Direitos Humanos e Feminismo Decolonial - O Acesso das Mulheres Negras à Saúde Durante a Pandemia de Covid-19
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Ficha técnica
Autor(es): Greicy Kerol Patrizzi
ISBN v. impressa: 978652631268-1
ISBN v. digital: 978652631255-1
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 146grs.
Número de páginas: 118
Publicado em: 02/08/2024
Área(s): Direito - Diversos
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Sinopse
Prefácio da Professora Doutora Valquiria Elita Renk
Neste importante trabalho, Greicy Kerol Patrizzi explora as profundas e persistentes desigualdades enfrentadas pelas mulheres negras no Brasil, evidenciadas e agravadas pela pandemia de Covid-19. Desvenda como o racismo estrutural perpetua uma visão de subalternidade das pessoas negras e como as mulheres negras são duplamente vulnerabilizadas pela discriminação racial e de gênero.
A autora expõe, com clareza e sensibilidade, como a pandemia exacerbou problemas antigos de saúde sexual e reprodutiva, principalmente para as mulheres negras. Ao destacar a falta de políticas públicas eficazes e a omissão de dados raciais na saúde, Patrizzi revela um quadro alarmante de genocídio potencial e negligência estatal.
Patrizzi demonstra como a inexistência de dados e políticas públicas contribui para a desigualdade de gênero, raça e classe. A falta de visibilidade e compreensão das desigualdades estruturais enfrentadas por mulheres negras resulta em políticas ineficazes que perpetuam a marginalização e a exclusão, dificultando o combate ao racismo, o sexismo e a desigualdade socioeconômica.
A crítica ao universalismo feminino e aos privilégios epistêmicos brancos é um chamado para um feminismo mais inclusivo e interseccional, que reconheça e valorize as diferentes vivências e opressões enfrentadas pelas mulheres negras. A autora também discute a importância do preenchimento do quesito raça/cor nos formulários do SUS para garantir equidade no sistema de saúde, permitindo a elaboração de políticas públicas que atendam às necessidades específicas da população negra.
Com um olhar atento às realidades contemporâneas e um compromisso com a justiça social, Greicy Kerol Patrizzi oferece uma análise incisiva e um apelo urgente para a ação. Direitos Humanos e Feminismo Decolonial é uma leitura indispensável para todos aqueles que buscam compreender e combater as raízes profundas da desigualdade racial, de gênero e de classe no Brasil.
Roberta Cibin
Mãe, feminista, ativista pelos direitos das mulheres e das infâncias
Autor(es)
GREICY KEROL PATRIZZI
Graduada em Direito pelo Centro Universitário Curitiba (2002). Especialista em Filosofia e Psicanálise pela Universidade Federal do Paraná (2005). Mestra em Direitos Humanos e Políticas Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2023). Advogada na área de Direito Civil-Constitucional com ênfase em Direitos Humanos. Pesquisadora na Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná.
Sumário
LISTA DE FIGURAS, p. 13
LISTA DE SIGLAS, p. 15
INTRODUÇÃO, p. 17
Capítulo 1 DISCRIMINAÇÃO HISTÓRICA DAS MULHERES NEGRAS À LUZ DO FEMINISMO DECOLONIAL, p. 23
1.1 GÊNERO E COLONIALIDADE, p. 29
1.2 O ENEGRECIMENTO DO FEMINISMO, p. 38
1.3 INTERSECCIONALIDADE A SERVIÇO DE UMA EPISTEMOLOGIA FEMINISTA NEGRA, p. 43
Capítulo 2 O RACISMO ESTRUTURAL COMO PROTAGONISTA NAS NARRATIVAS GOVERNAMENTAIS SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ENFRENTAMENTO ÀS DOENÇAS, p. 51
2.1 CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO, A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E FORMAS CORRELATAS DE INTOLERÂNCIA (DECRETO 10.932/2022), p. 55
2.2 A SEGREGAÇÃO RACIAL E DE GÊNERO COMO IMPEDIMENTO AO TRATAMENTO DIGNO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19, p. 59
2.3 SEGREGAÇÃO E CONTÁGIO, p. 67
Capítulo 3 A INOBSERVÂNCIA DO DIREITO HUMANO DAS MULHERES NEGRAS À SAÚDE, p. 75
3.1 PATRIARCADO, RACISMO E MEDICINA, p. 79
3.2 INEXISTÊNCIA DE DADOS E POLÍTICAS PÚBLICAS QUE CONTRIBUEM PARA A DESIGUALDADE DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE, p. 81
3.3 MULHERES NEGRAS COMO DESTINATÁRIAS DA NECROPOLÍTICA NA CIDADE DE CURITIBA, p. 85
CONSIDERAÇÕES FINAIS, p. 95
REFERÊNCIAS, p. 103
Índice alfabético
C
- Classe. Inexistência de dados e políticas públicas que contribuem para a desigualdade de gênero, raça e classe, p. 81
- Colonialidade. Gênero e colonialidade, p. 29
- Considerações finais, p. 95
- Contágio. Segregação e contágio, p. 67
- Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (Decreto 10.932/2022), p. 55
- Covid-19. Segregação racial e de gênero como impedimento ao tratamento digno durante a pandemia de covid-19, p. 59
D
- Desigualdade de gênero. Inexistência de dados e políticas públicas que contribuem para a desigualdade de gênero, raça e classe, p. 81
- Direito humano da mulher. Inobservância do direito humano das mulheres negras à saúde, p. 75
- Discriminação histórica das mulheres negras à luz do feminismo decolonial, p. 23
- Discriminação racial. Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (Decreto 10.932/2022), p. 55
E
- Enegrecimento do feminismo, p. 38
- Enfrentamento da doença. Racismo estrutural como protagonista nas narrativas governamentais sobre as políticas públicas de enfrentamento às doenças, p. 51
- Epistemologia feminista negra. Interseccionalidade a serviço de uma epistemologia feminista negra, p. 43
F
- Feminismo decolonial. Discriminação histórica das mulheres negras à luz do feminismo decolonial, p. 23
- Feminismo. Enegrecimento do feminismo, p. 38
- Figura. Lista de figuras, p. 13
G
- Gênero e colonialidade, p. 29
- Gênero. Segregação racial e de gênero como impedimento ao tratamento digno durante a pandemia de covid-19, p. 59
- Governo. Racismo estrutural como protagonista nas narrativas governamentais sobre as políticas públicas de enfrentamento às doenças, p. 51
H
- Histórico. Discriminação histórica das mulheres negras à luz do feminismo decolonial, p. 23
I
- Inexistência de dados e políticas públicas que contribuem para a desigualdade de gênero, raça e classe, p. 81
- Inobservância do direito humano das mulheres negras à saúde, p. 75
- Interseccionalidade a serviço de uma epistemologia feminista negra, p. 43
- Intolerância. Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (Decreto 10.932/2022), p. 55
- Introdução, p. 17
L
- Lista de figuras, p. 13
- Lista de siglas, p. 15
M
- Medicina. Patriarcado, racismo e medicina, p. 79
- Mulheres negras como destinatárias da necropolítica na cidade de Curitiba, p. 85
- Mulheres negras. Discriminação histórica das mulheres negras à luz do feminismo decolonial, p. 23
N
- Necropolítica. Mulheres negras como destinatárias da necropolítica na cidade de Curitiba, p. 85
P
- Pandemia. Segregação racial e de gênero como impedimento ao tratamento digno durante a pandemia de covid-19, p. 59
- Patriarcado, racismo e medicina, p. 79
- Política pública. Inexistência de dados e políticas públicas que contribuem para a desigualdade de gênero, raça e classe, p. 81
- Política pública. Racismo estrutural como protagonista nas narrativas governamentais sobre as políticas públicas de enfrentamento às doenças, p. 51
R
- Raça. Inexistência de dados e políticas públicas que contribuem para a desigualdade de gênero, raça e classe, p. 81
- Racismo estrutural como protagonista nas narrativas governamentais sobre as políticas públicas de enfrentamento às doenças, p. 51
- Racismo. Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (Decreto 10.932/2022), p. 55
- Racismo. Patriarcado, racismo e medicina, p. 79
- Racismo. Segregação racial e de gênero como impedimento ao tratamento digno durante a pandemia de covid-19, p. 59
- Referências, p. 103
S
- Saúde. Inobservância do direito humano das mulheres negras à saúde, p. 75
- Segregação e contágio, p. 67
- Segregação racial e de gênero como impedimento ao tratamento digno durante a pandemia de covid-19, p. 59
- Siglas. Lista de siglas, p. 15
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