Fragmentação do Sistema de Asilo na União Europeia

Ana Luiza Aguiar Silva Motta

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Ficha técnica

Autor(es): Ana Luiza Aguiar Silva Motta

ISBN v. impressa: 978655605866-5

ISBN v. digital: 978655605977-8

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 216grs.

Número de páginas: 174

Publicado em: 08/11/2021

Área(s): Direito - Diversos

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Sinopse

A recente grande crise causada pelo fluxo migratório maciço confirmou a fragmentação do Sistema de Dublin, pela sua disfuncionalidade, o que elucidou a necessidade de reformulá-lo e trazer novos mecanismos de aplicação efetiva do princípio da responsabilidade e da partilha equitativa. O principal critério de aplicação de responsabilidade ao país de primeira entrada causou impactos negativos nos países fronteiriços que não foram capazes de lidar com o fluxo, aliado à disfuncionalidade que afetou diretamente o acolhimento e a proteção dos requerentes de asilo. Essa incapacidade teve reflexos diretos com a violação de direitos fundamentais previstos pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem e pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Além disso, a existente premissa da presunção de segurança dos Estados-Membros e do princípio da confiança mútua demonstrou a necessidade de invalidar a aplicação da retomada a cargo e elucidar a invocação da cláusula de soberania. As medidas adotadas como resposta à crise somente trouxeram soluções a curto prazo, ao invés de resolver a disfuncionalidade do Sistema. Somente mais recentemente a União Europeia apresentou o Novo Pacto de Imigração e Asilo que apresenta algumas soluções aos problemas relacionados, mas não invalidou o principal problema do Sistema: o critério de primeira entrada. Este livro tem como objeto de estudo o desenvolvimento do Sistema Europeu Comum de Asilo e os motivos que levaram à fragmentação do Sistema. Após o longo processo de instituição de um Sistema Europeu Comum de Asilo, ainda em percurso, algumas disfuncionalidades foram evidenciadas e desencadearam na fragmentação abordada.

Autor(es)

ANA LUIZA AGUIAR SILVA MOTTA

Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Advogada. Bacharel em Direito pela FACAMP, Brasil. Pós-graduada em Direitos Humanos e Mestre em Direito Internacional Público e Europeu pela Universidade de Coimbra, Portugal. Doutoranda em Direito – Ciências Jurídicas Internacionais e Europeias pela Universidade de Lisboa, Portugal. Pesquisadora Acadêmica na área de Asilo e Imigração na União Europeia.

Sumário

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS, p. 11

1 INTRODUÇÃO, p. 15

2 A INSTITUIÇÃO DE UMA POLÍTICA COMUM DE ASILO NA UNIÃO EUROPEIA, p. 19

2.1 SOB UM VIÉS DE DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL DO ASILO, p. 19

2.2 O DESENVOLVIMENTO DO DIREITO DE ASILO NA UNIÃO EUROPEIA: ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA GERAÇÃO DO PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO, p. 28

2.3 A TERCEIRA GERAÇÃO DO PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO DO ASILO, p. 38

2.4 A INSTITUIÇÃO DO SISTEMA EUROPEU COMUM DE ASILO, p. 48

2.4.1 Diretiva Qualificação - Diretiva 2011/95/UE, p. 58

2.4.2 Diretiva Proteção Temporária - Diretiva 2001/55/CE, p. 62

2.4.3 Diretiva Condições de Acolhimento - Diretiva 2013/33/UE, p. 64

2.4.4 Diretiva Procedimentos de Asilo - Diretiva 2013/32/UE, p. 71

2.4.5 Regulamento de Dublin III, p. 77

2.4.6 Regulamento EURODAC, p. 80

3 A PERSISTENTE FRAGMENTAÇÃO DO SISTEMA DE ASILO, p. 83

3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O FLUXO MACIÇO DA CRISE SEM PRECEDENTES E A FALHA SISTÊMICA NO PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DO ESTADO-MEMBRO RESPONSÁVEL, p. 83

3.2 A APLICABILIDADE DO DIREITO DE ASILO E SUA INTERFACE AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, p. 87

3.3 A CENSURA DA CONVENÇÃO DE GENEBRA À EXPULSÃO E REMOÇÃO DE REQUERENTES DE ASILO, p. 93

3.4 O PRINCÍPIO DO NON-REFOULEMENT E A PROBLEMÁTICA DO RETORNO AUTOMÁTICO, p. 100

3.5 O PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE E DA PARTILHA EQUITATIVA DE RESPONSABILIDADES ENTRE ESTADOS-MEMBROS, p. 109

4 AS MEDIDAS ADOTADAS APÓS A FRAGMENTAÇÃO DO SISTEMA DE ASILO, p. 123

4.1 MEDIDAS PROVISÓRIAS NO DOMÍNIO DE PROTEÇÃO INTERNACIONAL A FAVOR DA ITÁLIA E GRÉCIA, p. 127

4.2 A DECLARAÇÃO UNIÃO EUROPEIA E TURQUIA, p. 129

4.3 MEDIDAS MEDIATAS E A LONGO PRAZO PASSÍVEIS DE ADJUNÇÃO DO SISTEMA, p. 133

CONCLUSÃO, p. 143

REFERÊNCIAS, p. 151

Índice alfabético

A

  • Abreviatura. Lista de siglas e abreviaturas, p. 11
  • Adjunção do sistema. Medidas mediatas e a longo prazo passíveis de adjunção do sistema, p. 133
  • Aplicabilidade do direito de asilo e sua interface aos direitos fundamentais, p. 87
  • Asilo. Aplicabilidade do direito de asilo e sua interface aos direitos fundamentais, p. 87
  • Asilo. Censura da Convenção de Genebra à expulsão e remoção de requerentes de asilo, p. 93
  • Asilo. Desenvolvimento do direito de asilo na União Europeia: entre a primeira e a segunda geração do processo de harmonização, p. 28
  • Asilo. Instituição de uma política comum de asilo na União Europeia, p. 19
  • Asilo. Instituição do Sistema Europeu Comum de Asilo, p. 48
  • Asilo. Medidas adotadas após a fragmentação do sistema de asilo, p. 123
  • Asilo. Persistente fragmentação do sistema de asilo, p. 83
  • Asilo. Sob um viés de desenvolvimento internacional do asilo, p. 19
  • Asilo. Terceira geração do processo de harmonização do asilo, p. 38

C

  • Censura da Convenção de Genebra à expulsão e remoção de requerentes de asilo, p. 93
  • Conclusão, p. 143
  • Considerações sobre o fluxo maciço da crise sem precedentes e a falha sistêmica no processo de determinação do Estado-Membro responsável, p. 83
  • Convenção de Genebra. Censura da Convenção de Genebra à expulsão e remoção de requerentes de asilo, p. 93

D

  • Declaração União Europeia e Turquia, p. 129
  • Desenvolvimento do direito de asilo na União Europeia: entre a primeira e a segunda geração do processo de harmonização, p. 28
  • Desenvolvimento internacional de asilo. Sob um viés de desenvolvimento, p. 19
  • Direito de asilo. Aplicabilidade do direito de asilo e sua interface aos direitos fundamentais, p. 87
  • Direito de asilo. Desenvolvimento do direito de asilo na União Europeia: entre a primeira e a segunda geração do processo de harmonização, p. 28
  • Direitos fundamentais. Aplicabilidade do direito de asilo e sua interface aos direitos fundamentais, p. 87
  • Diretiva 2001/55/CE. Diretiva Proteção Temporária, p. 62
  • Diretiva 2011/95/UE. Diretiva Qualificação, p. 58
  • Diretiva 2013/32/UE. Diretiva Procedimentos de Asilo, p. 71
  • Diretiva 2013/33/UE. Diretiva Condições de Acolhimento, p. 64
  • Diretiva Condições de Acolhimento - Diretiva 2013/33/UE, p. 64
  • Diretiva Procedimentos de Asilo - Diretiva 2013/32/UE, p. 71
  • Diretiva Proteção Temporária - Diretiva 2001/55/CE, p. 62
  • Diretiva Qualificação - Diretiva 2011/95/UE, p. 58
  • Dublin III. Regulamento de Dublin III, p. 77

E

  • Estado-Membro responsável. Considerações sobre o fluxo maciço da crise sem precedentes e a falha sistêmica no processo de determinação do Estado-Membro responsável, p. 83
  • Estados-Membros. Princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre Estados-Membros, p. 109
  • EURODAC. Regulamento EURODAC, p. 80
  • Expulsão. Censura da Convenção de Genebra à expulsão e remoção de requerentes de asilo, p. 93

F

  • Fragmentação do sistema de asilo. Medidas adotadas após a fragmentação do sistema de asilo, p. 123
  • Fragmentação. Persistente fragmentação do sistema de asilo, p. 83

G

  • Grécia. Medidas Provisórias no domínio de proteção internacional a favor da Itália e Grécia, p. 127

I

  • Instituição de uma política comum de asilo na União Europeia, p. 19
  • Instituição do Sistema Europeu Comum de Asilo, p. 48
  • Introdução, p. 15
  • Itália. Medidas Provisórias no domínio de proteção internacional a favor da Itália e Grécia, p. 127

L

  • Lista de siglas e abreviaturas, p. 11

M

  • Medidas adotadas após a fragmentação do sistema de asilo, p. 123
  • Medidas mediatas e a longo prazo passíveis de adjunção do sistema, p. 133
  • Medidas Provisórias no domínio de proteção internacional a favor da Itália e Grécia, p. 127

N

  • Non-refoulement. Princípio do non-refoulement e a problemática do retorno automático, p. 100

P

  • Partilha. Princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre Estados-Membros, p. 109
  • Persistente fragmentação do sistema de asilo, p. 83
  • Política comum de asilo. Instituição de uma política comum de asilo na União Europeia, p. 19
  • Princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre Estados-Membros, p. 109
  • Princípio do non-refoulement e a problemática do retorno automático, p. 100
  • Processo de harmonização. Desenvolvimento do direito de asilo na União Europeia: entre a primeira e a segunda geração do processo de harmonização, p. 28
  • Processo de harmonização. Terceira geração do processo de harmonização do asilo, p. 38
  • Proteção internacional. Medidas Provisórias no domínio de proteção internacional a favor da Itália e Grécia, p. 127

R

  • Referências, p. 151
  • Regulamento de Dublin III, p. 77
  • Regulamento EURODAC, p. 80
  • Remoção. Censura da Convenção de Genebra à expulsão e remoção de requerentes de asilo, p. 93
  • Responsabilidades entre Estados-Membros. Princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre Estados-Membros, p. 109
  • Retorno automático. Princípio do non-refoulement e a problemática do retorno automático, p. 100

S

  • Sigla. Lista de siglas e abreviaturas, p. 11
  • Sistema Europeu Comum de Asilo. Instituição, p. 48
  • Solidariedade. Princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre Estados-Membros, p. 109

T

  • Terceira geração do processo de harmonização do asilo, p. 38
  • Turquia. Declaração União Europeia e Turquia, p. 129

U

  • União Europeia. Declaração União Europeia e Turquia, p. 129
  • União Europeia. Desenvolvimento do direito de asilo na União Europeia: entre a primeira e a segunda geração do processo de harmonização, p. 28
  • União Europeia. Instituição de uma política comum de asilo na União Europeia, p. 19

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