paraíso do Tuiuti: desfile de 2018, p. 128
4 ´PRA TUDO SE ACABAR NA QUARTA-FEIRA´?, p. 133
CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 139
REFERÊNCIAS, p. 147
APÊNDICE: DISCOGRAFIA, p. 151
Índice alfabético
A
- Alienação. Amplitude do conceito trabalho: da atividade vital consciente à alienação, p. 68
- Amplitude do conceito trabalho: da atividade vital consciente à alienação, p. 68
- Apêndice: discografia, p. 151
- Avanço tecnológico: diminuição do trabalho ou aumento do controle?, p. 74
B
- Bezerra da Silva e a voz dos despossuídos, p. 105
C
- Candeia e a crítica das promessas liberais, p. 110
- Capital financeiro. Reprodução do capital: extração de mais-valor e as íntimas relações entre capital financeiro e capital produtivo, p. 70
- Capital produtivo. Reprodução do capital: extração de mais-valor e as íntimas relações entre capital financeiro e capital produtivo, p. 70
- Capital. Controle oficial e o controle do capital: duas faces da mesma moeda, p. 59
- Capital. Reprodução do capital: extração de mais-valor e as íntimas relações entre capital financeiro e capital produtivo, p. 70
- Carnaval e potência contestatória, p. 119
- Centralidade do trabalho vivo e o mito de sua superação, p. 68
- Centralidade do trabalho. Mito do fim, p. 65
- Classe trabalhadora. Formação da classe trabalhadora e do samba urbano cariocas: o tambor que resistiu à escravidão, p. 37
- Conceito do trabalho. Amplitude do conceito trabalho: da atividade vital consciente à alienação, p. 68
- Considerações finais, p. 139
- Considerações iniciais: samba e trabalho, pais do prazer e filhos da dor, p. 15
- Contestação do discurso de crise da sociedade do trabalho pelo samba, p. 103
- Controle do capital. Controle oficial e o controle do capital: duas faces da mesma moeda, p. 59
- Controle oficial e o controle do capital: duas faces da mesma moeda, p. 59
- Controle. Avanço tecnológico: diminuição do trabalho ou aumento do controle?, p. 74
- Crise da sociedade do trabalho. Contestação do discurso de crise da sociedade do trabalho pelo samba, p. 103
- Crise da sociedade do trabalho? O giro antiprodutivista do pensamento social na Europa e a ideologia (neo)liberal, p. 77
- Crise do fordismo e ascensão neoliberal, p. 65
D
- Desregulamentação do trabalho. Movimento de desregulamentação do trabalho no Brasil, p. 90
- Dinâmica das relações de trabalho brasileiras no último quarto do século XX e seus reflexos no contexto hodierno: o alastramento da precarização, p. 90
- Dor. Considerações iniciais: samba e trabalho, pais do prazer e filhos da dor, p. 15
E
- Escolas de samba, p. 50
- Escolas de samba. Surgimento das primeiras escolas de samba cariocas, p. 50
- Escolas de samba. "Super Escolas de Samba S/A". que covardia!, p. 55
- Escolas de samba. "Vão Acabar com a Praça Onze", mas guardai os pandeiros, p. 53
- Escravidão. Formação da classe trabalhadora e do samba urbano cariocas: o tambor que resistiu à escravidão, p. 37
- Estado Novo. Malandro regenerado e o projeto industrializante do Estado Novo, p. 47
- "Eu Tenho Orgulho em Ser Vadio": resistência à perseguição histórica e ao disciplinamento do gênero musical e do trabalho, p. 44
- Extração de mais-valor. Reprodução do capital: extração de mais-valor e as íntimas relações entre capital financeiro e capital produtivo, p. 70
F
- Fordismo. Crise do fordismo e ascensão neoliberal, p. 65
- Formação da classe trabalhadora e do samba urbano cariocas: o tambor que resistiu à escravidão, p. 37
G
- Gênero musical. "Eu Tenho Orgulho em Ser Vadio": resistência à perseguição histórica e ao disciplinamento do gênero musical e do trabalho, p. 44
- Giro antiprodutivista. Crise da sociedade do trabalho? O giro antiprodutivista do pensamento social na Europa e a ideologia (neo)liberal, p. 77
I
- Ideologia da crise. Importação da ideologia da crise da sociedade do trabalho e seu reflexo nas investidas neoliberais no contexto sociopolítico brasileiro, p. 85
- Ideologia neoliberal. Crise da sociedade do trabalho? O giro antiprodutivista do pensamento social na Europa e a ideologia (neo)liberal, p. 77
- Importação da ideologia da crise da sociedade do trabalho e seu reflexo nas investidas neoliberais no contexto sociopolítico brasileiro, p. 85
- Industrialização. Malandro regenerado e o projeto industrializante do Estado Novo, p. 47
M
- Malandro regenerado e o projeto industrializante do Estado Novo, p. 47
- Marchinha. "Trabalhar, Eu Não": a irreverência da marchinha, p. 119
- Marginalização. Perseguição e marginalização: o passado que nunca deixou de ser presente, p. 41
- Mito do fim da centralidade do trabalho, p. 65
- Movimento de desregulamentação do trabalho no Brasil, p. 90
N
- Neoliberalismo. Crise do fordismo e ascensão neoliberal, p. 65
- Neoliberalismo. Importação da ideologia da crise da sociedade do trabalho e seu reflexo nas investidas neoliberais no contexto sociopolítico brasileiro, p. 85
P
- Paraíso do Tuiuti: desfile de 2018, p. 128
- Passado. Perseguição e marginalização: o passado que nunca deixou de ser presente, p. 41
- Pensamento social. Crise da sociedade do trabalho? O giro antiprodutivista do pensamento social na Europa e a ideologia (neo)liberal, p. 77
- Perseguição e marginalização: o passado que nunca deixou de ser presente, p. 41
- Perseguição histórica. "Eu Tenho Orgulho em Ser Vadio": resistência à perseguição histórica e ao disciplinamento do gênero musical e do trabalho, p. 44
- Potência contestatória. Carnaval e potência contestatória, p. 119
- "Pra Tudo Se Acabar na Quarta-Feira"?, p. 133
- Prazer. Considerações iniciais: samba e trabalho, pais do prazer e filhos da dor, p. 15
- Precarização. Dinâmica das relações de trabalho brasileiras no último quarto do século XX e seus reflexos no contexto hodierno: o alastramento da precarização, p. 90
- Presente. Perseguição e marginalização: o passado que nunca deixou de ser presente, p. 41
- Promessas liberais. Candeia e a crítica das promessas liberais, p. 110
R
- Referências, p. 147
- Reforma trabalhista. A assim chamada reforma trabalhista brasileira, p. 96
- Relações de trabalho. Dinâmica das relações de trabalho brasileiras no último quarto do século XX e seus reflexos no contexto hodierno: o alastramento da precarização, p. 90
- Reprodução do capital: extração de mais-valor e as íntimas relações entre capital financeiro e capital produtivo, p. 70
- Resistência e samba, p. 35
- Resistência. "Eu Tenho Orgulho em Ser Vadio": resistência à perseguição histórica e ao disciplinamento do gênero musical e do trabalho, p. 44
S
- Samba do trabalhador: um samba-trabalho às segundas-feiras, p. 116
- Samba e resistência, p. 35
- Samba urbano. Formação da classe trabalhadora e do samba urbano cariocas: o tambor que resistiu à escravidão, p. 37
- Samba-enredo, p. 124
- Samba. Considerações iniciais: samba e trabalho, pais do prazer e filhos da dor, p. 15
- Samba. Contestação do discurso de crise da sociedade do trabalho pelo samba, p. 103
- Samba. Escolas de samba, p. 50
- Sociedade do trabalho. Crise da sociedade do trabalho? O giro antiprodutivista do pensamento social na Europa e a ideologia (neo)liberal, p. 77
- Sociedade do trabalho. Importação da ideologia da crise da sociedade do trabalho e seu reflexo nas investidas neoliberais no contexto sociopolítico brasileiro, p. 85
- Sociopolítica. Importação da ideologia da crise da sociedade do trabalho e seu reflexo nas investidas neoliberais no contexto sociopolítico brasileiro, p. 85
- Surgimento das primeiras escolas de samba cariocas, p. 50
T
- Tecnologia. Avanço tecnológico: diminuição do trabalho ou aumento do controle?, p. 74
- Trabalho vivo. Centralidade do trabalho vivo e o mito de sua superação, p. 68
- Trabalho. Avanço tecnológico: diminuição do trabalho ou aumento do controle?, p. 74
- Trabalho. Considerações iniciais: samba e trabalho, pais do prazer e filhos da dor, p. 15
- Trabalho. Movimento de desregulamentação do trabalho no Brasil, p. 90
- Trabalho. "Eu Tenho Orgulho em Ser Vadio": resistência à perseguição histórica e ao disciplinamento do gênero musical e do trabalho, p. 44
V
- Voz dos despossuídos. Bezerra da Silva e a voz dos despossuídos, p. 105
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