Foros de Forros - Lutas Negras e Cultura Jurídica no Entardecer do Império do Brasil (1868-1888) - Biblioteca de História do Direito
Thiago de Azevedo Pinheiro HoshinoTambém
disponível
em eBookFolheie
páginasLeia na
Biblioteca
Virtual
Versão impressa
Ficha técnica
Autor(es): Thiago de Azevedo Pinheiro Hoshino
ISBN v. impressa: 978652631444-9
ISBN v. digital: 978652631401-2
Acabamento: Capa Dura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 532grs.
Número de páginas: 390
Publicado em: 01/04/2025
Área(s): Direito - Filosofia do Direito
Versão Digital (eBook)
Para leitura em aplicativo exclusivo da Juruá Editora - Juruá eBooks - para Smartphones e Tablets rodando iOS e Android. Não compatível KINDLE, LEV, KOBO e outros e-Readers.
Disponível para as plataformas:
Android 5 ou posterior
iOS 8 ou posterior
Em computadores a leitura é apenas online e sem recursos de favoritos e anotações;
Não permite download do livro em formato PDF;
Não permite a impressão e cópia do conteúdo.
Compra apenas via site da Juruá Editora.
Sinopse
Biblioteca de História do Direito - Coordenada por Ricardo Marcelo Fonseca
A partir de análise de fontes primárias ricas e inéditas (sobretudo processos judiciais), Thiago Hoshino – professor de Direito na UFPR e pesquisador fino e cuidadoso, com alma de artesão – tem o mérito de “desvelar” ao/à leitor/a tantas coisas. Enumero algumas: a primeira, a de dar voz, certamente de modo até aqui nunca feito, a certos atores da cena histórica do século XIX que não tiveram voz nas suas próprias existências e em seu próprio tempo; com isso, é um trabalho de resgate de uma perspectiva histórica “a partir de baixo”, com foco naqueles – os escravizados – que sempre foram subalternizados tanto em suas épocas como também na leitura de certa historiografia, tendo o mérito de focalizar em temas sensíveis (inclusive ao nosso presente) como cidadania e os direitos daqueles que são carentes de direitos. Segundo, a de realizar, no plano metodológico, uma análise “micro” que sabe caminhar com e para o “macro”; ou seja, tomar a concretude de vivências e evidências que os processos judiciais do período exalam não para meramente cultivar o pitoresco, mas para contribuir com a compreensão de um contexto histórico mais amplo, do qual certamente o caso de Curitiba (foco principal do trabalho) era representativo dentre tantos rincões do cenário do Brasil Império. Terceiro, a de contribuir, desde o fértil caldeirão curitibano de produção histórico-jurídica, com um trabalho modelo (na metodologia, nos marcos teóricos, na escolha e na utilização das fontes) para quem quer saber mais sobre história do direito oitocentista e sobre temas como escravidão, ações de liberdade e luta pela igualdade. Certamente há tantas outras nuances e descobertas neste rico livro que o/a leitor/a haverá de desvelar. Obra imprescindível, seja para juristas e historiadores, mas também para quem quer compreender melhor algumas de nossas raízes que por tanto tempo foram escondidas (e ainda são), e de modo nunca inocente, em gavetas fechadas da nossa memória coletiva.
Ricardo Marcelo Fonseca
Professor Titular de História do Direito na UFPR, Pesquisador do CNPq, nível 1-B, Coordenador da Coleção “Biblioteca de História do Direito”
Autor(es)
THIAGO DE AZEVEDO PINHEIRO HOSHINO
Professor de graduação e de pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, pesquisador do Centro de Estudos da Constituição (CCONS/UFPR) e do Grupo de Estudos Multidisciplinares em Arquiteturas e Urbanismos do Sul (MALOCA/UNILA). É associado do Instituto Brasileiro de História do Direito (IBHD) e membro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RENAFRO) e do Fórum Paranaense de Religiões de Matriz Africana (FPRMA). Integra, ainda, a coordenação da coleção “Direitos dos Povos de Terreiro” e desenvolve pesquisa e extensão nas áreas de História e Filosofia do Direito, Antropologia Jurídica, Direito à Cidade e Direito e Relações Raciais.
Sumário
LISTA DE GRÁFICOS E TABELA, p. 19
INTRODUÇÃO, p. 21
1 O ´INDIFERENTISMO JURÍDICO´ DOS SENHORES: VONTADE E VOLUNTARIEDADE PROPRIETÁRIAS, p. 45
1.1 ´MINHA LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE´, p. 45
1.2 QUEM TEM BOCA VAI AO FORO, p. 71
1.3 ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE FOGE, p. 89
2 USOS E ABUSOS DA JUSTIÇA: O PECÚLIO ENTRE O ARBITRAMENTO E A ARBITRARIEDADE, p. 123
2.1 CONFUNDINDO PECÚLIOS COM ESBULHOS, p. 123
2.2 À PROCURA DO ´PREÇO RAZOÁVEL´, p. 141
2.3 A LIBERDADE DA LIBERALIDADE, p. 155
2.4 JUÍZO DE DOUTORES EM PREJUÍZO DE SENHORES?, p. 166
3 INGÊNUOS, MAS NEM TANTO: A CONTRADIÇÃO NO VENTRE DA CONDIÇÃO SERVIL, p. 187
3.1 A ASTÚCIA DE SER INGÊNUO, p. 187
3.2 O QUE O ´ESPÍRITO DO SÉCULO´ CONFIDENCIOU AO ´ESPÍRITO DA LEI´, p. 210
3.3 ´ACCOMODANDO´ BEM, QUE MAL TEM?, p. 222
4 SER ESCRAVO, PARECER ESCRAVO: BRECHAS DE AUTONOMIA NO CERCO DA AUTORIDADE, p. 237
4.1 ALTOS SÃO OS JUROS DA LIBERDADE, p. 237
4.2 LEVANTANDO MUROS, ARROMBANDO PORTAS, p. 262
4.3 O ´ABC´ DOS DIREITOS, p. 282
4.4 DETENIDOS E MALFADADOS, p. 294
5 FOROS DE FORROS: AS LUTAS NEGRAS E A CULTURA JURÍDICA, p. 315
5.1 ´O TRABALHO DOS HOMENS DO FORO´: LUMINARES E LIMINARES NO OFÍCIO DA LIBERDADE, p. 315
5.2 ´A LEI É QUEM FALA ACIMA DE TUDO´: A MAGISTRATURA COMO ESPINHA DORSAL DA ORDEM IMPERIAL, p. 332
5.3 ´A IDEIA DO DIREITO NA ALMA DO ESCRAVO´: A CULTURA JURÍDICA NEGRA, p. 345
POSFÁCIO, p. 357
REFERÊNCIAS, p. 361
ANEXOS, p. 375
Índice alfabético
A
- "Accomodando" bem, que mal tem?, p. 222
- Altos são os juros da liberdade, p. 237
- Anexos, p. 375
- Arbitramento. Usos e abusos da justiça: o pecúlio entre o arbitramento e a arbitrariedade, p. 123
- Arbitrariedade. Usos e abusos da justiça: o pecúlio entre o arbitramento e a arbitrariedade, p. 123
- Astúcia de ser ingênuo, p. 187
- Autonomia. Ser escravo, parecer escravo: brechas de autonomia no cerco da autoridade, p. 237
- Autoridade. Ser escravo, parecer escravo: brechas de autonomia no cerco da autoridade, p. 237
C
- Condição servil. Ingênuos, mas nem tanto: a contradição noventre da condição servil, p. 187
- Confundindo pecúlios com esbulhos, p. 123
- Cultura jurídica negra. "A ideia do direito na alma do escravo": a cultura jurídica negra, p. 345
- Cultura jurídica. Foros de forros: as lutas negras e a cultura jurídica, p. 315
D
- Detenidos e malfadados, p. 294
- Direitos. O ‘ABC’ dos direitos, p. 282
- Doutores. Juízo de doutores em prejuízo de senhores?, p. 166
E
- Esbulho. Confundindo pecúlios com esbulhos, p. 123
- Escravo. Ser escravo, parecer escravo: brechas de autonomia no cerco da autoridade, p. 237
- Esperança é a última que foge, p. 89
- Espírito da lei. O que o "espírito do século" confidenciou ao "espírito da lei", p. 210
- Espírito do século. O que o "espírito do século" confidenciou ao "espírito da lei", p. 210
F
- Foro. Quem tem boca vai ao foro, p. 71
- Foros de forros: as lutas negras e a cultura jurídica, p. 315
I
- Indiferentismo jurídico" dos senhores: vontade e voluntariedade proprietárias, p. 45
- Ingenuidade. Astúcia de ser ingênuo, p. 187
- Ingênuos, mas nem tanto: a contradição noventre da condição servil, p. 187
- Introdução, p. 21
J
- Juízo de doutores em prejuízo de senhores?, p. 166
- Justiça. Usos e abusos da justiça: o pecúlio entre o arbitramento e a arbitrariedade, p. 123
L
- Levantando muros, arrombando portas, p. 262
- Liberdade da liberalidade, p. 155
- Liberdade. Altos são os juros da liberdade, p. 237
- Lista de quadros e tabelas, p. 19
- Luta negra. Foros de forros: as lutas negras e a cultura jurídica, p. 315
M
- Magistratura. "A lei é quem fala acima de tudo": a magistratura como espinha dorsal da ordem imperial, p. 332
- Malfadado. Detenidos e malfadados, p. 294
- Minha livre e espontânea vontade", p. 45
O
- Ofício da liberdade. "O trabalho dos homens do foro": luminares e liminares no ofício da liberdade, p. 315
P
- Pecúlio. Confundindo pecúlios com esbulhos, p. 123
- Posfácio, p. 357
- Precificação. À procura do "preço razoável", p. 141
Q
- Quadro. Lista de quadros e tabelas, p. 19
R
- Referências, p. 361
S
- Ser escravo, parecer escravo: brechas de autonomia no cerco da autoridade, p. 237
T
- Tabela. Lista de quadros e tabelas, p. 19
U
- Usos e abusos da justiça: o pecúlio entre o arbitramento e a arbitrariedade, p. 123
V
- Voluntariedade. O "indiferentismo jurídico" dos senhores: vontade e voluntariedade proprietárias, p. 45
- Vontade. Minha livre e espontânea vontade", p. 45
- Vontade. O "indiferentismo jurídico" dos senhores: vontade e voluntariedade proprietárias, p. 45
Recomendações

Decisão Judicial, Normativismo e Direito Penal Moderno
Coordenadores: Luciano Nascimento Silva e Caterina Del BeneISBN: 978853624702-1Páginas: 174Publicado em: 23/06/2014Versão impressa
R$ 99,90em 3x de R$ 33,30Adicionar aocarrinho
Versão digital
R$ 69,90em 2x de R$ 34,95Adicionar eBookao carrinho
Teoria do Direito Contemporânea
Organizador: Ronaldo Porto Macedo JuniorISBN: 978853626841-5Páginas: 608Publicado em: 16/05/2017Versão impressa
R$ 259,90em 6x de R$ 43,32Adicionar aocarrinho
Versão digital
R$ 180,90em 6x de R$ 30,15Adicionar eBookao carrinho
Problema do Direito em Michel Foucault, O
João ChavesISBN: 978853622829-7Páginas: 184Publicado em: 15/02/2010Versão impressa
R$ 99,90em 3x de R$ 33,30Adicionar aocarrinho
Norma Fundamental Única & Teoria do Direito de Kelsen
Homar PaczkowskiISBN: 853620102-9Páginas: 258Publicado em: 28/06/2002Versão impressa
R$ 99,90em 3x de R$ 33,30Adicionar aocarrinho